sábado, 11 de outubro de 2014

O CAVALEIRO ANDANTE ÁLVARO GONÇALVES COUTINHO O MAGRIÇO & OS 12 DE INGLATERRA

Personagens Históricos
O CAVALEIRO ANDANTE ÁLVARO GONÇALVES COUTINHO O MAGRIÇO & OS 12 DE INGLATERRA
A história de uma das mais "romanticas" e entranháveis personagens históricas do nosso País. Nascido no seio de uma família Nobre, mas sendo filho segundo, com pouca riqueza, é no entanto o autor de várias façanhas heróicas, não só em Potugal como no estrangeiro.
Aqui tem reveladas todas as aventuras e a biografia do nosso Cavaleiro andante, apelidado pelo povo como o "Magriço".
* Contém informação histórica escrita e dois excelentes documentários chamados "Álvaro Gonçalves Coutinho - O Cavaleiro Andante" e "O Castelo do Cavaleiro Andante"..

Texto: Português
Áudio: Português
Fontes: Herois do Passado - Geni - Wikipédia - RTP - A Alma e a Gente - YouTube



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* INFORMAÇÃO HISTÓRICA ESCRITA

Álvaro Gonçalves Coutinho - O Magriço

Filho de Gonçalo Vasques Coutinho, alcaide de Trancoso, e de D.Leonor Gonçalves de Azevedo, esse a quem os portugueses conferiram em 1385 o encargo de chefiar as forças que conquistaram o castelo da Feira. Diz uma carta régia lavrada em 1415 ser natural de Penedono, donde igualmente o eram ascendentes seus. Alí nascerem os filhos, e entre eles o celebre Magriço, Álvaro Gonçalves Coutinho, um dos Doze de Inglaterra, glorificados por Camões no conhecido episódio dos Lusíadas em que descreve o combate vitoriosamente travado em Londres nos fins do século XIV, por doze cavaleiros portugueses que ali foram defrontar outros tantos cavaleiros ingleses, em desafronta de doze damas inglesas, maltratadas de palavras por aqueles seus compatriotas. O romântico castelo de Penedono, onde nasceu Álvaro Gonçalves Coutinho, foi local onde foi moldado as típicas características de cavaleiro medieval, aventuroso, esforçado, pundonoroso e assomadiço, Camões se empenhou em vivamente acentuar. De outros feitos deste cavaleiro andante, diz-se que defrontou um cavaleiro francês de seu nome Pedro de Brabant, denominado Clignot, almirante de França que teria ocorrido na cidade de Bar-le-Duc que saiu vitorioso, mas os motivos desta peleja devia ter sido, mais uma vez, a defesa da honra de alguma dama. Consta que travou uma peleja com cavaleiros num torneio em Paris no ano de 1415. D. João, duque da Borgonha e conde da Flandres, reconhece os grandes serviços a si prestados por Álvaro Gonçalves Coutinho e, em agradecimento, concede privilégios aos portugueses na Flandres.O Magriço depois de ter frequentado a corte da Borgonha, regressou a Portugal, vindo a constituir família, casando com D. Isabel e a viver no Porto.




Álvaro Gonçalves de Moura Coutinho o Magriço .
 
ÁLVARO GONÇALVES COUTINHO, filho de Gonçalo Vaz Coutinho, se chamou o Magriço foi muito esforçado, e valente Cavaleiro, e um dos doze que foram a Inglaterra a batalha das Damas tão celebrada nas histórias e além disso venceu na presença de El Rei de França um Valoroso Francês, e lhe cortou a cabeça por defender o direito dos Duques e não serem tributários a Coroa de França: uns dizem que não tivera geração: outros dizem que casara com D. Isabel de Castro filha de D. Lourenço ou D. Pedro de Castro Sr. do Cadaval de quem igualmente lhe não dão geração, tendo por causa deste casamento grandes diferenças com os parentes da mulher com quem casou por amores: outros dizem tivera desta sua mulher ttº de Castros
Pedro Vaz de Moura Coutinho
Gonçalo Álvares Magriço
Álvaro de Moura Coutinho lhe dão os Mouras de Basto

