A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA - O CORAÇÃO DA HUMANIDADE
Foi uma das grandes maravilhas do mundo. Dela pouco se sabe, no entanto é do conhecimento que era talvez o maior centro de estudo e saber da antiguidade, com milhares de escritos sobre todas as artes e ciências. Grandes filósofos e intelectuais estudaram, ensinaram e tinham lá publicados os seus tratados. Mas a biblioteca era também um espaço de liberdade, pois todas as teorias de todas as ciências eram lá estudadas sem sensura nem limitações de caracter religioso, o que provocava frequentes debates políticos e ideológicos.
Aqui tem revelada alguma informação acerca desta grande maravilha da humanidade.
Texto: Português e Castelhano
Áudio: Castelhano
Fontes: Egiptoaroma - YouTube - Educaterra - Wikipédia
DOCUMENTÁRIO: A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA
Alejandría era una ciudad cosmopolita donde convivían en paz ciudadanos de muchas nacionalidades; era el lugar ideal para un centro internacional de investigación. Ese centro, fundado alrededor del año 300 a.C., era la biblioteca y museo de Alejandría. El museo, un lugar dedicado a las especialidades de las Nueve Musas, era el centro de investigaciones propiamente dicho. La biblioteca se guiaba por el ideal de reunir una colección de libros internacional, con obras griegas y traducciones al griego de obras escritas originalmente en otras lenguas del Mediterráneo, el Medio Oriente y la India.
A Biblioteca de Alexandria, o coração da humanidade
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Fundando uma biblioteca
Mudar o Egito
Sarcófago real em Mênfis |
Por essa altura, entre os séculos II e I a.C., Alexandria , que fora fundada por Alexandre o Grande em 332 a.C., assumira, com todos os méritos, ser a capital do mundo helenistico. Centro cosmopolita, por suas ruas, praças e mercados, circulavam gregos, judeus, assírios, sírios, persas, árabes, babilônios, romanos, cartagineses, gauleses, iberos, e de tantas outras nações. A efervescência dai resultante, é que fez com que ela se tornasse um espécie de Paris ou de Nova Iorque daquela época, cuja ênfase maior foi porém a ciência e a filosofia.
(*) Os Lágidas ou Ptolomeus, governaram o Egito a partir da partilha feita entre os Diadochoi, os diádocos, os generais de Alexandre o Grande, quando da morte deste em 323 a.C. Coube ao primeiro Ptolomeu, autodesignado Sóter (o Salvador), tornar-se rei do Egito no ano de 305 a.C., iniciando uma dinastia que teve 14 Ptolomeus e 7 Cleópatras. A última rainha do Egito foi Cleópatra VII, que suicidou-se em 30 a.C. , ocasião em que o país caiu sobre a dominação romana de Otávio Augusto.
A Biblioteca de Alexandria, o coração da humanidade - parte 2
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O bibliotecário-chefe
Ao que se somava a Septuagint, os 70 manuscritos que continham a tradução do Pentateuco, o Velho Testamento hebraico para o grego, feito por 72 sábios judeus convidados por Ptolomeu Filadelfo para realizar o feito em Alexandria. As atribuições do bibliotecário-chefe transcendiam as funções habituais, pois eles eram também humanistas e filólogos encarregados de reorganizar as obras dos autores antigos (foi Zenôdo quem estruturou a Ilíada e a Odisséia em 24 cantos cada um, depurando-lhes os versos espúrios). Além disso, ele também era encarregado da tutoria dos príncipes reais, a quem devia orientar nas leituras e no gosto.
(*) Os rolos de papiro mediam 25 cm de altura por 11 metros de cumprimento, alcançando alguns até 30 metros. Eram escritos sem separação das palavras, com exceção de uma pausa (paragraphos), não havia vírgulas nem pontuação. As folhas, denominadas de cólemas, eram coladas umas as outras antes da sua utilização, e a página que abria o rolo chamava-se protocollon (dai a nossa palavra protocolo).
