segunda-feira, 19 de maio de 2014

GONÇALO MENDES DA MAIA - O LIDADOR E A LENDA DA PORTA DA TRAIÇÃO

Personagens Hstóricos
GONÇALO MENDES DA MAIA - O LIDADOR E A LENDA DA PORTA DA TRAIÇÃO
Aqui fica revelada a história de mais um grande herói Português. Fica o exemplo para a história, tão necessário nos tempos de hoje ...!!!

Texto: Português
Fontes: Portugal Glorioso - Wikipédia - Infopédia


O LIDADOR: Este heróico português, que nasceu na vila de Trastamires (actual Maia) em 1079, descendente de um bastardo do rei Ramiro II de Leão,  bem pode representar o valor quase sobre humano dos nossos antepassados.

Pertencente a uma família já ilustre antes de Portugal ser reino, Gonçalo Mendes, fidalgo turbulento e ardido, foi um dos primeiros a acompanharem, ou antes a lançaram D.Afonso Henriques na revolta contra a sua mãe. Depois combateu sempre ao lado do moço-príncipe. Era o terror dos mouros, e bem podemos dizer que foi ele o Cid Português.
Os seus compatriotas chamavam-lhe o LIDADOR, tão incansável era, tão ardente no batalhar incessante.
Aos 90 anos conservava ainda grande parte das forças e toda a intrepidez, melhor diremos, toda a temeridade da juventude. Era fronteiro de Beja, e saía em correrias contra os mouros como se estivesse no vigor da vida. Não duvidava afrontar as mais numerosas hostes. Numa dessas desigualdades pelejas caiu morto no campo. Contava 90 anos, como dissemos, e foi isto em 1169.
 
Segundo a lenda popular, no dia em que comemorava 90 anos, Gonçalo Mendes estava na frente de uma batalha contra os muçulmanos em Beja, que estava a correr mal para o lado português. De repente, ganhou renovado vigor e, juntando um grupo de combatentes, atacou o inimigo. Este, ao ver um soldado envelhecido atacar com a força de um jovem, julgaram-se perante um acto mágico, o que lhes diminuiu o moral. Assim, um dos maiores líderes muçulmanos decidiu enfrentar Gonçalo Mendes, na esperança de reconquistar o moral das suas tropas.
Apesar de gravemente ferido, Gonçalo Mendes conseguiu derrotar o seu adversário, com efeitos demolidores, pois o exército muçulmano, sem líder, desorganizou-se, pelo que as tropas portuguesas conseguiram ganhar a batalha. Finda a batalha, Gonçalo Mendes terá sucumbido aos ferimentos.

Era filho de D. Gonçalo Trastamires Albozoar, e de D. Leodegunda Soares, a "Tainha", da casa dos Baiões. D. Gonçalo foi uma lenda viva de dedicação à pátria. Tornou-se bem cedo um dos maiores amigos do Rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Juntos lutaram, para expulsar os invasores da terra amada.
Os Mendes da Maia constituíam uma família radicada na região desde a 2º metade do século X, Aboazar Lovesendes é o seu antepassado remoto mais conhecido. Gonçalo Trastemires, seu neto, que conquistou Montemor aos Mouros em 1034, viria a ser morto em Avioso, em 1038.
Seu filho, Mendo Gonçalves foi tido como “ Vir illustris et magne potentie in toto Portugal” e o filho deste, Soeiro Mendes “o Bom” foi citado como “prepotens et nobilissimus omnium portugalensium”.

Em todo o caso, os Mendes da Maia eram, por meados do primeiro quartel de século XII, os verdadeiros exponentes da aristocracia portucalense. E quando sentiram que na corte de Dona Teresa, tomavam prevalência os aristocratas galegos, trazidos pela mão dos Travas, os Mendes da Maia começaram a urdir o “golpe de Estado” que levaria aos campos de S. Mamede.
A intervenção dos irmãos Mendes revelar-se-ia decisiva na conjuntura que alçaria à chefia do condado, o moço Infante Afonso. Com efeito, é crível que, alguns anos após a morte do Conde Henrique, o filho dos condes portucalenses se manteve no convívio e na familiaridade dos Mendes da Maia.

Desde 1118, Paio era arcebispo da Sé primacial bracarense e como tal, a primeira figura da igreja portucalense. Em 27 de Maio de 1128, o arcebispo e o infante lavram em Braga um importante documento , onde o Infante promete ao arcebispo direitos sobre várias vilas e lugares, diversas isenções e alguns importantes privilégios. Entretanto os acontecimentos precipitam-se e em 24 de Junho tiveram o seu momento decisivo. As forças leais a dona Teresa encontram-se com as forças do Infante e do Arcebispo nos campos de S. Mamede. As forças do Infante, comandadas por Gonçalo Mendes, saem vencedoras da contenda. Os Mendes da Maia, Paio e Gonçalo sobretudo assumiam assim o papel de construtores da pátria.

Décadas depois, quando o primeiro Rei levava o seu esforço de conquista a outras terras e os portugueses se embrenhavam pelos confins da “província de Alcácer”, Gonçalo Mendes, verdadeiro adiantado de Afonso Henriques tratava nos campos de Beja o seu último combate contra o Rei mouro Almoliamar quando já tinha 90 anos de idade.