Assistiu depois de vir de Inglaterra na sua Quinta da Lage sita na freguesia de S. Miguel de Gémeos concelho de Serolico de Basto: seus descendentes dizem ele tivera filhos da dita D. Isabel de Castro. É chamado Álvaro Gonçalves no foral que deu El Rei D. Manuel a Basto Álvaro da Lança; está sepultado na Igreja de S. Miguel de Gémeos numa sepultura com a lança esculpida em cima.
(NFP, Gayo, COUTINHOS § 16 N 7).O Magriço e os Doze de Inglaterra
Álvaro Gonçalves Coutinho , mais conhecido por O Magriço, foi um guerreiro português, um dos Os Doze de Inglaterra, natural de Penedono. Em 1408, D. João I fez doação de Penedono a seu pai. Serviu na Flandres e, a 26 de Dezembro de 1411, o duque de Borgonha e conde da Flandres refere-se aos seus serviços. Nascido cerca 1383. Falecido depois de 2 de Julho de 1445. Dados Genealógicos Filho de: • Gonçalo Vasques Coutinho, senhor de Leomil, marechal do Reino, alcaide-mor de Trancoso e Lamego e copeiro-mor da rainha D. Filipa de Lancaster; • Leonor Gonçalves de Azevedo, filha de Gonçalo Vasques de Azevedo, senhor de Lourinhã, e de Inez Afonso, Dama da rainha D. Leonor Teles. Casado com: • Isabel de Castro, filha de D. Pedro de Castro, conde de Arraiolos e senhor de Cadaval, e de Leonor Teles de Menezes filha de D. João Afonso Teles de Menezes, conde de Barcelos. Filhos: • Pedro Vaz de Moura Coutinho casado com Brites da Fonseca. • Gonçalo Álvares Magriço casado com Olaia Figueiroa. • Álvaro de Moura Coutinho casado com Genebra Afonso.
Os Doze de Inglaterra é o nome atribuído a uma história semi-lendária/semi-factual que é contada por Fernão Veloso e Luís Vaz de Camões, no canto VI do Lusíadas, que terá acontecido no reinado de D. João I de Portugal e de Eduardo III de Inglaterra, que demonstra uma história típica da conduta da Honra e comportamento de acordo com o ideal cavaleiresco da Idade Média. É uma história cavalheiresca passada na Europa medieval, que conta que doze damas inglesas foram ofendidas por doze nobres, também ingleses que alegavam que elas não eram dignas do nome “damas” visto as vidas que levavam e desafiavam quem quer que fosse para as defender com a força da espada. As damas em questão viram-se na necessidade de pedir ajuda a amigos e parentes, tendo todos eles recusado a ajuda. Já não sabendo mais o que fazer decidiram pedir ajuda e conselho ao Duque de Lencastre, João de Gante, que tinha combatido pelos portugueses contra o reino de Castela e conhecia bem os portugueses. Assim este indicou-lhe doze cavaleiros lusitanos capazes de defender a honra das referidas damas. Os nomes desses cavaleiros - na verdade treze, em número - são conhecidos, e são, todos, personagens históricos:
• Álvaro Gonçalves Coutinho, dito “O Grão Magriço” (o grande magriço) ou simplesmente “O Magriço”; • Álvaro Vaz de Almada (depois conde de Avranches); • João Fernandes Pacheco; • Lopo Fernandes Pacheco (filho de Diogo Lopes Pacheco, um dos assassinos de D. Inês de Castro); • Álvaro Mendes Cerveira; • Rui Mendes Cerveira, também irmãos, provenientes do Prazo da Pena; • João Pereira Agostim; • Soeiro da Costa; • Luís Gonçalves Malafaia; • Martim Lopes de Azevedo; • Pedro Homem da Costa; • Rui Gomes da Silva; • Vasco Anes da Costa, dito “Corte Real”.
Logo que tiveram conhecimento do possível apoio, cada uma das damas escreveu a cada um dos doze cavaleiros portugueses e até ao rei D. João I de Portugal. Junto com as cartas chegou também o pedido do Duque de Lencastre. Mediante o escrito nas cartas toda a corte se sentiu ofendida, e visto que o povo português era um povo cavalheiro e defensor da honra, logo se deu a partida dos Doze para Inglaterra. Onze dos Cavaleiros terão seguido por mar, entre eles D. Álvaro Vaz de Almada. Mas um deles, querendo demonstrar mais valentia que de todos, Álvaro Gonçalves Coutinho, "O Magriço", decidiu seguir no seu cavalo por terra para "conhecer terras e águas estranhas, várias gentes e leis e várias manhas", garantindo no entanto que estaria presente no local e na data certa. No dia do combate, em Inglaterra, os cavaleiros portugueses, quando se alinharam perante os doze cavaleiros ingleses, reparam na desigualdade entre os dois partidos, pois Magriço ainda não tinha chegado. Estava a justa para iniciar-se, quando a população começou a produzir grande burburinho pela aproximação do Magriço, que se juntava, então, aos companheiros. Primeiro combateram a cavalo e, depois, a pé, terminando a contenda com a vitória dos Portugueses que, perante a sociedade inglesa, recuperaram a honra e a nobreza das damas. Os valorosos Portugueses ficaram, a partir daquele momento, conhecidos como os Doze de Inglaterra. Narrado por Fernão Veloso, o mítico episódio dos Doze de Inglaterra foi imortalizado no canto VI (estrofes 42 a 49) d'Os Lusíadas, de Luís de Camões, que terá recolhido, provavelmente, a história do manuscrito quinhentista, Crónica Breve das Cavalarias dos Doze de Inglaterra. Quanto à veracidade da existência do Magriço, ela é indiscutível, bem como a veracidade da sua valentia. Não há certeza de que este episódio tenha acontecido, o que não impede que faça parte do imaginário dos ideais cavaleirescos da Época Medieval.