Principais bibliotecários
Bibliotecário-chefe | Período |
Demétrio de Faléreo | 284 a.C. |
Zenôdoto de Éfeso | 284-260 a.C. |
Calímaco de Cirene | 260-240 a.C. |
Apolônio de Rodes | 240-235 a.C. |
Erastóstenes de Cirene | 235-195 a.C. |
Apolônio Eidógrafo | 180-160 a.C. |
Aristarco de Samotrácia | 160-145 a.C. |
O acervo e os cientistas
Erasistratus, médico da escola de Alexandria cura o jovem Antíoco (tela de L.David, 1774) |
O cerco intolerante sobre a biblioteca
A boa nova que nos chegou do Oriente Médio, região tão rara em produzir noticias felizes, é o da inauguração da Nova Biblioteca de Alexandria, acontecido em outubro de 2002, um colossal empreendimento que visa recuperar a imagem da cidade como um centro de sabedoria, posição que perdeu há bem mais de 1500 anos . Que os espíritos dos grandes do passado inspirem os que virão no futuro nesta grandiosa tarefa.
Biblioteca de Alexandria
A Biblioteca Real de Alexandria ou Antiga Biblioteca de Alexandria foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Floresceu sob o patrocínio da dinastia ptolemaica e existiu até a Idade Média, quando supostamente foi totalmente destruída por um incêndio cujas causas são controversas.
Alexandria, às margens do Mediterrâneo, reinou quase absoluta como centro da cultura mundial entre os séculos III a.C. e IV d.C. Sua famosa biblioteca continha praticamente todo o saber da Antiguidade, em cerca de 700 mil rolos de papiro e pergaminhos. Seu lema era “adquirir um exemplar de cada manuscrito existente na face da Terra”.
Acredita-se que a biblioteca foi fundada no início do século III a.C., concebida e aberta durante o reinado do faraó Ptolemeu I Sóter ou durante o de seu filho Ptolomeu II. Plutarco (46–120 d.C.) escreveu que, durante sua visita a Alexandria em 48 a.C., Júlio César queimou acidentalmente a biblioteca quando ele incendiou seus próprios navios para frustrar a tentativa de Achillas de limitar a sua capacidade de comunicação por via marítima. De acordo com Plutarco, o incêndio se espalhou para as docas e daí à biblioteca.
No entanto, esta versão dos acontecimentos não é confirmada na contemporaneidade. Atualmente, tem sido estabelecido que a biblioteca, ou pelo menos segmentos de sua coleção, foram destruídos em várias ocasiões, antes e após o século I a.C.
Destinada como uma comemoração, homenagem e cópia da biblioteca original, a Bibliotheca Alexandrina foi inaugurada em 2002 próximo ao local da antiga biblioteca.1
História
Considera-se que tenha sido fundada no início do século III a.C., durante o reinado de Ptolomeu II, após seu pai ter construído o Templo das Musas (Museum). É atribuída a Demétrio de Faleros sua organização inicial. Uma nova biblioteca foi inaugurada em 2002 próximo ao sítio da antiga.Conta-se que um dos incêndios da histórica biblioteca foi provocado por César. Em caçada a Pompeu, o seu inimigo de Triunvirato (formado por Pompeu, Crasso e ele), César deparou-se com a cidade de Alexandria, governada na época por Ptolomeu XII, irmão de Cleópatra.
Pompeu foi decapitado por um dos tutores do jovem Ptolomeu, e sua cabeça foi entregue a César juntamente com o seu anel. Diz-se que ao ver a cabeça do inimigo César pôs-se a chorar. Apaixonando-se perdidamente por Cleópatra, César conseguiu colocá-la no poder através da força. Os tutores do jovem faraó foram mortos, mas um conseguiu escapar. Temendo que o homem pudesse fugir de navio mandou incendiar todos, inclusive os seus. O incêndio alastrou-se e atingiu uma parte da famosa biblioteca.
A instituição da antiga biblioteca de Alexandria tinha como o principal objetivo preservar e divulgar a cultura nacional. Continha livros que foram levados de Atenas. Existia também matemáticos ligados à biblioteca, como por exemplo Euclides de Alexandria. Ela se tornou um grande centro de comércio e fabricação de papiros.
