quarta-feira, 22 de outubro de 2014

DIOGO CÃO - BIOGRAFIA E LENDAS

Personagens Históricos DIOGO CÃO - BIOGRAFIA E LENDAS Se gosta da nossa história por certo já ouviu o nome de Diogo Cão. Mas sabia que há quem defenda que ele era natural de Monção no alto Minho ? Pois bem, aqui pode encontrar revelados alguns aspectos que desconhecia acerca deste personagem histórico. Texto: Português
Fontes: Portugal Glorioso - Wikipédia - Clube de História de Valpaços




DIOGO CÃO


Museu de Marinha - Diogo Cão ergue o padrão de Stº Agostinho no cabo de Stª Maria

Diogo Cão foi um navegador português do século XV que possivelmente nasceu na Freguesia de Sá, concelho de Monção, ou na região de Vila Real, ou até em Évora, em data desconhecida, pois somente a realeza fazia registos concretos da data de nascimento e falecimento.

Escudeiro e depois Cavaleiro da Casa do Infante D. Henrique, realizou no reinado de D. João II duas viagens de descobrimento da costa sudoeste africana, entre 1482 e 1486.
 
Depois de várias vicissitudes seguiu até à ponta dos Farilhões (Serra Parda), a 22º 10', de latitude Sul, donde regressou ao Zaire, que subiu, a fim de visitar o Rei Congo com quem estabeleceu as primeiras relações, tendo deixado uma inscrição comprovando a sua chegada às cataratas de Ielala, perto de Matadi.

Pedra de Ielala, com as inscrições de Diogo Cão
Ao chegar à foz do rio Zaire, Diogo Cão julgou ter alcançado o ponto mais a sul do continente africano (Cabo da Boa Esperança), que na verdade foi dobrado por Bartolomeu Dias pouco tempo depois, e ao qual inicialmente chamara Cabo das Tormentas.

Em 1485 chegou ao Cabo da Cruz (actual Namíbia). Introduziu a utilização dos padrões de pedra, em lugar das cruzes de madeira, para assinalar a presença portuguesa nas zonas descobertas.

Regressou ao Tejo em 1486, trazendo o ensinamento conveniente para atingir a África do Sul a navegar pelo largo, como fez Vasco da Gama.

Diogo Cão é citado em diversas obras artísticas, como n´Os Lusíadas, de Luís de Camões ou no poema Padrão constituinte da obra Mensagem de Fernando Pessoa. O navegador é personagem também no romance As naus, de António Lobo Antunes.

Fontes: Wikipédia e Instituto Camões

Adenda:
Em 1884 a Namíbia foi proclamada por Bismarck, protectorado da Alemanha, após o fim da 1ª guerra (1914-1918), passou a ser um protectorado da África do Sul.
No tempo da Alemanha de Bismarck, em 1893, Beder, comandante do cruzador alemão Falte, recolheu num cabo que algumas cartas antigas chamam Cabo do Padrão, e modernamente tem o nome de Cape Cross, um padrão que levou para a Alemanha.
Encontra-se no museu do Institut fur Deutsche Geschichte, Berlim-Leste, sendo o único de todos os Padrões de Diogo Cão que conserva a cruz como cimeira original.

A cruz de pedra que o descobridor português colocou na actual (Costa do Esqueleto) em Fev./Mar de1486, foi assim no final do século XIX (1893) retirada para Berlim, pela então potência colonial, a Alemanha, e mais tarde substituída por uma imitação réplica.
Em 1998, o governo da Namíbia (Sudoeste Africano), pediu às autoridades alemãs a devolução do padrão erigido há 512 anos, no litoral daquele país africano por Diogo Cão, para poder exibi-lo na Expo-98, em Lisboa, o que nunca chegou a concretizar-se.



Diogo Cão


Diogo Cão
Diogo Cão chegando ao Congo
Nascimentoc. 1440
Freguesia de Sá, Concelho de Monção[1] ou Região de Vila Real[2]
Mortec. 1486
NacionalidadeReino de Portugal Portuguesa
Ocupaçãonavegador
Diogo Cão foi um navegador português do século XV que possivelmente nasceu na Freguesia de , concelho deMonção, ou na região de Vila Real, ou até em Évora, em data desconhecida, pois somente a realeza fazia registos concretos da data de nascimento e falecimento.

Família

Filho natural de Álvaro Fernandes/Gonçalves Cão, Fidalgo da Casa Real.[3]

