A RAINHA DE SABÁ - ALÉM DO MITO
(QUEEN OF SHEBA - BEHIND THE MYTH)
Uma história oculta sobre as areias da Arábia está a revelar-se aos poucos, desvendando um mito que faz parte e uma das mais belas e antigas lendas da Etiópia e da humanidade. A Biblia faz algumas referências a esta fantastica Rainha que governava um poderoso e riquíssimo império e da sua relação com o sábio Rei Salomão. Mas será que tudo não passa de uma lenda ?
Após uma primeira tentativa no Yemen cheia de perigos que quase acaba em fatalidade, uma segunda expedição é montada pela irmã do primeiro explorador e está pronta e desvelar toda a história escondida nas areias profundas.
Tesouros e templos antigos estão próximos de ser revelados. E se realmente existiu a Rainha de Sabá, ela irá revelar-se nesta expedição.
Conheça esta antiga lenda e acompanhe toda a expedição e suas descobertas.
Texto: Português
Áudio: Português
Fontes: Brasil escola - Wikipédia - YouTube
DOCUMENTÁRIO
RAINHA DE SABÁ - ALÉM DO MITO:
* LENDA E HISTÓRIA SOBRE ARAINHA DE SABÁ:
A rainha de Sabá ao lado de seu amado Salomão
Pouco se sabe sobre a belíssima rainha de Sabá, cuja história é repleta de mistério. A parte conhecida de sua história está relatada no Velho Testamento, datadas no século 6 d.C., e em um dos livros de Talmudu (coletânea das tradições orais judaicas).
No Alcorão (livro sagrado muçulmano)
encontramos referência à suposta cidade natal da rainha, Marid. Dentre
todos os relatos a respeito da rainha de Sabá, o mais conhecido é o da
Etiópia, o Kebra Nagast, do século 11 a.C. Segundo esse documento, ela
teria assumido o trono com apenas 15 anos de idade, após a morte do pai.
Em Sabá as mulheres e os homens possuíam
praticamente os mesmos direitos, por isso sua coroação foi muito
festejada pelos súditos. A única coisa que fazia a diferença entre
homens e mulheres em seus direitos era a determinação religiosa de a
rainha manter-se virgem. Como uma boa seguidora dos costumes de seu
povo, Bilqis como era chamada no Alcorão, aceitou conformada. Já que não
poderia jamais deliciar-se dos prazeres carnais, dedicou-se ao estudo
da filosofia e do misticismo. Seu reinado esbanjou luxo e riqueza, isso
graças à farta colheita, que era estimulada por avançadas técnicas de
irrigação, e à localização privilegiada que impulsionava o comércio.
Sabá era ponto de encontro de mercadores vindos de todos os lugares.
Vendia-se e comprava-se de tudo pelas pequenas ruas do reino, em
especial mercadorias oriundas do Oriente. Para se distrair a rainha
circulava em meio ao tumulto do comércio. Gostava de conversar com os
viajantes, foi em uma dessas conversas, que sobe da existência do rei
Salomão. Foi o chefe das caravanas reais, Tamrim, que lhe relatou a
história de tal rei.
Ele vendia incensos de Sabá para
diversos lugares do mundo e trazia muitos tecidos e jóias para a rainha.
Ao retornar de uma viagem à cidade de Jerusalém, ele contou que havia
feito negócios com um rei cujo nome era Salomão, muito rico e que tinha
fama de sábio e generoso. A soberana ficou muito intrigada com os dotes
intelectuais do rei de Jerusalém, então resolveu viajar para conhecer o
soberano pessoalmente. Anunciou que iria junto com Tamrim em sua próxima
viagem à Jerusalém, para isso saiu pelo reino em busca de presentes
para Salomão.
A comitiva tinha 800 animais, apesar da
curta distância a viagem durou seis meses. Chegando à Jerusalém, a
rainha se dirigiu ao palácio, trajando roupas caras, coberta de jóias e
seguida por servos trazendo os presentes para o anfitrião. Divertiu-se
testando a sagacidade de Salomão, muito culta e bem-humorada ela
disparou um arsenal de charadas com a intenção de desafiá-lo. O rei,
muito sábio, não deixou nenhuma pergunta sem resposta.
Por sua vez, Salomão pregou a ideologia e
os valores de sua religião, o Judaísmo, e conquistou mais uma adepta.
