HISTÓRIA DO AZULEJO PORTUGUÊS
Texto: Português
A palavra azulejo vem do árabe azzelij, que significa pequena pedra polida usada para desenhar mosaico bizantino do Próximo oriente. É comum, no entanto, relacionar-se o termo com a palavra azul (termo persa لاژور lazkward, lápis-lázuli) dado grande parte da produção portuguesa de azulejo caracterizar-se pelo emprego maioritário desta cor, mas a real origem da palavra é árabe.
Azulejo português |
Nas igrejas, o azulejo reveste todas as superfícies, mesmo tectos e abóbadas, e observa-se um complemento estético entre a talha dourada do período barroco português e as molduras ondulantes do azulejo.
Azulejo Português – A Padeira de Aljubarrota |
Azulejo no Centro de Interpretação da Batalha Vimeiro – Salvador |
Em Lisboa, o Azulejo ultrapassou largamente a mera função utilitária ou o seu destino de Arte Ornamental e atingiu o estatuto transcendente de Arte, enquanto intervenção poética na criação das arquitecturas e das cidades.
Azulejo da Igreja São Francisco - Salvador |
No Brasil, alguns painéis em azulejo mostram que as marcas do colonialismo português ficaram por todos os lados. Na culinária, na moda, no idioma e nas paredes.
Nos principais núcleos urbanos, os belos azulejos portugueses ornamentam importantes edificações, como a Ordem Terceira de São Francisco de Salvador (Bahia) e a Igreja do Outeiro da Glória (Rio de Janeiro). Em Portugal, a arte da azulejaria é tão valorizada que ganhou um museu próprio: o Museu Nacional do Azulejo, instalado em 1980 no Convento da Madre de Deus, em Lisboa.
A sede do Colégio 2 de Julho, imponente casarão em Salvador, abriga uma relíquia artística única no país. Espalhados por vários cômodos, 21 painéis retratam, com riqueza de detalhes, o estilo neoclássico.
Em Campinas temos influência Portuguesa em alguns imóveis mais antigos, um exemplo de imóvel importante e tombado é o Palácio dos Azulejos, que tem suas origens no apogeu da economia cafeeira paulista. Trata-se de um patrimônio histórico e arquitetônico tombado tanto pelo Iphan, como pelo Condephaat e Condepacc, ou seja, nas instâncias nacional, estadual e local.
Na sua construção, em 1878, grande parte do material foi importada da Europa, como era o costume da época. O Palácio dos Azulejos foi usado como residência até 1908 e, daí até 1968, foi sede do governo municipal, passando depois a ser sede da Sanasa. Em 1996, seu uso foi transferido para a Secretaria de Cultura, e, desde então, abriga a sede do MIS (Museu da Imagem e do Som).
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