Biografia

Pedra de Ielala, com as inscrições de Diogo Cão



Escudeiro e depois Cavaleiro da Casa do Infante D. Henrique,[4]enviado por D. João II de Portugal, realizou duas viagens de descobrimento da costa sudoeste africana, entre 1482 e 1486. Chegou à foz do Zaire e avançou pelo interior do rio, tendo deixado uma inscrição comprovando a sua chegada às cataratas de Ielala, perto de Matadi. Ao chegar à foz do rio Zaire, Diogo Cão julgou ter alcançado o ponto mais a sul do continente africano (Cabo da Boa Esperança), que na verdade foi dobrado por Bartolomeu Dias pouco tempo depois, e ao qual inicialmente chamara Cabo das Tormentas.
Estabeleceu as primeiras relações com o Reino do Congo.
Em 1485 chegou ao Cabo da Cruz (actual Namíbia). Introduziu a utilização dos padrões de pedra, em lugar das cruzes de madeira, para assinalar a presença portuguesa nas zonas descobertas.
Teve mercê de Armas Novas por Carta de 14 de Abril de 1484. As Armas que lhe foram concedidas são: de verde, com duas colunas de prata, rematadas cada uma por uma cruz de azul e firmadas sobre dois montes, moventes de um terreiro, tudo de sua cor; timbre: as duas colunas do escudo passadas em aspa e atadas de verde.[5]

Casamento e descendência

Efígie de Diogo Cão erguendo umpadrão, no Padrão dos Descobrimentos, em LisboaPortugal.
Ignora-se com quem casou, mas teve geração, hoje extinta na varonia:

Nas artes

Diogo Cão é citado em diversas obras artísticas, como n´Os Lusíadas, de Luís de Camões ou no poema Padrão constituinte da obra Mensagem de Fernando Pessoa. O navegador é personagem também no romance As Naus, de António Lobo Antunes.
Foi também o primeiro navegador a utilizar um padrão de pedra no ato da marcação.
Foram impressos uma nota de 1 angolar de Angola, bem como selos da Metrópole e das Colónias, com a sua imagem.




GRANDES NOMES DA EXPANSÃO MARÍTIMA: DIOGO CÃO
A relação entre a epopeia dos descobrimentos, a exploração do “novo Mundo” e a Proos-Montes há muito sustentada pela tradição em algumas regiões, parece subsistir em diversas publicações recentes, sendo, conforme os casos, admitida por, alguns autores como uma mera possibilidade e defendida por outros como uma realidade cientificamente fundamentada. A questão prende-se com a propalada naturalidade transmontana de algumas das grandes figuras da História da Expansão ultramarina da Península Ibérica: Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Fernão de Magalhães e, talvez o menos conhecido, João Rodrigues Cabrilho, navegador e explorador do continente americano.


Diogo Cão

Ficou o navegador português do século XV com este nome para a História como um dos pioneiros na descoberta e exploração da costa sudoeste africana que, a mando de D. João II, realizou duas viagens nessa área entre 1482 e 1484 e entre 1485 e 1486, tendo na primeira chegado à foz do rio Zaire avançado pelo interior do mesmo rio e alcançado as cataratas de Ielala, deixando aí uma inscrição da sua passagem na célebre pedra com esse nome e estabelecendo as primeiras relações com o Reino do Congo. Numa segunda viagem, consciente de que a foz do rio Zaire não era, como inicialmente julgara o limite meridional do continente africano prosseguiu mais para sul, chegando ao Cabo da Cruz ou Cabo do Padrão na actual Namíbia, sem lograr achar a desejada passagem para o Índico. Foi Diogo Cão quem introduziu a utilização de padrões em pedra, em vez de madeira, para assinalar as descobertas portuguesas. Apesar de não ter alcançado o Cabo que depois seria baptizado de “Cabo da Boa Esperança” e de ter sido por esse motivo caído em desgraça perante o rei, é considerado como um dos grandes heróis da epopeia dos Descobrimentos.

Mas quando e onde terá nascido este Diogo Cão?

Relativamente à primeira questão, os primeiros registos da sua existência datam do início da década de 1480 e reportam-se à primeira viagem por ele empreendida e a que atrás nos referimos, ordenadas por D. João II com o objectivo de se certificar da passagem do extremo sul do continente africano.

Quanto à segunda questão, também muito pouco se sabe a respeito da sua origem geográfica e familiar, pelo que a maior parte dos historiadores actuais se decide pela absoluta imparcialidade a seu respeito, referindo-se-lhe apenas como um navegador português do século XV. Porém, outros historiadores consagrados, embora de geração mais recuada, como é o caso de Damião Peres consentiram em tomá-lo «provavelmente como um membro de uma família radicada em Vila Real».[1] E actualmente esta possibilidade ainda parece longe de ser descartada em publicações nacionais e regionais, impressas e outras digitais on line na Internet, na própria “Wikipédia, a enciclopédia livre”, na Infopédia e num número significativo de páginas e blogues, onde a expressão «nascido provavelmente na região de Vila Real» surge amiúde. No Primeiro Volume do “Dicionário dos mais Ilustres Transmontanos e Alto Durienses”, por exemplo afirma-se com aparente convicção que Diogo Cão «era descendente de uma família de Vila Real» que «seu pai e avô foram militares de carreira ao serviço da Pátria» e que «o avô distinguiu-se na guerra da independência e o pai no reinado de D. Afonso V.»[2] Mas esta relação de Diogo Cão, o navegador, com a família Cão de Vila Real, sustentada pela tradição, nunca mereceu a necessária concordância dos genealogistas. O insigne nobiliarista Felgueiras Gayo, autor de uma vastíssima obra que ainda hoje constitui uma base fundamental para os investigadores desta área, o “Nobiliário das Famílias de Portugal”, obra reeditada em 17 volumes entre 1938 e 1941 e pela última vez em 1989, refere-se ao navegador como tendo nascido por volta de 1450 e originário da família Cão, não de Vila de Real mas de Évora, tomando-o por filho de Álvaro Fernandes ou Gançalves Cão e neto de Gonçalo Cão, nascido ao redor de 1370.[3] Este mesmo Gonçalo Cão é também invocado como efectivamente avô do navegador Diogo Cão pelos que defendem ser este oriundo de Vila Real. Parece assim que coexistiram várias famílias Cão no reino, sem relação de parentesco entre elas. No site “Vida Vedra, magazine on line Pontevedra (categoria: cultura.es)”, encontrámos justamente uma interpretação neste sentido, ainda que noutro contexto, que passamos a trancrever[4]