De facto, existiram duas grandes Bibliotecas de Alexandria. A Biblioteca Mãe e a Filha. De início a Filha era usada apenas como complemento da primeira, mas com o incêndio acidental (por Júlio César), no século I, da Biblioteca Mãe, a Filha ganhou uma nova importância. Vinham sábios de todo o mundo para Alexandria e debatiam os mais variados temas. Em 272 d.C., durante a guerra entre o imperador Aureliano e a rainha Zenóbia, a Biblioteca Filha foi provavelmente destruída, quando as legiões de Aureliano tomaram a cidade de assalto.2
A lista dos grandes pensadores que frequentaram a biblioteca e o museu de Alexandria inclui nomes de grandes gênios do passado. Importantes obras sobre geometria, trigonometria e astronomia, bem como sobre idiomas, literatura e medicina, são creditados a eruditos de Alexandria. Segundo a tradição, foi ali que 72 eruditos judeus traduziram as Escrituras Hebraicas para o grego, produzindo assim a famosa Septuaginta.
Os grandes nomes da Alexandria antiga
- Euclides: matemático do século IV a.C.. O pai da geometria e o pioneiro no estudo da óptica. Sua obra Os Elementos foi usada como padrão da geometria até ao século XIX.
- Aristarco de Samos: astrônomo do século III a.C. O primeiro a presumir que os planetas giram em torno do Sol. Usou a trigonometria na tentativa de calcular a distância do Sol e da Lua, e o tamanho deles.
- Arquimedes: matemático e inventor do século III a.C. Realizou diversas descobertas e fez os primeiros esforços científicos para determinar o valor do pi (π).
- Calímaco (ca. 305–ca 240 a.C.): poeta e bibliotecário grego, compilou o primeiro catálogo da Biblioteca de Alexandria, um marco na história do controle bibliográfico, o que possibilitou a criação da relação oficial (cânon) da literatura grega clássica. Seu catálogo ocupava 120 rolos de papiro.
- Eratóstenes: polímata (conhecedor de muitas ciências) e um dos primeiros bibliotecários de Alexandria, do século III a.C. Calculou a circunferência da Terra com razoável exatidão.
- Galeno: médico do século II d.C. Seus 15 livros sobre a ciência da medicina tornaram-se padrão por mais de 12 séculos.
- Hipátia: astrônoma, matemática e filósofa do século IV d.C. Uma das maiores matemáticas, diretora da Biblioteca de Alexandria; por ser pagã, foi assassinada durante um motim de cristãos.3
- Herófilo: médico, considerado o fundador do método científico, o primeiro a sugerir que a inteligência e as emoções faziam parte do cérebro e não do coração.
- Ptolomeu: astrônomo do século II d.C. Os escritos geográficos e astronômicos eram aceitos como padrão.
Destruição da biblioteca
A destruição da biblioteca é um evento que divide os historiadores, pelo menos desde o século XVIII. A versão mais popular, pelo menos entre o grande público, é a de que a biblioteca foi destruída por ordem de Amr ibn al-As, governador provincial do Egito em nome do califa Rashidun Omar ibn al-Khattab, pouco depois da conquista do Egito comandada por Amr em 642, mas desde o século XVIII que diversos estudiosos questionam a veracidade dessa versão da história.A nova biblioteca
A Nova Biblioteca de Alexandria, além do salão principal, é composta de mais quatro bibliotecas especializadas, laboratórios, um planetário, um museu de ciências e um de caligrafia e uma sala de congresso e de exposições. A instituição pretende ser um dos centros de conhecimento mais importantes do mundo assim como sua antecessora. Assim, foi dada prioridade à criação de uma biblioteca cibernética. No local estão ainda guardados dez mil livros raros, cem mil manuscritos, 300 mil títulos de publicações periódicas, 200 mil cassetes áudio e 50 mil vídeos4 .No total podem trabalhar na Biblioteca de Alexandria cerca de 3 500 investigadores, que têm ao dispor 200 salas de estudo. O projecto da biblioteca é da autoria de uma firma de arquitetos noruegueses, a Snohetta.
A construção demorou sete anos, mas a ideia nasceu em 1974. Concluída em 2002, custou 212 milhões de dólares, boa parte dos quais pagos pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). Esse espaço abriga 4 milhões de livros, acervo bem inferior ao da Biblioteca do Congresso dos EUA (18 milhões) e da Biblioteca Nacional da França (12 milhões). No granito do frontispício da face sul, foram gravadas as letras de todos os alfabetos das civilizações antigas e modernas. Porém, mais do que o acervo e a suntuosidade, o soerguimento da nova Biblioteca enseja um extraordinário simbolismo histórico.
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