Ocultismo
SECRETS OF THE OCCULT: THE SCIENTISTS - SEGREDOS DO OCULTISMO: OS CIENTISTAS Pode a mente humana afetar o universo, controlar o ambiente ou mesmo o tempo? Os cientistas continuaram onde os praticantes do ocultismo pararam e buscaram resolver mistérios que os magos há muito tempo tentavam entender. Dezessete de março de 1863, John Pellan conduz sua tropa para a batalha de Pallesford na Virgínia. Pellan é lembrado por sua coragem mas essa foi a sua última batalha. Mais de um século depois em Illinois, Margaret Berret sente uma dor terrível na cabeça. Teriam essa enfermeira do meio oeste e um major da guerra civil alguma conexão? Margaret acredita que foi o major numa vida passada. Embora a maioria duvide, homens como Isaac Newton, Galileu e Carl Yung são responsáveis por alguns dos maiores avanços da ciência que um dia foram considerados misticismo. Como saber se coisas que vemos hoje como sobrenaturais e inconcebíveis não se mostrarão como ciência completamente legítima daqui há 50 anos?
Áudio: Português - Brasil Fonte: Discovery Channel
Gnosticismo & Paganismo
OS 1O GRIMÓRIOS PROIBIDOS PELO VATICANO
É bem verdade que a palavra dita de forma correcta, com forte intenção e sentimento, pode ter um grande poder. Hoje revelo-lhe a forma em que a palavra escrita para ser proferida assume o maior poder. Trata-se dos livros míticos chamados Grimórios. Os verdadeiros são difíceis de encontrar, pois os que não foram queimados pela Igreja, encontram-se fechados na Biblioteca do Vaticano, tal é o seu poder e perigo. Mas o que é um Grimório ? A seguir tem aqui revelado o que são estes livros mágicos, mas reais.
"Un grimorio es un libro de magia que suele incluir instrucciones sobre cómo crear objetos mágicos como talismanes y amuletos, cómo realizar hechizos mágicos, encantamientos, adivinación y también la forma de convocar o invocar entidades sobrenaturales como los ángeles, espíritus y demonios. Los grimorios que te presentare a continuación, son completamente reales y algunos ejemplares se encuentran en la biblioteca secreta del vaticano y otros en colecciones personales. Si alguna vez te encuentras con alguno de estos ejemplares, te recomiendo encarecidamente jamás llevar a cabo ningún ritual que se encuentre dentro de estos textos, ni siquiera por curiosidad lo intentes."
Áudio: Castelhano Texto:Português e Castelhano Fontes: YouTube - Cursos de Magia
O Grande Grimório é considerado um dos livros mais autênticos no que se refere aos pactos e à forma de evocar espíritos e obrigá-los a realizar os desejos do evocador. É difícil afirmar a data de sua redação por não se haver encontrado nenhum manuscrito anterior à data de sua primeira impressão no século XVIII. Algumas fontes afirmam ser posterior ao Grimorium Verum, mas para outros é contemporâneo ou inclusive obra do mesmo autor do Lemegeton ou Chave Menor de Salomão, obra datada com certa segurança no ano de 1500. O Grande Grimório é atribuído oficialmente à Antonio del Rabino, um mago veneziano que afirmava haver redigido a obra baseando-se em textos assinados pelo próprio Rei Salomão (Filho de David e profeta do Antigo Testamento). No Grande Grimório especifica-se com detalhes como evocar e pactuar com Lucifugo Rofocal. Consciente dos riscos que encerraria tal pacto, Antônio del Rabino, ou quem quer que tenha sido seu autor, incluiu no Grande Grimório uma série de cláusulas cheias de duplos sentidos, que permitem burlar o diabo quando este se apresente para reclamar sua parte no pacto.Leia um trecho deste Grimório...
O Grimorium Imperium é um livro raríssimo escrito por Abdul al-Hazred (o mesmo autor de O Necronomicon). Ensina as práticas de conjurar espíritos mais ferozes e poderosos que aqueles conjurados pelo Rei Salomão - Os Espíritos Antigos. Estes espíritos somente podem ser evocados quando os astros estiverem favoráveis para eles. No Grimórium Imperium - Abdul al-Hazred descreve minuciosamente como devem ser feitas estas operações. Além destes espíritos há também os espíritos mensageiros destes que podem ser conjurados em determinadas horas. Estes espíritos são chamados as faces de Nyarlathotep e são mais maleáveis de se conjurar e também possuem muitos poderes.
A versão deste livro que traduzimos é explicada pelo grande astrólogo, conselheiro da Rainha Elizabeth I e mago canalizador da Magia Enochiana e decifrador do Idioma de mesmo nome - John Dee. Veja abaixo os comentários de John Dee sobre este Grimório: Leia um trecho deste Grimório...