* OS DOZE DE INGLATERRA:

 Os Doze de Inglaterra é o nome atribuído a uma história semi-lendária/semi-factual que é contada por Fernão Veloso e Luís Vaz de Camões, no canto VI do Lusíadas, que terá acontecido no reinado de D. João I de Portugal e de Eduardo III de Inglaterra, que demonstra uma história típica da conduta da Honra e comportamento de acordo com o ideal cavaleiresco da Idade Média.
É uma história cavalheiresca passada na Europa medieval, que conta que doze damas inglesas foram ofendidas por doze nobres, também ingleses que alegavam que elas não eram dignas do nome “damas” visto as vidas que levavam e desafiavam quem quer que fosse para as defender com a força da espada.
As damas em questão viram-se na necessidade de pedir ajuda a amigos e parentes, tendo todos eles recusado a ajuda. Já não sabendo mais o que fazer decidiram pedir ajuda e conselho ao Duque de Lencastre, João de Gante, que tinha combatido contra os castelhanos e os leoneses, para obter o Reino de Castela e Leão para si, com a ajuda de D. João I de Portugal, e por isso conhecia bem os portugueses. Assim, como não encontrasse nenhum campeão que lutasse pelas damas na Inglaterra, este indicou-lhes doze cavaleiros lusitanos capazes de lhes defender a honra feminina.
Os nomes desses cavaleiros - na verdade treze, em número - são conhecidos, e são, todos, personagens historicamente atestados, saber:
Logo que tiveram conhecimento do possível apoio, cada uma das damas escreveu a cada um dos doze cavaleiros portugueses e até ao rei D. João I de Portugal. Junto com as cartas chegou também o pedido do Duque de Lencastre.
Mediante o escrito nas cartas toda a corte se sentiu ofendida, e visto que o povo português era um povo cavalheiro e defensor da honra, logo se deu a partida dos Doze para Inglaterra.
Onze dos Cavaleiros terão seguido por mar, entre eles D. Álvaro Vaz de Almada. Mas um deles, querendo demonstrar mais valentia que de todos, Álvaro Gonçalves Coutinho, conhecido como "O Magriço", decidiu seguir no seu cavalo por terra para "conhecer terras e águas estranhas, várias gentes e leis e várias manhas", garantindo no entanto que estaria presente no local e na data certa.
Acontece que, quando chegou o dia do torneio "o Magriço" não estava presente para desespero dos seus companheiros que se viam reduzidos a onze cavaleiros contra os doze cavaleiros de Inglaterra.
As damas estavam já vestidas de preto, visto que toda uma hora se estava a perder. Mas no último momento e para alegria dos seus companheiros "o Magriço" apareceu e o combate foi travado com glória para os portugueses que ganharam o confronto.
Depois de terminadas as contendas foram recebidos pelo duque de Lencastre no seu palácio que lhes ofereceu muitas festas e horas como prova de apreço e gratidão.
A base histórica para tal narrativa está, possivelmente, no fato de diversos dentre esses cavaleiros terem, na juventude, peregrinado como cavaleiros andantes pela Europa, lutando em diversos conflitos nomeadamente, alguns ao lado de D. Pedro, Duque de Coimbra, o das "sete partidas", e depois com seu filho mais velho e homónimo.


* DOCUMENTÁRIO: 

ÁLVARO GONÇALVES COUTINHO - O CAVALEIRO ANDANTE


 


* DOCUMENTÁRIO:

O CASTELO DO CAVALEIRO ANDANTE


  

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