SANTO ANTÓNIO DE LISBOA - BREVE HISTÓRIA
Conheça um pouco da vida e obra deste Santo Português, venerado em inúmeros Países pela importância que teve.
Texto: Português
Era filho de Martim de Bulhões e de Teresa Teixeira (ou Taveira) descendente de Fruela, Rei das Astúrias, e teria nascido em Lisboa no ano de 1195, embora alguns apontem como data de nascimento 1190 ou 1191.
Frequentou a escola da Sé até aos 15 anos, vivendo com os pais e com uma irmã de nome Maria.
Entrou na religião em 1211, primeiro no convento de S.Vicente de Fora e depois em Santa Cruz de Coimbra.
Recebendo o nome de Fernando na pia baptismal, optou por ANTÓNIO quando entrou nas fileiras dos pregadores da fé.
Inspirado no suplício dos mártires de Marrocos, vestiu o burel dos Franciscanos em 1220 e rumou a África.
Uma vez aí, foi acometido por uma enfermidade que o fez regressar de novo à peninsula hispânica, mas um temporal arrojou-o à costa da Secília, aproveitando para se dirigir à Itália a tempo de assistir ao capitulo geral convocado por S.Francisco, fundador da sua ordem.
O bem-aventurado patriarca instou-o que pregasse e lesse teologia aos religiosos, o que António fez com grande aplauso, nomeadamente em França e Itália, até que morreu em Pádua.
Em Portugal reinava, na altura do seu falecimento, El-Rei D.Sancho II.
Os italianos chamam-lhe de forma inapropriada Santo António de Pádua, quando o que é facto, é ser Santo António legitimamente português. Foi canonizado Santo ainda se não completara um ano sobre a sua morte por Gregório IX, tamanha era a fama da sua virtude. Caso único na história da Igreja Católica, já que nem São Francisco de Assis teve tal privilégio.
Uma Oração de Santo António
Frequentou a escola da Sé até aos 15 anos, vivendo com os pais e com uma irmã de nome Maria.
Entrou na religião em 1211, primeiro no convento de S.Vicente de Fora e depois em Santa Cruz de Coimbra.
Recebendo o nome de Fernando na pia baptismal, optou por ANTÓNIO quando entrou nas fileiras dos pregadores da fé.
Inspirado no suplício dos mártires de Marrocos, vestiu o burel dos Franciscanos em 1220 e rumou a África.
Uma vez aí, foi acometido por uma enfermidade que o fez regressar de novo à peninsula hispânica, mas um temporal arrojou-o à costa da Secília, aproveitando para se dirigir à Itália a tempo de assistir ao capitulo geral convocado por S.Francisco, fundador da sua ordem.
O bem-aventurado patriarca instou-o que pregasse e lesse teologia aos religiosos, o que António fez com grande aplauso, nomeadamente em França e Itália, até que morreu em Pádua.
Em Portugal reinava, na altura do seu falecimento, El-Rei D.Sancho II.
Os italianos chamam-lhe de forma inapropriada Santo António de Pádua, quando o que é facto, é ser Santo António legitimamente português. Foi canonizado Santo ainda se não completara um ano sobre a sua morte por Gregório IX, tamanha era a fama da sua virtude. Caso único na história da Igreja Católica, já que nem São Francisco de Assis teve tal privilégio.
Igreja de Santo António, e em segundo plano a Sé de Lisboa |
Uma Oração de Santo António
(para recuperar coisas ou objectos perdidos)
Eu vos saúdo, glorioso Santo António,
fiel protector dos que em vós esperam.
Já que recebestes de Deus o poder especial
de fazer achar os objectos perdidos,
socorrei-me neste momento,
a fim de que, mediante vosso auxílio,
eu encontre o objecto que procuro...
Alcançai-me, sobretudo, uma fé viva,
uma esperança firme, uma caridade ardente
e uma docilidade sempre pronta aos desejos de Deus.
Que eu não me detenha apenas nas coisas deste mundo.
Saiba valorizá-las e utilizá-las
como algo que nos foi emprestado
e lute sobretudo por aquelas coisas
que ladrão nenhum pode nos arrebatar
e nem iremos perder jamais.
Assim seja.
