Dª. ANTÓNIA "A FERREIRINHA"
Conheça a história desta mulher empresária numa época de homens e que foi fundamental para o desenvolvimento do Douro, das suas gentes e do comércio do Vinho do Porto.
Texto: Português
A 4 de Julho de 1811 - fez hoje à data desta publicação em 04 Julho de 2014, 203 anos que nascia em Godim, Peso da Régua, D. Antónia Adelaide Ferreira, mais conhecida por Ferreirinha, e foi uma empresária portuguesa de sucesso no século XIX.
Ficou conhecida por se dedicar ao cultivo do Vinho do Porto e pelas notáveis inovações que introduziu. A sua família era muito abastada, possuía muito dinheiro e vinhas.
O pai, José Bernardo Ferreira casou-a com um primo, mas este não se interessou pela cultura da família e esbanjou grande parte da fortuna.
D. Antónia teve dois filhos: uma menina, Maria de Assunção, mais tarde Condessa de Azanbuja, e um rapaz, António Bernardo Ferreira .
Ficou viúva muito nova (33 anos), a viuvez despertou nela a sua verdadeira vocação de empresária.
Sabe-se que a Ferreirinha, como era carinhosamente conhecida, se preocupava com as famílias dos trabalhadores das suas terras e adegas.
Apoiada pelo administrador José da Silva Torres, mais tarde seu segundo marido, Antónia Adelaide Ferreira lutou contra a falta de apoios dos sucessivos governos, mais interessados em construir estradas e comprar vinhos espanhóis. Debateu-se contra a doença da vinha, a filoxera e deslocou-se a Inglaterra para obter informação sobre os meios mais modernos e eficazes de combate a esta peste, bem como processos mais sofisticados de produção do vinho.
A Ferreirinha investiu em novas plantações de vinhas em zonas mais expostas à radiação solar, sem abandonar também as plantações de oliveiras, amendoeiras e cereais.
A Quinta do Vesúvio, uma das suas muitas propriedades, era por ela percorrida e vigiada de perto. No ano de 1849 a produção vinícola era já de 700 pipas de vinho. Mercê de bons acordos, grande parte dos vinhos foi exportada para o Reino Unido, ainda hoje o primeiro importador de Vinho do Porto.
Quando faleceu, em 1896, deixou uma fortuna considerável e perto de trinta quintas. Do Douro para o mundo passou a lenda da sua tenacidade e bondade. (Wikipédia)
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O ano de 1868 foi um ano excelente, as qualidades de vinho eram enormes e os viticultores não conseguiam vender o seu vinho. D. Antónia compra enormes quantidades de vinho para ajudar os agricultores na luta contra os baixos preços praticados pela abundância de vinho.
Dois anos mais tarde surge a praga do oídio que destrói quase a totalidade dos vinhedos, atirando os Durienses para a miséria.
Mulher com uma capacidade enorme de negociar, pôde com alguma facilidade negociar com os ingleses todo o seu vinho que permanecia nos armazéns, contribuindo, assim, para um enriquecimento da casa Ferreira.
http://quintadasparcelas.blogs.sapo.pt/
200 mulheres comemoram aniversário
de D. Antónia no Museu do Douro
Numa iniciativa que se insere nas comemorações dos 200 anos do nascimento de D. Antónia Adelaide Ferreira, que ficou conhecida como a Ferreirinha, a Associação Sabrosa Douro XXI tentou juntar 200 mulheres num jantar convívio, um objectivo muito perto de ser atingido (165 mulheres). São mulheres que têm ligação ao Douro e ao vinho que quiseram homenagear desta forma uma mulher que desempenhou um importante papel no desenvolvimento do Douro Vinhateiro. A 'Homenagem de mulheres a uma grande mulher' foi organizada pela Associação Sabrosa Douro XXI e contou com a participação de empresárias, investigadoras, produtoras e várias enólogas, entre outras mulheres ligadas à vitivinicultura duriense.
Antónia Ferreira
Antónia Adelaide Ferreira | |
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Outros nomes | A Ferreirinha |
Nascimento | 04 de julho de 1811 Peso da Régua, Portugal |
Morte | 26 de março de1896 (84 anos) Peso da Régua, Portugal |
Progenitores | Mãe: Margarida Rosa Gil Pai: José Bernardo Ferreira |
D. Antónia Adelaide Ferreira ,(Godim, Peso da Régua, 4 de Julho de 1811 — Godim, Peso da Régua, 26 de Março de1896), mais conhecida por Ferreirinha, foi uma empresária portuguesa do século XIX.
Ficou conhecida por se dedicar ao cultivo do Vinho do Porto e pelas notáveis inovações que introduziu. A sua família era muito abastada, possuía muito dinheiro e vinhas. O pai, José Bernardo Ferreira casou-a com um primo, mas este não se interessou pela cultura da família e esbanjou grande parte da fortuna.
D. Antónia teve dois filhos: uma menina, Maria de Assunção, mais tarde Condessa de Azambuja, e um rapaz, António Bernardo Ferreira. Ficou viúva muito nova (33 anos), a viuvez despertou nela a sua verdadeira vocação de empresária.
Sabe-se que a Ferreirinha, como era carinhosamente conhecida, se preocupava com as famílias dos trabalhadores das suas terras e adegas. Apoiada pelo administrador José da Silva Torres, mais tarde seu segundo marido, Antónia Adelaide Ferreira lutou contra a falta de apoios dos sucessivos governos, mais interessados em construir estradas e comprar vinhos espanhóis. Debateu-se contra a doença da vinha, a filoxera e deslocou-se a Inglaterra para obter informação sobre os meios mais modernos e eficazes de combate a esta peste, bem como processos mais sofisticados de produção do vinho. A Ferreirinha investiu em novas plantações de vinhas em zonas mais expostas à radiação solar, sem abandonar também as plantações de oliveiras, amendoeiras e cereais.
A Quinta do Vesúvio, uma das suas muitas propriedades, era por ela percorrida e vigiada de perto. No ano de 1849 a produção vinícola era já de 700 pipas de vinho. Mercê de bons acordos, grande parte dos vinhos foi exportada para o Reino Unido, ainda hoje o primeiro importador de Vinho do Porto.
Quando faleceu, em 1896, deixou uma fortuna considerável e perto de trinta quintas. Do Douro para o mundo passou a lenda da sua tenacidade e bondade. Em 2004 a RTP[1]exibiu uma série, da autoria de Francisco Moita Flores, onde se retratava a sua vida.
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