Não se tem a data exata do nascimento do Papa Leão III, mas ele foi eleito Papa no dia 26 de Dezembro de 795 e seu pontifício durou até 816 por ocasião de sua morte.
Era Romano, foi eleito á pressas provavelmente para evitar a interferência dos Francos na escolha do papa sucessor. No entanto, Leão III visionário e muito inteligente, a primeira atitude que tomou como Papa foi enviar uma Carta ao rei dos Francos, Carlos Magno - que era um Guerreiro Promissor - contendo as chaves da confissão de São Pedro e a Bandeira da Cidade. Lisonjeado, Carlos Magno lhe enviou cartas de Felicitações e uma considerável parte do Tesouro que havia tomado dos Ávaros. A aquisição desta primeira riqueza foi uma das causas que permitiram a Leão ser um grande benfeitor das igrejas e instituições de caridade de Roma.
O Papa despertou a hostilidade dos nobres, a inveja e a ambição de outros, em 25 de abril de 799 durante uma procissão o Papa foi atacado por um grupo de homens armados que tentaram arrancar-lhe os olhos e a língua. Deixaram-no semi-morto sangrando no chão. À noite foi levado às escondidas para o Monastério de São Erasmo, onde se curou como que milagrosamente recuperando em pouquíssimo tempo totalmente a visão e as funções da língua.
O Papa curado, ao invés de voltar à Roma fugiu para a corte de Carlos Magno, onde foi recebido com honras apesar de todas as maliciosas acusações que o Rei havia escutado contra sua pessoa.
No ano seguinte, Carlos Magno foi a Roma para o julgamento do Papa, o qual foi colocado cara-a-cara com seus acusadores que nada conseguiram provar. Os bispos reunidos declararam que não tinham direito de julgar o papa; mas Leão, por sua própria vontade, com o objetivo, como disse, de dissipar qualquer suspeita na mente daqueles homens, declarou, baixo juramento que era totalmente inocente das acusações que haviam apresentado contra ele. A petição sua, a pena de morte emitida contra seus principais inimigos foi revogada e substituída por uma sentença de exílio.
O Papa - que não era nada bobo e sim um grande Mago - vendo que ainda não havia conquistado a confiança plena do Rei, e que necessitava de um forte aliado para executar seu planos e ser seu fiel protetor, já que possuía muitos inimigos. Alguns dias depois, na noite de Natal, após a leitura do evangelho aproximou-se de Carlos Magno e colocou-lhe sobre a cabeça uma coroa.
Por este ato ressurgiu o Império do Ocidente, e pelo menos em teoria, a igreja declarou que o mundo estava sujeito a um só poder temporal, como Cristo o havia feito sujeito a somente um poder espiritual. Entendeu-se que a primeira obrigação do novo imperador era ser o protetor da igreja romana e do Cristianismo contra os pagãos.
Á partir daí o Papa passou a tomar todas as decisões políticas junto ao novo Imperador - o qual tratava de ajudar para que aumentasse o seu poder na terra. Carlos Magno retribuía sempre com grandes tesouros.
Foi para Carlos Magno que o Papa leão III organizou este Grimório, para garantir o seu poder temporal na Terra sob todos os homens, todas as mulheres e todas as riquezas! Este poder deveria estar nas mãos de seu protegido, pois ele como Papa deveria manter as aparências. no entanto, enquanto o Carlos Magno dominava à tudo e à todos, não passava de uma marionete nas mãos Papa!
Religião & Espiritualidade
OS MISTÉRIOS DO VUDU
Um excelente documentário que nos leva e revela os mais emblemáticos lugares do mundo, a história e os mistérios, desta religião ligada à natureza e oriunda das tribos escravas. As suas divindades tanto podem fazer o bem como o mal, pois um não existe sem o outro, e é frequente que possuam os corpos dos seus practicantes, durante os rituais que iniciam sempre com sacrifícios de sangue e ao som dos tambores.
Bem-vindo à revelação dos complexos mistérios do Vudu.
En este documental nos adentramos en el misterioso mundo de la religión
vudú. Conoceremos su origen, creencias, dioses, ritos y secretos mejor
guardados; "Los Misterios del Vudú"
00:07
Millones de personas fueron capturadas en Africa y vendidas en América.
A finales del siglo XVIII, sólo en Haití, había una población de
2.900.000 esclavos africanos. A partir de 1697 Haití pasa a ser una
posesión francesa se convertirá en uno de los lugares con más esclavos
del mundo.
