segunda-feira, 29 de setembro de 2014

TALIBANS - BREVE HISTÓRIA E FILOSOFIA DO MOVIMENTO

Documentário 
TALIBANS - BREVE HISTÓRIA E FILOSOFIA DO MOVIMENTO
Um movimento que se dedicava ao estudo da religião e que pelas circunstâncias se fez com o poder, espalhando e impondo as suas visões fundamentalistas do Islamismo, num autêntico reino de terror.
Aqui tem revelada a história e acontecimentos, que tornaram possível tal ascensão, assim como a guerra feita para os derrubar.

Texto: Português / Castelhano
Áudio: Castelhano
Fonte: The History Channel - YouTube - Wikipédia


* O DOCUMENTÁRIO:

El presente documental, tomado de la serie Informes clasificados de History Channel (cuyo nombre original es EL TALIBÁN) , describe la forma como surgió y accedió al poder el grupo talibán en Afganistán a mediados de los 90. Sin embargo, en una síntesis histórica muy bien elaborada, nos describe el vínculo existente entre la invasión soviética a Afganistán durante la década de los 80, la financiación de la CÍA a los grupos extremistas islámicos que decidieron enfrentar al ejército soviético - entre quienes militaba un joven multimillonario saudíe conocido como Osama Bin Laden- y el subsiguiente "abandono" del país por parte de Estados Unidos, luego de la retirada de los rusos a comienzos de 1989.

Posterormente nos relatan brevemente la guerra civil que se desarrolló en el país en la primera parte de la década de los 90, de la cual resultó victorioso el grupo ultraortodoxo talibán.

Finalmente, el documental nos muestra la caída del régimen talibán a fines de 2001 y la forma como esto está directamente relacionado con los atentados de las torres gemelas.

Espero que disfruten el valioso material que contiene este documental, que sin duda contribuirá a una mayor comprensión del complejo mundo musulmán y de las consecuencias imprevistas que genera la política exterior de las grandes potencias en ciertas zonas del planeta.







* BREVE HISTORIAL:


Taliban
.




Bandeira do Talibã, com a chahada ou profissão de fé dos muçulmanos

Guarda de fronteira do Talibã em Torkham, no Afeganistão, em 2001
O Taliban (também transliterado Taleban, Talibã ou Talebã, do pachto: طالبان, transl. ṭālibān, "estudantes") é um movimento fundamentalista islâmico nacionalista que se difundiu no Paquistão e, sobretudo, no Afeganistão, a partir de 1994 e que, efetivamente, governou o Afeganistão entre 1996 e 2001, apesar de seu governo ter sido reconhecido por apenas três países: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Paquistão. Seus membros mais influentes, incluindo seu líder, Mohammed Omar, eram simplesmente ulema (isto é, alunos e universitários) em suas vilas natais. O movimento desenvolveu-se entre membros da etnia pachtun, porém também incluía muitos voluntários não afegãos do mundo árabe, assim como de países da Eurásia e do Sul e Sudeste da Ásia.
É, oficialmente, considerado como organização terrorista pela Rússia , pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

O movimento

Como um movimento político e militar contra a invasão soviética do Afeganistão, os talibãs são conhecidos por terem-se feitos portadores do ideal político-religioso de recuperar todos os principais aspectos do Islã(cultural, social, jurídico e económico), com a criação de um Estado teocrático.
Durante a invasão soviética do Afeganistão (1979-1989), o governo dos Estados Unidos, através da chamada Operação Ciclone, nome em código do programa da CIA, armou os mujahidins do Afeganistão.[carece de fontes] Foi uma das mais longas e dispendiosas operações da CIA jamais realizadas. 2 Entre 1987 e 1989, os serviços secretos do Paquistão (ISI) e a CIA operavam juntas, armando as milícias talibãs que combatiam as tropas soviéticas.