Como um grande sedutor, ele também cortejou a visitante. Mesmo tendo
feito o voto de castidade, a rainha de Sabá em sua primeira noite no
palácio não resistiu ao charme de Salomão e se entregou a ele.
Permaneceu meses na companhia de Salomão e retornou para casa grávida do
amado, o filho foi chamado de Menilek.
Após o retorno da rainha, os relatos
foram se tornando escassos. Nenhuma das histórias sobre a rainha de Sabá
é arqueologicamente comprovada. Dessa forma, a célebre e lendária
rainha tornou-se um grande enigma da história, não há comprovação de sua
verdadeira história e nem relatos de seu fim.
Rainha de Sabá
Conhecida entre os povos etíopes como Makeda (em ge'ez ማክዳ, transl. mākidā), esta rainha recebeu diferentes nomes ao longo dos tempos. Para o rei Salomão de Israel ela era a "rainha de Sabá". Na tradição islâmica ela era Balkis ou Bilkis. Flávio Josefo, historiador romano de origem judaica, a chamou de Nicaula. Acredita-se que tenha vivido no século X a.C..
Na Torá, uma tradição que narra a história das nações foi preservada em Beresh't 10 (Gênesis 10). Em Beresh't 10:7 existe uma referência a Sabá (Shva), filho de Raamá, filho de Cuxe, filho de Cam, filho de Noé. Em Beresh't 10:26-29 há uma referência a Sabá - listada ao lado de Almodá, Selefe, Hazarmavé, Jerá, Hadorão, Usal, Dicla, Obal, Abimael, Ofir, Havilá e Jobabe, como os descendentes de Joctã, filho de Héber, filho de Salá, filho de Arfaxade, descendente de Sem, um dos filhos de Noé. A questão sobre se a rainha de Sabá representaria uma ancestral dos hamitas ou dos semitas suscita debates passionais até hoje.
Em 8 de maio de 2008, a Universidade de Hamburgo anunciou oficialmente que arqueólogos alemães, depois de uma pesquisa comandada pelo professor Helmut Ziegert, descobriram os restos do palácio da Rainha de Sabá, datados do século X a.C., em Axum (Aksum), uma cidade sagrada da Etiópia, sob um antigo palácio real.
A rainha de Sabá no judaísmo e no Velho Testamento
De acordo com a Torá e o Velho Testamento, a rainha da terra de Sabá (cujo nome não é mencionado) teria ouvido sobre a grande sabedoria do rei Salomão de Israel, e viajado até ele com presentes de especiarias, ouro, pedras preciosas, e belas madeiras, pretendendo testá-lo com suas perguntas, como está registrado no Primeiro Livro de Reis (10:1-13) (relato copiado posteriormente no Segundo Livro de Crônicas, 9:1-12).O relato prossegue apontando a rainha como maravilhada pela grande sabedoria e riqueza do rei Salomão. Salomão respondeu, por sua vez, com presentes e "tudo o que ela desejou", após o qual a rainha retornou ao seu país. Aparentemente, a rainha de Sabá seria muito rica, já que ela teria trazido 4 toneladas e meia consigo para presentear ao rei Salomão (I Reis, 10:10).
Nas passagens bíblicas que se referem explicitamente à rainha de Sabá não há sinal de amor ou atração sexual entre ela e o rei Salomão. Os dois são descritos apenas como dois monarcas envolvidos em assuntos de estado.
Outro texto bíblico, o Cântico dos Cânticos, contém algumas referências que, por diversas vezes, foram interpretados como se referindo ao amor entre Salomão e a rainha de Sabá. A jovem mulher do Cântico dos Cânticos, no entanto, nega continuamente as insinuações românticas de seu pretendente, que muitos estudiosos identificaram com o rei Salomão. De qualquer maneira, não há nada que identifique esta personagem deste texto com a rainha estrangeira, rica e poderosa, descrita do Livro dos Reis. A mulher do texto da canção claramente indica umas certas "filhas de Jerusalém" como suas iguais.
A tradição etíope posterior afirma com segurança que o rei Salomão realmente seduziu e engravidou sua convidada, e possui um relato detalhado de como ele o fez (ver a seção posterior relevante), um assunto de importância considerável para o povo etíope, já que a linhagem de seus imperadores remontaria àquela união.