03:40
Boukman, el líder de los esclavos que se habían fugado, organizó una
gran ceremonia secreta en Bois Caiman. Aquella noche del 14 de agosto de
1891, se sacrifico un cerdo negro y todos bebieron su sangre. La
revolución de los esclavos había comenzado. En pocos días murieron más
de mil blancos. Los aterrorizados colonos dieron pie a la leyenda de que
los negros pactaron con el diablo la noche de Bois Caiman.
El
vudú es una religión íntimamente ligada a la naturaleza, muchas de sus
deidades moran en ríos, valles y montañas. Hay muchos escenarios
naturales que son verdaderos santuarios. Los devotos se retiran a estos
lugares para meditar y encontrarse con sus loas, o espíritus familiares,
y con las principales fuerzas del universo. Observatorios espirituales
que facilitan la comunicación con el más allá.
90:27 La playa de
Limonat es un destino de peregrinaje. Hasta aquí llegan practicantes
desde los lugares más alejados del país, para realizar ceremonias de
Guiné y suplicar el favor de Erzuli, la madre tierra, la diosa del amor,
que se identifica en el sincretismo con la Virgen María. Las familias
se van turnando para realizar sus ceremonias. Ofrecen comida y ron
principalmente y esperan que Erzuli se presente, que posea el cuerpo de
alguien.
14:49.
Por todo el país podemos encontrar lakús, pequeñas poblaciones que se
han creado en torno a un templo. Cada lakú está regido por un Houngán o
sacerdote vudú, que se llama Mambo.
18:50
En los cementerios, entre los muertos, se realizan gran número de
ceremonias. La gente no tiene miedo en estos lugares: es normal, y un
gran honor, que alguien duerma sobre la tumba de su padre. En todos los
cementerios está la tumba del Barón Sammedí, el rey de los muertos,
aunque en algunos sólo sepan identificarla los del propio pueblo, para
evitar que los forasteros trabajen allí. Normalmente se reconoce por su
gran cruz y corresponde a la primera sepultura que se realiza.
19:25 Asistiremos a una expedición que realiza un Houngán de Artibonito, la región de Haití donde la magia es más fuerte. Se
prepara un fuego con palos de pino y papeles escritos con el nombre de
alguien para hacer un amarre, amarrar a una persona para que no deje a
otra. También utilizan polvos especiales fabricados por el Houngán. En
vudú estos polvos son muy importantes. Cada Houngán tiene sus propios
preparados, que pueden ir desde los polvos curativos, hasta el polvo
zombi. Esta ceremonia se realiza para que el Barón imparta justicia en
algún conflicto y ejecute su sentencia sobre el culpable. Las muñequitas
rojas y negras representan a los protagonistas, hombres y mujeres, del
litigio que se expone. Este poderoso Houngán, cuando es poseído, tiene
el poder de comer cristal. El Barón Sammedí reina sobre todos los guede,
los espíritus de los muertos. Cuando monta a alguien se muestra
bromista y emplea palabras obscenas. Es el lúa de la sexualidad y se
enamora de las mujeres; baila imitando el coito y siempre fuma mucho.
39:34
Asistimos al rito de iniciación en magia negra cubana, el Palo Monte,
por miembros de la sociedad secreta Awuaka. La diferencia fundamental
entre la santería y el Palo, es que aquí se trabaja con los muertos en
lugar de con santos. Terminada la iniciación, tras más de cinco horas,
tienen que dar de comer a las prendas mayombe. Para ello sacrifican una
cabra y dos gallinas. Su sangre colmará el apetito de los muertos que
ayudarán al iniciado a recorrer el camino del Palo Monte.
46:20
La Umbanda se basa en el culto a los Egún, entes de mucha luz
espiritual, fuerza y sabiduría.Su objetivo es atraer a estos espíritus
beneficiosos para la práctica del bien. Aquí los tambores y el ritmo
juegan un papel primordial. Cada espíritu tiene su propio toque y su
propia cadencia. Sus altares están dedicados a las mismas deidades que
en vudú y en santería: Exú, Oggun, el guerrero; Lemanyá, la sirena;
Obatalá, el creador, Xangó, y el resto del panteón africano.
Documentário AS PROFECIAS NAZI Um excelente documentário do programa "Decoding The Past" com o título "Nazi Prophecies" para o canal História. Desde a Bíblia a vários persongens da história, como Nostradamus ou Stormberger, o Homem foi avisado, através de inúmeras profecias, do terrível e imenso poder que iria levantar e surgir. A alguns foi revelado aquele que viria como sendo um Patriota salvador da Nação Germánica, a outros como sendo o segundo Anti-Cristo ou ainda como um Messias. De ambas as formas, aqui estão as várias profecias que foram reveladas acerca do poder Nazi e de Hitler, centenas de anos antes de se tornarem realidade. Algumas são impressionantemente exactas. Pode ainda ler aqui, informação sobre as profecias Bíblicas relacionadas com o Nazismo, assim como as de Nostradamus. Penso que é claro que "alguém" ou algo tentou avisar o Homem do que estava para vir. Mas seria Deus ou o Diabo ? Ou seriam os dois de diversas formas...???