A MORTE DO LIDADOR - (Alexandre Herculano)
Cansados do largo combater, reduzidos a menos de metade em número e cobertos de feridas, os cavaleiros de Cristo invocaram o seu nome e fizeram o sinal-da-cruz. O Lidador perguntou com voz fraca a um pajem que estava ao pé das andas que nova revolta era aquela.
- Os Mouros foram socorridos por um grosso esquadrão - respondeu tristemente o pajem.
- A Virgem Maria nos acuda, que os senhores cavaleiros parece recuarem já.
O Lidador cerrou os dentes com força e levou a mão à cinta. Buscava a sua boa toledana.
- Pajem, quero um cavalo. Onde está a minha espada?
- Aqui a tenho, senhor. Mas estais tão quebrado de forças!...
- Silêncio! A espada, e um bom ginete.
O pajem deu-lhe a espada e foi pelo campo buscar um ginete, dos muitos que andavam já sem dono. Quando voltou com ele, o Lidador, pálido e coberto de sangue, estava em pé e dizia, falando consigo:
"Por Sant'Iago, que não morrerei como vilão de beetria onde entrou cavalgada de mouros!
E o pajem ajudou-o a montar a cavalo.
Ei-lo vai o velho fronteiro de Beja! Semelhava um espectro erguido de pouco em campo de finados: debaixo dos muitos panos que lhe envolviam o braço e o ombro esquerdo levava a própria morte; nos fios da espada, que a mão direita mal sustinha, levava, porventura, ainda a morte de muitos outros!


Gonçalo Mendes da Maia


Gonçalo Mendes da Maia
"Morte Gloriosa de Gonçalo Mendes da Maia", em litografia do século XIX
Nascimento1079 Trastamires (actual Maia)
Morte1170 (91 anos) Beja
Gonçalo Mendes da Maia (Maia1079 — Beja1170) – conhecido como "O Lidador" – foi um comandantemilitar e um cavaleiro português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu na vila do Trastamires (actual Maia), junto à cidade do Porto. Como o apelido (nome de família) só aparece, em Portugal, por volta do século XV a XVI, e Mendes era patronímico (filho de Mem ou Mendo) não se pode dizer com propriedade que D. Gonçalo pertencia à família dos Mendes, tendo como irmãos Soeiro MendesD. Paio Mendes.
Na mocidade, por sua fidalguia e afinidade espiritual, tornou-se um dos maiores amigos do primeiro rei dePortugalD. Afonso Henriques. A vontade férrea de D. Gonçalo e suas inúmeras e épicas conquistas no campo de batalha – em que o risco à vida era o eterno desafiante – granjearam-lhe o cognome de "O Lidador".
Segundo a lenda popular, no dia em que comemorava 91 anos, Gonçalo Mendes estava na frente de uma batalha contra os muçulmanos em Beja, que estava a correr mal para o lado português. De repente, ganhou renovado vigor e, juntando um grupo de combatentes, atacou o inimigo. Este, ao ver um soldado envelhecido atacar com a força de um jovem, julgaram-se perante um acto mágico, o que lhes diminuiu o moral.
Assim, um dos maiores líderes muçulmanos decidiu enfrentar Gonçalo Mendes, na esperança de reconquistar o moral das suas tropas. Apesar de gravemente ferido, Gonçalo Mendes conseguiu derrotar o seu adversário, com efeitos demolidores, pois o exército muçulmano, sem líder, desorganizou-se, pelo que as tropas portuguesas conseguiram ganhar a batalha.
Finda a batalha, Gonçalo Mendes terá sucumbido aos ferimentos.
Ainda hoje a cidade da Maia e os seus habitantes prestam homenagem ao seu heroi, sendo a mesma conhecida como a cidade do Lidador1 .

Familia

Foi casado com Urraca Teles (c. 1060 - ? ), com quem teve Moninha Gonçalves da Maia, que foi casada com Rodrigo Forjaz de Trastâmara.


O Lidador ou a Lenda da Porta da Traição

O cerco do exército português à fortaleza de Óbidos, dominada pelos mouros, durava já há cerca de dois meses. Um dia, D. Afonso Henriques e Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, decidiram que o ataque seria realizado na madrugada do dia seguinte. Dormia já o Lidador, quando foi acordado por uma voz de mulher que lhe pedia para ser conduzida à tenda do rei de Portugal, pois tinha algo de importante a comunicar-lhe. A jovem vivia no castelo dos mouros mas não sabia se era moura porque nunca tinha conhecido os seus pais. Junto do rei, a jovem revelou o seu sonho que se repetia há três noites. No sonho, aparecia-lhe um homem novo e de olhar doce que a incumbia de transmitir uma mensagem para o rei de Portugal: o rei deveria reunir os soldados e liderá-los num ataque surpresa na parte fronteiriça do castelo, enquanto que o Lidador se deveria dirigir com dez homens às traseiras onde a jovem donzela abriria uma porta para os deixar passar. O homem de olhar doce prometia Óbidos aos cristãos e a salvação à jovem donzela. Apesar da hesitação doLidador, D. Afonso Henriques decidiu cumprir o que a jovem lhe contou. Na manhã seguinte, Óbidos foi conquistada conforme o sonho da misteriosa jovem que nunca mais foi vista. A porta que franqueou a entrada dos cristãos ficou para sempre conhecida como a Porta da Traição.

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