Territórios controlados pelas partes em conflito em 1996: em amarelo território sob controle do Talibã
Depois que os vários grupos de resistência contra a ocupação soviética tomaram Cabul e estabelecem um governo marcado por lutas internas e guerras civis, o Talibã surgiu como uma alternativa caracterizada pela predominância pachtun e pelo rigor religioso extremo, criando na população expectativas de que acabaria com o constante estado de guerra interno e com os abusos dos senhores da guerra. Controlando noventa por cento do Afeganistão por cinco anos, o regime talibã, que se chamava o "Emirado Islâmico do Afeganistão", ganhou o reconhecimento diplomático de apenas três países: Paquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Tinha, como objetivo declarado, impor a lei islâmica e alcançar um estado de paz.
Muitos membros do grupo Talibã cresceram em campos de refugiados no Paquistão e foram educados em madraças, onde também aprenderam táticas de guerrilha e prepararam a tomada de Cabul.
Subiram ao poder depois de derrotar o presidente Burhanuddin Rabbani e seu chefe militar, Ahmad Shah Massoud, tendo a capital, Cabul, em 1996. Depois de ocupar a capital, assassinaram o ex-presidente comunista Mohammad Najibullah e seu irmão.


Talibãs em Herat em Julho de 2001
Depois de implementar um rigoroso regime islâmico e surpreender o mundo com algumas ações mais extremas, procederam a destruição dos Budas de Bamiyan (Patrimônio da Humanidade), que, depois de sobreviver quase intactos durante 1 500 anos, foram destruídos com dinamite e disparos de tanques. Em março de 2001, os dois maiores Budas foram demolidos em alguns meses de bombardeio pesado. O governo islâmico do Talibã criticou a UNESCO e as ONGs do exterior pela doação recursos para reparar essas estátuas quando haveriam muitos problemas urgentes no Afeganistão, [carece de fontes] e decretou que as estátuas eram ídolos e, portanto, contrárias ao Alcorão.
A mídia informou que o Talibã deu refúgio a Osama bin Laden. Após o ataque terrorista às Torres Gêmeas em Nova York, as forças dos Estados Unidos argumentaram que, como o Afeganistão teria decidido não entregar Bin Laden, o país seria atacado. Assim, derrubou-se o regime talibã e favoreceu-se, com o apoio de outros países, a instalação do governo liderado por Hamid Karzai.
A facilidade da derrubada do Talibã levou à tentação dos Estados Unidos de invadir o Iraque, um país designado como parte do chamado "Eixo do Mal", pelo presidente estadunidense George W. Bush. No entanto, após a invasão do Iraque e a posterior estagnação do sucesso internacional das forças de ocupação no Iraque, o Talebã recuperou a força, obteve um certo nível de controle político e aceitação na região de fronteira com o Paquistão e iniciou uma insurgência contra os Estados Unidos e contra o governo afegão constituído após as eleições gerais. Assim, passou a utilizar os mesmos métodos da resistência no Iraque, incluindo emboscadas e atentados suicidas contra as tropas ali estacionadas dos países europeus e dos Estados Unidos.
O Talibã tem se reagrupado desde 2004 e revivido como um movimento de insurgência forte, regido pelos Pashtuns locais e empreendendo uma guerra de guerrilha contra os governos do Afeganistão, do Paquistão e as tropas da OTAN, lideradas pela Força Internacional de Assistência para Segurança (ISAF).4 O movimento é composto principalmente por membros pertencentes a tribos da etnia pashtun, 5 juntamente com voluntários de países islâmicos próximos como uzbeques, tadjiques, chechenos, árabes, punjabis e outros. .6 7 8 Opera no Afeganistão e Paquistão, sobretudo em torno das regiões da Linha Durand. Os Estados Unidos afirmam que a sua sede é em Quetta (ou nas proximidades), no Paquistão e que o Paquistão e o Irã fornecem apoio ao grupo 9 10 11 12 , apesar de ambas as nações negarem isso. .13 14
O mulá Mohammed Omar, na clandestinidade, lidera o movimento. 15 Os comandantes originais de Omar foram "uma mistura de ex-comandantes de pequenas unidades militares e professores de madraça",16 enquanto que a sua linha de soldados é composta, principalmente, por refugiados afegãos que estudaram em escolas religiosas islâmicas no Paquistão. Os talibãs receberam um treinamento valioso, suprimentos e armas do governo paquistanês, em especial do Inter-Services Intelligence (ISI), 17 e muitos recrutas das madraças dos refugiados afegãos no Paquistão, principalmente aqueles estabelecidos pelo Jamiat Ulema-e-Islam (JUI).18

Cultura

Nas línguas faladas no Afeganistão (o persa moderno e o afegão), talibã significa "estudantes", palavra emprestada da língua árabe. Os talibãs pertencem ao movimento islâmico sunita Deobandi, que enfatiza a piedade, a austeridade e as obrigações familiares. Este movimento emergiu em áreas de etnia pashtun.

