terça-feira, 1 de julho de 2014

SALGUEIRO MAIA - RETRATO DE UM HERÓI

Documentários 
SALGUEIRO MAIA - RETRATO DE UM HERÓI 
"Não morrerei sem ver o meu País Livre" - Foi este o sonho de Salgueiro Maia para Portugal. Arriscou a vida por esse sonho e se há herói emblemático da revolução de Abril, ele é sem dúvida um deles. Fez a revolução, não para se aproveitar dela para promoção pessoal, mas para que este Portugal não fosse um País para meia-dúzia de privilegiados e sim para o povo. Não fez fortuna, nem quis cargos de relevo. Viveu modestamente até ao final dos seus dias. Se há alguém da nossa história contemporânea que merece respeito e homenagem, para mim é ele e outros como ele que arriscaram a vida para efectivamente nos darem um futuro melhor a todos nós, sem pedirem nada em troca.
Aqui fica portanto esta simbólica homenagem, para que as gerações mais jovens que não o conheceram, possam ter nestes documentários e informação escrita, o retrato de um herói - O Capitão Salgueiro Maia.
Inclui os documentários "As Últimas Palavras de Salgueiro Maia", uma entrevista dada pelo Capitão quando já sabia que lhe restava pouco tempo de vida; "No Dia em Que Salgueiro Maia Saiu à Rua" e "Salgueiro Maia - Retratos Contemporâneos".

Texto: Português
Áudio: Português
Fontes: RTP 2 - SIC - Wikipédia



Salgueiro Maia


Salgueiro Maia
Monumento ao Capitão Salgueiro Maia em Santarém
Nascimento1 de julho de 1944
Morte4 de abril de 1992 (47 anos)

Placa de homenagem a Salgueiro Maia, no local onde se dirigiu aos sitiados noQuartel do Carmo - Largo do CarmoLisboa

Grafite do ícone da Revolução dos Cravos, Fernando José Salgueiro Maia, na parede da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa
Fernando José Salgueiro Maia GOTE • GCL (Castelo de Vide1 de julho de 1944 — Lisboa4 de abril de 1992), foi um militar português.[1] [2]

Biografia

Salgueiro Maia, como se tornou conhecido, foi um dos distintos capitães do Exército Português, que liderou as forças revolucionárias durante a Revolução de 25 de abril, que marcou o final da ditadura. Filho de um ferroviário, Francisco da Luz Maia, e de sua mulher Francisca Silvéria Salgueiro, frequentou a Escola Primária em São TorcatoCoruche, mudando-se mais tarde para Tomar, vindo a concluir o ensino secundário no Liceu Nacional de Leiria (hoje Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo). Depois da revolução, viria a licenciar-se em Ciências Políticas e Sociais, noInstituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa.
Em Outubro de 1964, ingressa na Academia Militar, em Lisboa e, acabado o curso, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria (EPC), em Santarém, para frequentar o tirocínio. Foi comandante de instrução em Santarém. Integrou uma companhia de comandos na então guerra colonial.
Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento. Depois do 16 de Março de 1974 e do Levantamento das Caldas, foi Salgueiro Maia, a 25 de Abril desse ano, quem comandou a coluna de blindados que, vinda de Santarém, montou cerco aos ministérios do Terreiro do Paço forçando, já no final da tarde, a rendição de Marcelo Caetano, no Quartel do Carmo, que entregou a pasta do governo a António de Spínola. Salgueiro Maia escoltou Marcelo Caetano ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil.
A 25 de Novembro de 1975 sai da EPC, comandando um grupo de carros às ordens do Presidente da República. Será transferido para os Açores, só voltando a Santarém em 1979, onde ficou a comandar o Presídio Militar de Santarém. Em 1984 regressa à EPC.
A 24 de Setembro de 1983 recebe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, e, a título póstumo, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, a 28 de junho de 1992,[3] e em 2007 a Medalha de Ouro de Santarém.
Recusou, ao longo dos anos, ser membro do Conselho da Revolução, adido militar numa embaixada à sua escolha,governador civil do Distrito de Santarém e pertencer à casa Militar da Presidência da República. Foi promovido amajor em 1981 e, posteriormente, a Tenente-Coronel.
Em 1989 foi-lhe diagnosticada uma doença cancerosa que, apesar das intervenções cirúrgicas no ano seguinte e em 1991, o vitimaria a 4 de abril de 1992.[1] [2]

Placa toponímica de homenagem a Salgueiro Maia na freguesia de Baguim do Monte

Frases e momentos para a história

Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:
Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados socialistas, os estados capitalistas e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas de forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.[1] [2]

Bibliografia

  • Duarte, António de Sousa. Salgueiro Maia: Fotobiografia. Lisboa: Âncora, 2004. ISBN 972-780-133-1
  • Letria, José Jorge. Salgueiro Maia: o Homem do Tanque da Liberdade. Lisboa: Terramar, 2004. ISBN 972-710-371-5




DOCUMENTÁRIO: NO DIA EM QUE SALGUEIRO MAIA SAIU À RUA




DOCUMENTÁRIO
SALGUEIRO MAIA - RETRATOS CONTEMPORÂNEOS 




DOCUMENTÁRIO
AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE SALGUEIRO MAIA - 1ª Parte




DOCUMENTÁRIO
AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE SALGUEIRO MAIA - 2ª Parte



Sem comentários:

Enviar um comentário