O EVANGELHO REGEITADO DE FILIPE
O Enagelho foi encontrado, mas não foi escolhido para fazer parte das Escrituras pelo seu conteúdo que ía de encontro com a Doutrina proferida por Roma. Aqui ficam alguns dos seus conteúdos polémicos para a Igreja de então e de hoje.
Fonte: ATI - Sínodo de Portugal
Texto: Português
Os
amigos mais próximos e os primeiros apóstolos de Jesus Cristo vieram de
Betsaida. Filipe aparece repetidamente nos quatro evangelhos que
compõem o Novo Testamento. Talvez uma das principais aparições é na
passagem da multiplicação dos pães e dos peixes:
João VI , 5-11, Observando Jesus e ver que vinha em direcção a ele muitas pessoas, disse ele a Filipe: "Onde compraremos pão para toda esta gente?” Ele disse isso para testá-lo, pois ele sabia o que fazer. Filipe respondeu-lhe. "Duzentos denários não comprariam pão suficiente para que todos possam comer". Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro "Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixes; mas o que é isso para esta multidão de gente?". Jesus disse: "Façam as pessoas sentar-se". Serião cerca de 5.000 homens, em seguida, sentou-se. Jesus, então, tomou os pães e, tendo dado graças, repartiu- os pelos que estavam sentados e fez o mesmo com o peixe, todo o que eles quiseram.
Para nós, o mais surpreendente é que Filipe é o único dos doze Apóstolos “classificado” no Novo Testamento como "evangelista" o autor de um evangelho.
Actos dos Apóstolos XXI , 5-9, quando passaram aqueles dias, partimos e seguimos nosso caminho. Todos nos acompanharam, com suas mulheres e crianças, para a periferia da cidade. Na praia ajoelhamo-nos e oramos; nos despedimos uns dos outros e subimos a bordo do navio; eles voltaram para suas casas. Nós , terminamos a viagem, fomos de Tiro a Tolemaida; cumprimentou os irmãos e ficamos um dia com eles. No dia seguinte partimos e chegamos a Cesaréia; entramos em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos em sua casa. Tinha quatro filhas virgens que profetizavam.
Se o autor dos Actos dos Apóstolos destacou que Felipe estava a escrever ou tinha escrito um evangelho, seria porque considerava Filipe. No entanto, não é um dos quatro Evangelhos canônicos do Novo Testamento.
Códices encontrados nas cavernas de Nag Hammadi no Egipto.
No Concílio de Nicéia (325 d.C.), onde pela ordem do Imperador Constantino estabelceram os quatro evangelhos oficiais ou "canônicos", sobre a vida de Jesus, o evangelho atribuído a Filipe não foi escolhido, apesar de ele ser conhecido na época.
Hoje, conhecemos um texto chamado "Evangelho de Filipe". Este evangelho foi encontrado nas cavernas de Nag Hammadi no Egipto na década de 50 e estima-se ter sido escrito entre 180 e 250 d.C.
Provavelmente, nunca se saberá se estamos perante o mesmo evangelho escrito pelo apóstolo Filipe. Mas por alguma razão leva o mesmo nome do apóstolo.
A história escrita em copta é composto de 143 frases, provérbios e parábolas atribuídas a Jesus. Está longe de ser as histórias estruturadas e de ficção atribuidas a Jesus nos evangelhos canônicos.
Se este é o evangelho que, na verdade, escreveu o apóstolo Filipe, a Igreja Católica teria uma série de argumentos para não o incluir no Novo Testamento. Analisando o conteúdo do evangelho, percebemos o perigo real que poderia ter significado para a Igreja primitiva e a construção do dogma cristão. Há três passagens no texto que não poderia ser apoiadas pela Igreja Católica na época, e que ainda hoje seriam censuradas .
A primeira passagem sugere junta relação amorosa entre Jesus e Maria Madalena.
Evangelho de Filipe XXXII. Três (eram as que) caminhavam continuamente com o Senhor: Maria, sua mãe, a irmã de sua mãe e Maria Magdalena, a quem se designa como sa companheira.
Outra passagem nega que a Virgem Maria foi engravidada pelo Espírito Santo.
Evangelho de Filipe XVII. Alguns dizem que Maria concebeu pelo Espírito Santo, estes estão errados, eles não sabem o que dizem. Maria é a virgem que nenhum poder poderia corromper. Ela é uma grande anátema para os judeus, que são os apóstolos e os apostólicos. Esta virgem que nenhum poder violou, [... enquanto que] as potencias se contaminaram. O Senhor não [tinha] dito: "[Meu Pai que estáis no] céu", não tendo tido [outro] pai; senão haveria dito simplesmente: "[Meu pai]."
Finalmente, uma passagem memorável gnóstica sugere que Jesus não ressuscitou dos mortos, mas teve uma ressurreição antes de sua morte:
Evangelho de Filipe XXI. Aqueles que dizem que o Senhor primeiro morreu e depois ressuscitou, enganam-se; ele primeiro ressuscitou e depois (então) morreu. Se um não conseguir primeira a ressurreição, <não> morrerá; (tão verdadeiro como que) Deus vive, e só depois [morrerá].
Um texto com este conteúdo nunca será aceite pela Igreja Católica, por atacar os princípios fundamentais de sua doutrina: Jesus tinha uma relação especial com Maria Magdalena, a Virgem Maria não foi virgem, e não existiu ressurreição.
Deixamos-lhes uma deliciosa reflexão gnóstica de natureza carnal incluída neste evangelho, que se tivesse sido realmente escrito pelo apóstolo Filipe lhe teria custado a expulsão da comunidade cristã.
