sábado, 13 de dezembro de 2014

CARLOS II DE ESPANHA: DOS AUSTRIAS AOS BORBONS - A DECADENCIA DE UM IMPÉRIO

História
CARLOS II DE ESPANHA: DOS AUSTRIAS AOS BORBONS - A DECADENCIA DE UM IMPÉRIO
La España de Carlos II (1661-1700): decadencia de España durante el reinado del último Austria. Rey de constitución débil y enfermiza conocido como `El Hechizado¿. Se casa dos veces, pero no tuvo descendencia. A su muerte se produce la Guerra de Sucesión provocada por Felipe de Anjou, pretendiente francés nieto de Luis XIV, y el archiduque Carlos de Austria. Carlos II nombra su heredero a Felipe de Anjou con el que llegan los borbones al trono de España.

Texto: Português
Áudio: Castelhano
Fonte: Rtve 2 - Memória de Espanha - YouTube - Wikipédia






Carlos II de Espanha




Carlos II
Rei de Espanha
Charles II of Spain anonymous portrait.jpg
Governo
 
Reinado 17 de setembro de 1665 - 1 de novembro de 1700
Consorte Maria Luísa de Orléans
Maria Ana de Neuburgo
Antecessor Felipe IV
Sucessor Felipe V
Dinastia Habsburgo
Vida
Nascimento 6 de Novembro de 1661
Madrid, Espanha
Morte 1 de Novembro de 1700 (38 anos)
Madrid, Espanha
Sepultamento Real Mosteiro de São Lourenço do Escorial, Madrid
Pai Felipe IV de Espanha
Mãe Mariana de Áustria 

Carlos II de Espanha (Madrid, 6 de Novembro de 1661 — Madrid, 1 de Novembro de 1700) apelidado «O Enfeitiçado», foi o último rei da casa dos Habsburgos a reinar sobre a Espanha, Nápoles e Sicília, senhor de quase toda a Itália excepto dos Estados Papais e da Sereníssima República de Veneza, e do império ultramarino castelhano, do México à Patagônia e que incluía Cuba e as Filipinas. Era, como Rei de Nápoles, da Sicília e de Navarra, Carlos V, rei titular de Jerusalém e Rei da Sardenha e dos Países Baixos, duque de Milão, conde da Borgonha e conde do Charolais.
Carlos foi o único filho de Filipe IV de Espanha (1605-1665) e da sua 2ª esposa Mariana de Áustria (1635-1696) a sobreviver à morte do pai, tendo sucedido-lhe por sua morte. Do 1º casamento do pai com Isabel de Bourbon, apenas uma filha, mais tarde rainha consorte de França Maria Teresa, sobrevivera à infância.
Seu nascimento foi causa de grande alegria para os Espanhóis, que temiam uma disputa sucessória (que mais tarde ocorreria, por sua morte), caso o grande Filipe IV fosse incapaz de gerar um varão para lhe suceder no trono. Como à data da morte do pai era ainda muito pequeno, a mãe assumiu a regência até 1675, altura em que completou 14 anos. Aproveitando este período de menoridade se fez a paz entre Portugal e Espanha, dando-se por encerradas as guerras da Restauração, em 1668; o acordo foi firmado pelos dois regentes, o infante Pedro por Portugal (em nome do seu irmão Afonso VI) e a rainha-mãe de Espanha por Carlos.
Os sucessivos casamentos consaguíneos praticados pelos Habsburgos, dada a sua convicção de que deveriam manter o seu sangue puro, produziram uma tal degenerescência que Carlos acabaria por nascer raquítico, quase louco, impotente e com outras doenças como epilepsia - além de possuir o célebre maxilar proeminente dos Habsburgos - uma afecção chamada de prognatismo mandibular - característica da interconsaguinidade familiar, bem visível nos retratos do rei, ao lado). Foi ainda conhecido pelo cognome o Amaldiçoado.
Devido a este conjunto de afecções, foi incapaz de gerar qualquer herdeiro, o que ditou o nascer da Guerra da Sucessão Espanhola (1700-1713) após a sua morte. Desta forma findou o ramo espanhol da casa dos Habsburgos, nascido da divisão dos territórios de Carlos V pelo seu irmão Fernando e pelo seu filho Filipe.
Começara a governar sob a regência da mãe, e o poder caiu nas mãos inexpertas do jesuíta Nithard e do aventureiro Valenzuela. Pelo Tratado de Aix-la-Chapelle, a Espanha abandonou Flandres à França. Sua maioridade oficial em 1675 e a breve passagem ao poder de Dom João de Áustria (1677 a 1679) não puderam evitar a perda do Franche-Comté e de praças-fortes no Artois pelo Tratado de Nimègue de 1678. Satisfez a Espanha interesses franceses, em 31 de agosto e em 19 de novembro de 1679. Em 1684 de novo satisfez à França e aceitou o Tratado de Ratisbona.
Fraco, indolente, quase imbecil desde o nascimento, educado pela mãe, que seria exilada mais tarde da corte pelo jovem Dom João José de Áustria, bastardo de Filipe IV.