A rainha de Sabá no islamismo
O Alcorão, texto religioso central do islã, nunca menciona a rainha de Sabá por seu nome, embora as fontes árabes a chamem de Balqis ou Bilqis. O relato corânico é similar àquele da Bíblia; a narrativa conta como Salomão recebeu relatos de um reino governado por uma rainha cujo povo venerava o Sol. Ele enviou uma carta, convidando-a a visitá-lo e discutir sobre a sua divindade, relatada como sendo Alá, o Senhor dos Mundos (Alamin) no texto islâmico. Ela aceitou o convite e preparou enigmas para testar sua sabedoria e seu conhecimento. Então, um dos ministros de Salomão (que tinha conhecimento do "Livro") propôs trazê-lo o trono de Sabá "num piscar de olhos". Diante do feito, a rainha chegou à sua corte, mostrou-lhe seu trono, entrou no seu palácio de cristal e começou a fazer as perguntas. Impressionada por sua sabedoria, ela louvou sua divindade e, eventualmente, aceitou o monoteísmo abraâmico.Visão no islamismo atual
Alguns acadêmicos árabes modernos têm identificado a rainha de Sabá como uma soberana de uma colônia ou entreposto comercial no noroeste da Arábia, estabelecido por reinos da Arábia Meridional.[carece de fontes] As descobertas arqueológicas mais recentes confirmam o fato de que tais colônias realmente existiram, com achados como artefatos e inscrições no alfabeto arábico meridional, embora nada especificamente relacionado a Balkis ou Bilkis, a rainha de Sabá, tenha sido descoberto até agora.A rainha de Sabá na cultura etíope
A familia imperial da Etiópia aponta sua origem a partir de um descendente da rainha de Sabá com o rei Salomão3 A rainha de Sabá (em ge'ez ንግሥተ ሣብአ, transl. nigiśta Śab'a), é chamada de Makeda (ge'ez: ማክዳ) no relato etíope (que pode ser traduzido literalmente como "travesseiro").A etimologia de seu nome é incerta, existindo duas correntes principais de pensamento divergindo sobre sua fonte etíope. Uma delas, que inclui o acadêmico britânico Edward Ullendorff, mantém que o nome seria uma corruptela de Candace, uma rainha etíope mencionada no Novo Testamento (Atos dos Apóstolos); a outra corrente liga o nome à Macedônia, e relaciona esta história com as lendas etíopes posteriores sobre Alexandre, o Grande e o período do século IV a.C.. Muitos acadêmicos, no entanto, como o italiano Carlo Conti Rossini, não se convenceram por nenhuma destas teorias, e declararam o assunto como ainda não-resolvido.
Uma antiga compilação de lendas etíopes, o Kebra Negast ("Glória dos Reis"), foi datada como tendo sido escrito há 700 anos, e relata a história de Makeda e seus descendentes. Neste relato o rei Salomão teria seduzido a rainha de Sabá e tido com ela um filho, Menelik I, que se tornaria o primeiro imperador da Etiópia.
A narrativa contida no Kebra Negast - que não encontra paralelo na história bíblica - é de que o rei Salomão teria convidado a rainha de Sabá a um banquete, servindo comida condimentada a induzi-la a ter sede, e convidando-a para passar a noite em seu palácio. A rainha pediu-lhe então que jurasse não a tomar à força. Ele aceitou com a condição de que ela, por sua vez, não levasse nada de seu palácio à força. A rainha assegurou que não o faria, ofendida pela insinuação de que ela, uma monarca rica e poderosa, precisaria roubar qualquer coisa. No entanto, quando ela acordou no meio da noite, sedenta, pegou uma jarra de água que havia sido colocada ao lado de sua cama. O rei Salomão então apareceu, avisando-a de que estava a descumprir sua promessa, ainda mais pelo fato de que a água, segundo ele, seria a mais valiosa de todas as suas posses materiais. Assim, enquanto ela saciou sua sede, ela libertou o rei de sua promessa, e passaram a noite juntos.
A tradição de que a rainha de Sabá bíblica teria sido uma soberana da Etiópia que visitou o rei Salomão em Jerusalém, no antigo Reino de Israel, é referendada pelo historiador romano de origem judaica Flávio Josefo, que identificou a visitante de Salomão como sendo "Rainha do Egito e da Etiópia".