Vida sob o governo taliban

Algumas atividades que foram banidas do Afeganistão durante o regime Talibã:
  • leitura de alguns livros
  • portar câmeras sem licença
  • cinema, televisão, uso de videocassetes (considerados decadentes e promotores da pornografia ou de ideias não muçulmanas)
  • uso de internet
  • música
  • artes (pinturas, estátuas e esculturas de outras religiões)
  • as mulheres só podiam sair acompanhadas de um homem
  • empinar pipas (considerado perda de tempo, além de serem usadas em rituais hindus)
  • fotografar mulheres e exibir tais fotografias
  • plantio de ópio
  • rinha de cães
  • previsão do tempo
  • marinar

Lei islâmica

Ópio

Apesar de o regime talibã ter banido o cultivo de papoulas de ópio em fins de 1997, estima-se que o seu cultivo tenha crescido e que, em 2000, fosse responsável por 72% da produção mundial. A maior parte do ópio afegão é vendida na Europa. O cultivo de papoulas cresceu com a queda do regime talibã.

Mulheres

O regime talibã impedia as mulheres de trabalhar e tinha regras rígidas sobre a educação feminina. Em alguns casos, as mulheres eram impedidas de terem acesso a hospitais públicos para que não fossem tratadas por médicos ou enfermeiros homens. As mulheres não podiam sair de casa sem acompanhantes homens e saíam somente pela porta de trás do ônibus. As mulheres que eram viúvas ou que não possuíam filhos não eram consideradas pessoas pelo estado e muitas vezes enfrentavam a fome.

Outras religiões


Estátua de Buda em Bamyan, antes de sua destruição pelos talibãs
Em março de 2001, o Talibã ordenou a destruição de duas gigantescas estátuas de Buda em Bamiyan: uma, com 38 metros de altura e 1 800 anos de idade e outra, com 52 metros de altura e 1 500 anos de idade. O ato foi condenado pela UNESCO e por vários outros países do mundo, incluindo o Irã.
Em face de conflitos com anciões de religião hinduísta, que, frequentemente, eram confundidos com islâmicos que haviam desrespeitado a ordem de não rasparem as barbas, os talibãs decretaram, em maio de 2001, que os hindus e membros de outras religiões usassem um símbolo amarelo como identificação. Esta ordem foi, posteriormente, modificada em junho para obrigar os hindus a usarem uma carteira de identidade especial. O ato de empinar pipas, presente em alguns rituais hindus, foi banido por ser considerado perda de tempo.
As conversões de islâmicos a outras religiões foram banidas (o afegão era punido com a morte e o estrangeiro, expulso).

Relacionamento com Osama Bin Laden

Em 1996, o saudita Osama bin Laden mudou-se para o Afeganistão a convite da Aliança do Norte. Segundo o governo estadunidense, quando os talibãs chegaram ao poder, a organização Al Qaeda de Bin Laden aliou-se a eles.
Em resposta aos atentados de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos e seus aliados invadiram o Afeganistão à caça de Osama Bin Laden, que estaria refugiado no país, sob a proteção do regime talibã. A missão, contudo, não alcançou seu objetivo.
Apenas em 2011, dez anos após o ataque de 11 de setembro, Osama Bin Laden foi assassinado no Paquistão por soldados estadunidenses. A operação já estava sendo planejada desde setembro de 2010 pelo governo estadunidense: o presidente Barack Obama já havia se reunido cinco vezes com a cúpula do serviço de inteligência estadunidense para organizar a operação de resgate e captura do terrorista. Mas, apesar da morte de Bin Laden, a Al Qaeda não teria terminado.

Sem comentários:

Enviar um comentário