quinta-feira, 29 de maio de 2014

HISTÓRIA: HISTÓRIA DO AZULEJO PORTUGUÊS

História
HISTÓRIA DO AZULEJO PORTUGUÊS
Fonte: Portugal Glorioso
A palavra azulejo vem do árabe azzelij, que significa pequena pedra polida usada para desenhar mosaico bizantino do Próximo oriente. É comum, no entanto, relacionar-se o termo com a palavra azul (termo persa لاژور lazkward, lápis-lázuli) dado grande parte da produção portuguesa de azulejo caracterizar-se pelo emprego maioritário desta cor, mas a real origem da palavra é árabe.

Azulejo português
Este termo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, geralmente, quadrada (originalmente fabricada nas medidas 15×15 ou menores formatos), em que uma das faces é vidrada, resultado da cozedura de um revestimento geralmente denominado como esmalte, que se torna impermeável e brilhante. Devido a essa impermeabilidade era, geralmente, usado em áreas molhadas também pelo seu baixo custo e pela resistência. Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo. O azulejo é normalmente, utilizado em grande número como elemento associado à arquitectura em revestimento de superfícies interiores ou exteriores ou como elemento decorativo isolado. Os temas oscilam entre os relatos de episódios históricos, cenas mitológicas, iconografia religiosa e uma vasta gama de elementos decorativos espalhados em muitos temas (geométricos, vegetarianos etc) aplicados à parede, pavimentos e tectos de palácios, jardins, edifícios religiosos (igrejas, conventos), de habitação e públicos.

Nas igrejas, o azulejo reveste todas as superfícies, mesmo tectos e abóbadas, e observa-se um complemento estético entre a talha dourada do período barroco português e as molduras ondulantes do azulejo.
Azulejo Português – A Padeira de Aljubarrota
Com diferentes características entre si, este material tornou-se um elemento de construção divulgado em diferentes países, assumindo-se em Portugal como um importante suporte para a expressão artística nacional ao longo de mais de cinco séculos, onde o azulejo transcende para algo mais do que um simples elemento decorativo de pouco valor intrínseco. Este material convencional era usado além do seu baixo custo, pelas suas fortes possibilidades de qualificar, esteticamente, um edifício de modo prático. Mas nele se reflecte, além da luz, o repertório do imaginário português, a sua preferência pela descrição realista, a sua atracção pelo intercâmbio cultural. De forte sentido cenográfico descritivo e monumental, o azulejo é considerado hoje, como uma das produções mais originais da cultura portuguesa, onde se dá a conhecer, como num extenso livro ilustrado de grande riqueza cromática, não só a história, mas também a mentalidade e o gosto de cada época. Antigamente, o azulejo era material exclusivo de áreas molhadas como cozinha, banheiro, e demais áreas que continham instalações hidráulicas, porém, actualmente é muito usado como elemento decorativo e estético em detalhes de construção e decoração.

Azulejo no Centro de Interpretação da Batalha Vimeiro – Salvador
A utilização do azulejo e sua fabricação são as expressões mais fortes da Cultura em Portugal e uma das contribuições mais originais do génio dos portugueses para a Cultura Universal.
Em Lisboa, o Azulejo ultrapassou largamente a mera função utilitária ou o seu destino de Arte Ornamental e atingiu o estatuto transcendente de Arte, enquanto intervenção poética na criação das arquitecturas e das cidades.
Azulejo da Igreja São Francisco - Salvador
Azulejos Portugueses e sua aplicação no Brasil

No Brasil, alguns painéis em azulejo mostram que as marcas do colonialismo português ficaram por todos os lados. Na culinária, na moda, no idioma e nas paredes.
Nos principais núcleos urbanos, os belos azulejos portugueses ornamentam importantes edificações, como a Ordem Terceira de São Francisco de Salvador (Bahia) e a Igreja do Outeiro da Glória (Rio de Janeiro). Em Portugal, a arte da azulejaria é tão valorizada que ganhou um museu próprio: o Museu Nacional do Azulejo, instalado em 1980 no Convento da Madre de Deus, em Lisboa.

A sede do Colégio 2 de Julho, imponente casarão em Salvador, abriga uma relíquia artística única no país. Espalhados por vários cômodos, 21 painéis retratam, com riqueza de detalhes, o estilo neoclássico.
Em Campinas temos influência Portuguesa em alguns imóveis mais antigos, um exemplo de imóvel importante e tombado é o Palácio dos Azulejos, que tem suas origens no apogeu da economia cafeeira paulista. Trata-se de um patrimônio histórico e arquitetônico tombado tanto pelo Iphan, como pelo Condephaat e Condepacc, ou seja, nas instâncias nacional, estadual e local.

Na sua construção, em 1878, grande parte do material foi importada da Europa, como era o costume da época. O Palácio dos Azulejos foi usado como residência até 1908 e, daí até 1968, foi sede do governo municipal, passando depois a ser sede da Sanasa. Em 1996, seu uso foi transferido para a Secretaria de Cultura, e, desde então, abriga a sede do MIS (Museu da Imagem e do Som).

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