Evangelho de Filipe XXXI. Os perfeitos são fertilizados por um beijo e geram. Por isso, nos beijamos uns aos outros recebendo a fertilização pela graça que temos em comum .
Podemos assim afirmar, com o devido cuidado, que algumas informações contidas nos evangelhos apócrifos nos podem levar a uma melhor compreensão de Jesus e seu verdadeiro legado .
João VI , 5-11, Observando Jesus e ver que vinha em direcção a ele muitas pessoas, disse ele a Filipe: "Onde compraremos pão para toda esta gente?” Ele disse isso para testá-lo, pois ele sabia o que fazer. Filipe respondeu-lhe. "Duzentos denários não comprariam pão suficiente para que todos possam comer". Disse-lhe um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro "Aqui está um rapaz com cinco pães de cevada e dois peixes; mas o que é isso para esta multidão de gente?". Jesus disse: "Façam as pessoas sentar-se". Serião cerca de 5.000 homens, em seguida, sentou-se. Jesus, então, tomou os pães e, tendo dado graças, repartiu- os pelos que estavam sentados e fez o mesmo com o peixe, todo o que eles quiseram.
Para nós, o mais surpreendente é que Filipe é o único dos doze Apóstolos “classificado” no Novo Testamento como "evangelista" o autor de um evangelho.
Actos dos Apóstolos XXI , 5-9, quando passaram aqueles dias, partimos e seguimos nosso caminho. Todos nos acompanharam, com suas mulheres e crianças, para a periferia da cidade. Na praia ajoelhamo-nos e oramos; nos despedimos uns dos outros e subimos a bordo do navio; eles voltaram para suas casas. Nós , terminamos a viagem, fomos de Tiro a Tolemaida; cumprimentou os irmãos e ficamos um dia com eles. No dia seguinte partimos e chegamos a Cesaréia; entramos em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos em sua casa. Tinha quatro filhas virgens que profetizavam.
Se o autor dos Actos dos Apóstolos destacou que Felipe estava a escrever ou tinha escrito um evangelho, seria porque considerava Filipe. No entanto, não é um dos quatro Evangelhos canônicos do Novo Testamento.
Códices encontrados nas cavernas de Nag Hammadi no Egipto.
No Concílio de Nicéia (325 d.C.), onde pela ordem do Imperador Constantino estabelceram os quatro evangelhos oficiais ou "canônicos", sobre a vida de Jesus, o evangelho atribuído a Filipe não foi escolhido, apesar de ele ser conhecido na época.
Hoje, conhecemos um texto chamado "Evangelho de Filipe". Este evangelho foi encontrado nas cavernas de Nag Hammadi no Egipto na década de 50 e estima-se ter sido escrito entre 180 e 250 d.C.
Provavelmente, nunca se saberá se estamos perante o mesmo evangelho escrito pelo apóstolo Filipe. Mas por alguma razão leva o mesmo nome do apóstolo.
A história escrita em copta é composto de 143 frases, provérbios e parábolas atribuídas a Jesus. Está longe de ser as histórias estruturadas e de ficção atribuidas a Jesus nos evangelhos canônicos.
Se este é o evangelho que, na verdade, escreveu o apóstolo Filipe, a Igreja Católica teria uma série de argumentos para não o incluir no Novo Testamento. Analisando o conteúdo do evangelho, percebemos o perigo real que poderia ter significado para a Igreja primitiva e a construção do dogma cristão. Há três passagens no texto que não poderia ser apoiadas pela Igreja Católica na época, e que ainda hoje seriam censuradas .
A primeira passagem sugere junta relação amorosa entre Jesus e Maria Madalena.
Evangelho de Filipe XXXII. Três (eram as que) caminhavam continuamente com o Senhor: Maria, sua mãe, a irmã de sua mãe e Maria Magdalena, a quem se designa como sa companheira.
Outra passagem nega que a Virgem Maria foi engravidada pelo Espírito Santo.
Evangelho de Filipe XVII. Alguns dizem que Maria concebeu pelo Espírito Santo, estes estão errados, eles não sabem o que dizem. Maria é a virgem que nenhum poder poderia corromper. Ela é uma grande anátema para os judeus, que são os apóstolos e os apostólicos. Esta virgem que nenhum poder violou, [... enquanto que] as potencias se contaminaram. O Senhor não [tinha] dito: "[Meu Pai que estáis no] céu", não tendo tido [outro] pai; senão haveria dito simplesmente: "[Meu pai]."
Finalmente, uma passagem memorável gnóstica sugere que Jesus não ressuscitou dos mortos, mas teve uma ressurreição antes de sua morte:
Evangelho de Filipe XXI. Aqueles que dizem que o Senhor primeiro morreu e depois ressuscitou, enganam-se; ele primeiro ressuscitou e depois (então) morreu. Se um não conseguir primeira a ressurreição, <não> morrerá; (tão verdadeiro como que) Deus vive, e só depois [morrerá].
Um texto com este conteúdo nunca será aceite pela Igreja Católica, por atacar os princípios fundamentais de sua doutrina: Jesus tinha uma relação especial com Maria Magdalena, a Virgem Maria não foi virgem, e não existiu ressurreição.
Deixamos-lhes uma deliciosa reflexão gnóstica de natureza carnal incluída neste evangelho, que se tivesse sido realmente escrito pelo apóstolo Filipe lhe teria custado a expulsão da comunidade cristã.
Evangelho de Filipe XXXI. Os perfeitos são fertilizados por um beijo e geram. Por isso, nos beijamos uns aos outros recebendo a fertilização pela graça que temos em comum .
Podemos assim afirmar, com o devido cuidado, que algumas informações contidas nos evangelhos apócrifos nos podem levar a uma melhor compreensão de Jesus e seu verdadeiro legado .
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