..........................
sermão de Santo António aos peixes
|
A pregação aos peixes teve lugar na cidade de Rimini em 1223, cidade conhecida como berço das heresias, sobretudo dos cátaros, estes que tinham como filosofia negar a divindade de Jesus Cristo.
A presença de Santo Antonio incomodava-os, ao que estes respondiam com palavras ríspidas. Desconsideravam as suas pregações. Foi a partir destas situações que Frei Antonio dirigiu-se ao Rio Marechia que desemboca no Mar Adriático para orar, ter um momento de intimidade, de reflexão, de silêncio, de súplica a Deus e logo, saindo de seu interior, começou a falar aos peixes e cantou louvores a Deus.
Antes de falar da pregação dos peixes, ele faz uma distinção.
Os peixes tem duas boas qualidades de ouvintes: ouvem, mas não falam.
Até um pouco desconsolado, Antonio fez esta explanação dado que os peixes não são pessoas e, portanto, não são chamados à conversão. Por esta razão, ele diz: “não falarei hoje de céu nem do inferno, e assim será menos triste este sermão de como habitualmente falo às pessoas, para lembrar-lhes destes dois fins: o céu e o inferno.”
Vós haveis de saber, meus irmãos peixes, que o sal é filho do mar como vós e este tem duas propriedades: uma, conservar-lhes sadios, e a outra, é de preservá-los para não se estragarem.
Com isto, Santo Antonio louvou o bem e reprovou o mal.
É bom louvar o bem para conservá-lo, e repreender o mal para extinguí-lo. Onde há bons e maus há que louvar e repreender.
O Evangelho fala que a ordem de Jesus dada para os discípulos é que lancem as redes do outro lado do mar. Então, eles apanharam uma grande quantidade de peixes, tão grande que a rede quase se rompeu. Porém foi necessário fazer uma escolha dos peixes bons e os outros foram lançados novamente ao mar.
Apoiado nesta palavra do Evangelho, dividirei os peixes em dois grupos. Em 1º lugar, elogio as suas atitudes, e em 2º lugar, os repreendo por causa dos seus vícios, e desta forma satisfaremos às obrigações do sal, que melhor é tê-los vivos que experimentá-los depois de mortos.
Diz Santo Antonio: “Oh, peixes, quanta inveja vos tenho nessa natural irregularidade. Quanto melhor seria não tomar a Deus nas minhas mãos, a que tomá-lo indignamente. De tudo o que já disse, reconheço em vós, peixes, todas as vantagens: vossa rudeza é melhor que a minha razão; vosso instinto, melhor que a minha liberdade.
Eu vos falo assim, vós não ofendeis a Deus com palavras. Eu lembro-me, mas vós não ofendeis a Deus com a memória. Eu raciocino, mas vós não ofendeis a Deus com o entendimento. Eu quero, mas vós não ofendeis a Deus com a vontade.
Vós fostes criados por Deus para servir ao homem e conseguistes o fim para que fostes criados. A mim criou-me para servir a Ele e eu não consigo o fim para que me criou.
Vós não haveis de ver a Deus e podereis aparecer diante Dele muito confiadamente porque não Lhe ofendestes. Espero vê-lo, mas pergunto-me com que rosto hei de aparecer diante da Sua divina majestade.
Peixes, meus irmãos, muita obrigação tendes de, à vossa maneira, cantar louvores e render graças a Deus, nosso criador.
Deus preparou abrigos para vocês para fugirdes aos riscos das tempestades. Assim é o mesmo criador quem vos reparte o alimento necessário a vida.
No dilúvio, quando fora da Arca, não perecestes como pereceram os outros animais. Fostes guardados por Deus como nenhuma outra criatura.
Foi à vós que confiou o Senhor Deus que guardassem o Profeta Jonas e, depois de 3 dias o lançassem a terra vivo e salvo.
Foi Nosso Senhor Jesus Cristo que mandou Pedro pescar e na boca do peixe pegou a moeda para pagar o tributo.
Outras tantas vezes já ouviste o apelo do Senhor na multiplicação dos pães e dos peixes, sobretudo na pesca milagrosa.
Após a ressurreição foi um manjar de peixes que Cristo preparou para seus discípulos.
Bendito seja Deus para sempre que recebeu dos peixes todas as honras necessárias, espécie de cetáceos sem entendimento, enquanto os homens dotados de razão e inteligência ofendem ao Criador por suas infidelidades e heresias.
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