Enquanto não existem tradições conhecidas de matriarcado no Iêmen durante o início do primeiro milênio a.C., as primeiras inscrições dos governantes de D'mt, no norte da Etiópia e da Eritreia, mencionam rainhas de status elevado, possivelmente até igual ao de seus reis.
Para a monarquia etíope, a linhagem salomônica e sabaítica tem considerável importância política e cultural. A Etiópia foi convertida ao cristianismo pelos coptas do Egito, e a Igreja Copta lutou por séculos para manter os etíopes numa condição de dependência e subserviência fortemente ressentida pelos imperadores etíopes.
A rainha de Sabá no cristianismo
Além de sua menção no Velho Testamento, a rainha de Sabá é mencionada, como Rainha do Sul, no Novo Testamento, quando Jesus Cristo indica que ela e os ninivitas julgarão a geração dos contemporâneos de Jesus que o rejeitaram.As interpretações cristãs das escrituras enfatizam, tipicamente, tanto os valores históricos quanto os valores metafóricos da história. O relato da rainha de Sabá é interpretado como uma metáfora e uma analogia cristã: a visita da rainha a Salomão foi comparada ao casamento metafórico da Igreja com Cristo, onde Salomão seria o "ungido" (Cristo), ou messias, e Sabá representaria uma população de gentios que se submeteu ao messias; a castidade da rainha de Sabá foi descrita como um presságio da Virgem Maria; e os três presentes que ela teria levado a Israel (ouro, especiarias e pedras) foram vistos como análogos aos presentes dos Três Reis Magos (ouro, incenso e mirra). Esta última analogia, em particular, é enfatizada como sendo consistente com uma passagem do Livro de Isaías (60:6): "todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor."
Visão medieval
Entre as obras de arte realizadas na Idade Média que retratam a visita da rainha de Sabá estão o "Portal da Mãe de Deus", na Catedral de Amiens, do século XIII, incluída como analogia em parte de um painel maior que retrata os presentes dos Reis Magos.. As catedrais de Estrasburgo, Chartres, Rochester e Cantuária, do século XII, contêm interpretações artísticas da rainha em vitrais e bas decorações das jambas.Visão renascentista
Giovanni Boccaccio, em sua obra Sobre as mulheres famosas (De mulieribus claris, em latim), segue o exemplo de Josefo ao chamar a rainha de Sabá de Nicaula. Boccaccio ainda afirma que ela não só era rainha da Etiópia e do Egito, como também da Arábia, e que relatos afirmavam que ela tinha um palácio luxuoso numa "ilha muito grande" chamada Meroé, localizada em algum lugar próximo ao rio Nilo, "praticamente no outro lado do mundo." De lá, Nicaula cruzou os desertos da Arábia, através da Etiópia e do Egito, pela costa do mar Vermelho, até chegar a Jerusalém, onde se encontrou com "o grande rei Salomão".O livro Cidade das Damas, de Cristina de Pisano também chama a rainha de Sabá de Nicaula. Os afrescos de Piero della Francesca em Arezzo (1466) sobre a Lenda da Vera Cruz contêm dois painéis sobre a visita da rainha de Sabá a Salomão. A lenda ilustrada liga as vigas do palácio do rei Salomão à madeira utilizada na crucifixão. A sequência desta visão metafórica, do Renascimento, sobre a rainha de Sabá como uma analogia aos presentes dos Reis Magos, também está claramente evidente no Tríptico da Adoração dos Magos (1510), de Hieronymus Bosch. Bosch optou por retratar a rainha de Sabá e o rei Salomão no colar vestido por um dos magos.
O Doutor Fausto, de Christopher Marlowe, se refere à rainha como Sabá, quando Mefistófeles está tentando persuadir Fausto da sabedoria das mulheres com quem ele supostamente será presenteado todas as manhãs.
Descobertas arqueológicas recentes
Descobertas arqueológicas recentes feitas no Mahram Bilqis ("Templo de Bilkis"), em Ma'rib, no Iêmen, apoiam a tese de que a rainha de Sabá teria governado a Arábia Meridional, com evidências de que a área seria a capital do reino de Sabá.Uma equipe de pesquisadores financiados pela American Foundation for the Study of Man (AFSM, "Fundação Americana para o Estudo do Homem") e liderada pelo professor de arqueologia da Universidade de Calgary, Bill Glanzman, vem trabalhando para decifrar os segredos de um templo de 3000 anos de idade encontrado no deserto.
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