Casamentos

Casou em 1679 com Maria Luísa de Orléans nascida Marie Louise de Bourbon-Orléans em Paris em 27 de março de 1662, que morreria em 12 de fevereiro de 1689 em Madri, de uma peritonite. Era filha de Filipe I de Orléans (1640-1701) Duque de Orléans, conhecido ludópata e homossexual, e de Henriqueta Ana Stuart (1644-1670), filha do decapitado rei da Inglaterra Carlos I; era sobrinha de Luís XIV, bela e inteligente, a antítese do marido. Alegre, aficionada à música, guerrearam ela e a sogra durante os dez anos que durou seu casamento, sem filhos. Como não tinha filhos, uns versinhos corriam as ruas: «A pesar de ser extraña, / sabed, bella flor de lís, / si parís, parís a España; / si no parís, a París.»
Realeza Espanhola
Casa de Habsburgo
Descendência
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Enviuvando, casou, atendendo a interesses austríacos, em 28 de agosto de 1689 com a princesa Maria Ana de Neuburgo ou do Palatinado-Neuburgo, nascida em Düsseldorf em 28 de outubro de 1667 e morta em 16 de julho de 1740 em Guadalajara. Era filha do Eleitor Palatino do Reno Filipe Guilherme, da Casa de Wittelsbach, e de Isabel Amélia de Hesse-Darmstadt, a qual tinha fama de ter estado 24 vezes grávida. Era irmã de Leonor Madalena de Neuburgo, a 2ª esposa do imperador Leopoldo I (1640-1705) viúvo de Margarida Teresa da Espanha. Outra Neuburgo casara em Portugal com o rei D. Pedro II, uma outra era rainha da Polônia, outra Duquesa de Parma.
Mariana teve sobre o marido considerável influência: desembarcou na Corunha na primavera de 1690 e se viu logo que era robusta, ruiva, orgulhosa, de caráter impetuoso. Manteve-se seis anos em guerra contra a sogra, que morreu em 1696. Ao seu redor havia venda de informações, numerosas falsas gravidezes. Nunca tiveram filhos. O novo rei Filipe V a deixaria viver instalada no magnífico palácio do Infantado, embora ela tivesse apoiado o Arquiduque Carlos, e ali ela morreu.
Em 1689 a Espanha se aliou ao Sacro Império e às Províncias Unidas contra Luis XIV: esta Guerra da Liga de Augsburgo terminou pela paix blanche de Ryswick (1697) - mas a Catalunha fora invadida. Viu-se que era um rei fraco de corpo e espírito.
Sem posteridade, Carlos II, sabedor de que havia seis pretendentes ao trono, designou por sucessor Filipe de Anjou, neto de sua meio-irmã mais velha, instigado nisso pelo cardeal Portocarrero, arcebispo de Toledo, convencido de que o poder de Luís XIV evitaria o desmembramento do império. Por testamento, com a concordância do papa, o trono iria para o filho único de Luís XIV, o Grande Delfim, como herdeiro direto em função de ter Luís XIV casado com Maria Teresa da Espanha em 1660. Embora a Infanta tivesse assinado uma solene renúncia ao trono espanhol, incorporada ao Tratado dos Pirenéus e confirmada pelo testamento de seu pai Filipe IV, a renúncia foi considerada inválida. Luís XIV foi informado de que a renúncia era inválida porque a sucessão não podia ser afastada da herdeira legal. Ele e seu irmão o Duque de Orléans também figuravam na linha de sucessão por sua mãe Ana, Infanta de Espanha, que também tinha solenemente renunciado aos direitos à sucessão espanhola, renúncia essa também considerada inválida.

A sucessão e a Guerra

Tinha 39 anos quando morreu, sem herdeiros da rainha Maria Luísa de Orléans e da rainha Mariana de Neuburgo. Aberto o testamento de 2 de outubro, verificou-se ser o sucessor Filipe de Anjou, o segundo filho do Delfim da França, neto da meio-irmã do finado rei espanhol. Em 15 de novembro de 1700, o rei Luís XIV apresentava o duque de Anjou à Corte de Versalhes como Filipe V, Rei de Espanha.
Em 1701, o rei de Portugal Pedro II fará um tratado de aliança ofensiva e defensiva com Espanha e França. Dois anos depois, porém, «le obligaron sus inimigos a unirse con la Casa de Austria» e a fazer um tratado igual com os Aliados, inimigos das duas Coroas…

Precedido por:
Filipe IV
Rei de Espanha
1665 - 1700
Seguido por:
Filipe V
Rei da Sicília
Rei de Nápoles

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