O NASCIMENTO DE UMA FRONTEIRA
São revelados aqui, os inúmeros episódios do namoro constante entre Portugal e as Espanhas, com as suas zangas, batalhas e períodos de paz e história comum.
D. Afonso Henriques é armado Cavaleiro com 14 anos na Catedral de Zamora. Mais tarde, D. Afonso Henriques enfrenta-se contra sua mãe, Dª Teresa e seus aliados Galegos, Nobres e Bispos, partidários de uma união Ibérica. Mas D. Afonso tem com objectivo a independência do Condado Portucalense. Dª Teresa refugia-se na Catedral fortaleza de Tuy, mas é vencida na batalha de S. Mamede. Foge Dª Teresa e refugia-se no Castelo da Póvoa de Lanhoso, onde morre 2 anos depois, presa num convento de clausura. Desde o sul do Minho, por 3 vezes, D. Afonso Henriques ataca desde o Baluarte de Valença, Tuy e sua Fortaleza-Catedral, para conquistar terras a Norte do rio. O Rei de Leon corre também, para defender os seus feudos Galegos. Tudo se resolve com o tratado de Tuy em 1137. D. Afonso H. vira-se então para o sul e vai conquistar terras aos Mouros. Dá-se então a lendária batalha de Ourique, onde se diz que combateram mais de 40.000 homens e inúmeras amazonas mulheres.
A batalha é plena de misticismo e mistério e é ganha por D. Afonso H. e é relatada por Camões, onde diz que as pessoas, após essa batalha o aclamavam como "Real, Real". Obteve assim o reconhecimento do Papa, como Monarca independente, apesar dos protestos do Rei de Leon.
Começam então a instalar-se no território conquistado por D. Afonso H. as ordens religiosas como os Cistercienses e que vão ter um papel fundamental na consolidação do mesmo.
Por fim, com ajuda já dos monges guerreiros, é conquistada Lisboa. D. Afonso tem assim, um território e sua capital. Continua a sua conquista a sul, com a batalha por Silves e o Algarve.
O tratado de Alcanices define finalmente a fronteira Portuguesa, que vem a ser a mais antiga fronteira da Europa.
E assim se continuam a revelar a origem e formação das fronteiras entre Portugal e as Espanhas, por entre aventuras, batalhas, conspirações, negociações e histórias de amor até, neste magnífico documentário da Rtve 2, apresentado no programa "La Raya Quebrada".
Podem ainda ler o excelente artigo "A Fronteira Luso-Castelhana na Idade Média escrito pela Dra. Leontina Ventura.
Finalmente, adicionei, mais informação histórica, acerca da formação e conquista da fronteira terrestre Portuguesa.
Por último, apenas quero lembrar, que a questão de "Olivença" (território legitimamente Português, mas que continua a ser administrado por Espanha), continua por resolver, sendo talvez, o último lugar que faz testemunho, de todas estas peripécias entre Portugal e Espanha, pela afirmação dos seus territórios. Ou talvez deva dizer, que Olivença representa ainda, o sonho vivo de alguns, por uma União Ibérica ...???!!!
Texto: Português / Castelhano
Áudio: Castelhano
Fonte: Rtve 2 - YouTube - Ler Letras Up Pt - Wikipédia
* Alfonso Henriques, armado caballero en la catedral de Zamora, logra vencer a su madre, que se refugia en Tuy. Más adelante conquista Lisboa y en pocas décadas se cierra la frontera con España tras la conquista portuguesa del Algarbe. Las alianzas matrimoniales abren unas ambiciones que no llegan a su culminación por la ocupación de Toro y Zamora por el rey castellano
Fortaleza de Valença
DOCUMENTÁRIOS:
O NASCIMENTO DE UMA FRONTEIRA
Documentário em 3 partes da Série da Televisão Espanhola RTVE - La Raya quebrada, que nos conta a história do nascimento das fronteiras entre os Reinos de Portugal ( o 1º reino independente da Europa) e os Reinos das Espanhas.
Parte I:
Parte 2:
Parte 3:
VER O ARTIGO:
A FRONTEIRA LUSO-CASTELHANA NA IDADE MÉDIA
Por: Leontina Ventura (Active o Link abaixo a azul para ver o artigo).
A FRONTEIRA LUSO-CASTELHANA NA IDADE MÉDIA
* Tratado de Alcanizes
O tratado de Alcanizes (em língua castelhana, Alcañices) foi assinado entre os soberanos de Leão e Castela, Fernando IV (1295-1312), e de Portugal, D. Dinis(1279-1325), a 12 de setembro de 1297, na povoação leonesa-castelhana de Alcanizes.1
Por ele se restabelecia a paz, fixando-se os limites fronteiriços entre os dois reinos. Em troca de direitos portugueses nos termos raianos de Aroche e de Aracena, passavam para a posse definitiva de Portugal:1
- Campo Maior
- Olivença (hoje administrada por Espanha, ver Questão de Olivença)
- Ouguela
- São Félix dos Galegos (hoje na posse de Espanha)
E em troca de direitos portugueses nos domínios de Aiamonte, Esparregal, Ferreira de Alcântara e Valença de Alcântara, e outros lugares nos Reinos de Leão e de Galiza, era reconhecida a posse portuguesa das chamadas terras de Riba-Côa, que compreendiam as seguintes povoações e respectivos castelos:
Uma versão do tratado, cujo exemplar em Castelhano hoje se encontra depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, encontra-se transcrita por Rui de Pinana Crónica de El-Rei D. Dinis. No século XIX, o original foi publicado pelo Visconde de Santarém (1846).
Embora na fórmula de encerramento seja informada a datação como Era de mil trezentos trinta e cinco annos, recorde-se que a referida é a da Era de César, vigente à época daqueles soberanos, equivalente a 1297 no atual calendário gregoriano.
Três territórios foram perdidos por Portugal ou encontram-se pendentes de delimitação: São Félix dos Galegos (atual San Felices de los Gallegos), Ermesende2(atual Hermisende), Salvaterra do Minho1 (atual Salvaterra de Miño). Olivença (incluindo o atual município de Táliga), embora fazendo parte do território português é administrada pelo Estado espanhol.
Sem comentários:
Enviar um comentário