«Isabel Coelho era tia paterna de Constança. Casara com Diogo Martins Cão e no ano de 1472 viviam em São Mamede de Vila Verde, na terra de Felgueiras. A documentação que chegou até aos nossos dias, é rica em informação pontual e dispersa, referenciando pessoas de sobrenome “Cão”. Porém, salvaguardando o caso de duas linhagens, uma em Évora e Vila Viçosa, e outra em Vila Real, não permite estabelecer linhas de parentesco entre os deste apelido.

Sublinhem-se contudo, três insinuantes coincidências: Fernão Pereira, senhor da Terra da Feira era, naqueles tempos, alcaide-mor de Vila Viçosa; um homem chamado Diogo Cão celebrizou-se enquanto “descobridor do Congo”, navegando as costas de África em busca da passagem para oriente, a mando do Rei D. João II; esse homem teve um filho chamado Pedro Cão que rondaria os 18 anos quando a 1 de Agosto de 1476 um Pedro Cão, “escudeiro do Conde de Caminha”, recebia uma Carta de Perdão do Rei D. Afonso V, existente no arquivo das chancelarias régias, na Torre do Tombo em Lisboa. Estas fontes de informação permitem identificar, sem risco de maior erro, a forte possibilidade do Diogo Cão navegador, ser parente próximo do Diogo Martins Cão, e que o escudeiro Pedro Cão fosse seu irmão, ou mesmo aquele seu filho.»

Posto que se tenha em conta a relação parental aqui estabelecida entre Diogo Cão, “o descobridor do Congo” com Diogo Martins Cão, residente em S. Mamede de Vila Verde, “na terras Felgueiras” que, como se sabe é uma sub-região do Tâmega, e que o filho do mesmo Diogo Cão, Pedro Cão (este nome é mesmo indicado por Felgueiras Gayo como o do primogénito do navegador) seria “escudeiro do conde de Caminha”, tais “insinuantes coincidências” no que respeita a estes indivíduos com indicações geográficas mais próximas de Vila Real do que de Évora e Vila Viçosa poderão ser mais do que simples coincidências. Existe, portanto, uma séria probabilidade de Diogo Cão ter sido efectivamente oriundo de Vila Real.

Outras dúvidas se têm colocado a respeito da data e local do seu falecimento. Baseando-se numa expressão da carta de Henricus Martellus de 1489, referindo-se à Serra Parda, na zona do Cabo da Cruz que foi o limite do território descoberto por Diogo Cão («diegus canus... hic moritur») Joaquim Veríssimo Serrão considerou a hipótese de o navegador ter falecido por esse altura e nessa zona, mas logo descartou esta possibilidade por haver dúvidas «se a expressão não se deve antes aplicar ao termo montanhoso do local.» Aproveitando o testemunho de Rui de Pina, o mesmo historiador encontra razões para acreditar que o navegador voltou ao reino após a sua derradeira missão e por não ver concretizado o seu primordial objectivo, que era o de atingir a ponta sul de África e, enfim, a passagem para o Oriente, foi posto à margem por D. João II e votado ao esquecimento, o que explica o facto de o cronista não mais evocar o seu nome. Acrescenta ainda Veríssimo Serrão que «não se provando que o seu túmulo esteja na sé de Vila Real, de onde a tradição diz que era oriundo, permanece assim o mistério do olvido que cobriu o seu nome após a segunda viagem.» [5]  víncia de Trás-

3 comentários:

  1. A legenda diz "erguer o padrão". Mais correcto seria dizer "chantar o padrão".

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    1. Tem toda a razão, fica registada a rectificação.
      Obrigado pela visita, se gosta de história, aqui neste blog pode encontrar vários conteúdos de interesse. Ver conteúdos das etiquetas "Personagens Históricos"; "História"; "História de Portugal".
      Um abraço !
      Rui Lira

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    2. Diogo Cão, não sabemos onde nasceu, mas eu tenho na freguesia de Sa -Monção "antigo condado de Valadares em 1550 um Gregorio Cão senhor da quinta de Sa, essa quinta fora de um João Cão que teve armas em 1528 e depois foi para Vila Real, esse processo encontra-se na TT, este joão foi para Vila Real por ser nomeado juiz das Sisas

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