Áudio: Castelhano Fonte: Canal História - YouTube - Sobre Leyendas
DOCUMENTÁRIO "DECODING THE PAST: NAZI PROPHECIES":
Ocultismo
OS MUNDOS DE JOHN DEE - ENTRE A CIÊNCIA E A MAGIA
A história deste Britânico, conselheiro da Raínha Elisabeth I, que foi um dos homens mais cultos do seu tempo. Entre os seus conhecimentos, estavam a Matemática, Astrologia, Astronomia e Geografia, mas também era versado nos dons e artes da Alquimia, Adivinhação e da Filosofia Hermética.
Texto: Português
Dee perscrutou os mundos da ciência e da magia. Um dos homens mais instruídos de seu tempo, já lecionava na Universidade de Paris antes de completar trinta anos. Era um divulgador entusiasmado da matemática, um astrônomo respeitado e um perito em navegação, treinando muitos daqueles que conduziriam as viagens exploratórias da Inglaterra. Ao mesmo tempo, estava profundamente imerso na filosofia hermética e na chamada magia angélica
e devotou a última terça parte de sua vida quase que exclusivamente a
este tipo de estudo. Para Dee e para muitos de seus contemporâneos,
estas atividades não eram contraditórias, mas aspectos de uma visão
consistente do mundo.
Biografia
Juventude
Dee nasceu em Tower Ward, Londres em uma família galesa (seu sobrenome deriva do termo galês du que quer dizer negro). Seu pai era um mercador e um membro menor da Corte. Dee estudou na então Escola Chelmsford Chantry - de 1542 a 1546 - St. John's College, em Cambridge.Suas grandes habilidades foram logo reconhecidas, e foi aceito entre os membros-fundadores do Trinity College de Cambridge.No fim da década de 1540 e no começo da de 1550, ele viajou pela Europa, estudando em Louvain e em Bruxelas e lecionando em Paris no Euclid. Estudou com Gemma Frisius e tornou-se amigo próximo do cartógrafo Gerardus Mercator.Retornou a Inglaterra com uma coleção importante de instrumentos matemáticos e astronômicos.
Foi oferecida a Dee uma classe de matemática em Oxford em 1554, mas ele declinou porque estava insatisfeito com a ênfase que as universidades inglesas davam a retórica e a gramática (que ,junto com a lógica, formavam a trívia acadêmica) pondo-as acima da filosofia e ciência (a mais avançada quadrívia), compreendendo a aritmética, a geometria, a música, e a astronomia.
Em 1555, foi preso e julgado por "cálculo" por ter traçado horóscopos da rainha Mary e da então princesa Elizabeth. A essa acusação foi acrescentada depois a de traição contra a rainha. Dee compareceu à Star Chamber e fez sua própria defesa com sucesso, mas antes de ser libertado foi intimado pelo bispocatólico reacionário Edmund Bonner
para o exame religioso. Outra vez foi inocentado, inclusive se tornando
um amigo próximo de Bonner. Este episódio foi apenas o mais dramático
da série de ataques e difamações que perseguiriam Dee durante toda sua
vida. Seu desdém pela discrição pode ter tornado as coisas ainda piores.
Dee apresentou à rainha Mary um plano visionário para a preservação
de livros antigos, manuscritos e registros que envolvia a fundação de
uma biblioteca nacional, em 1556. Sua proposta foi desconsiderada, no entanto construiu sua biblioteca particular em sua casa em Mortlake,
adquirindo incansavelmente livros e manuscritos na Inglaterra e no
continente. A biblioteca de Dee transformou-se na maior da Inglaterra,
atraindo escolares e transformando-se num centro de aprendizagem fora
das universidades.
Elizabeth assumiu o trono em 1558,
e Dee tornou-se seu conselheiro para questões astrológicas e
científicas, inclusive foi ele a escolher o dia da cerimônia de
coroação. Da década de 1550 à de 1570,
serviu como um conselheiro às viagens de descoberta da Inglaterra,
fornecendo auxílio técnico na navegação e o no apoio ideológico à
criação de um Império Britânico (Dee foi o primeiro a usar o termo). Em 1577, publicou os Memórias Gerais e Raras no que Concerne a Perfeita Arte da Navegação, um trabalho que disseminou sua visão para um império marítimo e reafirmava as reivindicações territoriais inglesas no Novo Mundo. Dee era amigo próximo de Humphrey Gilbert e de Sir Philip Sidney e seu círculo.
Em 1564, Dee escreveu o tratado hermético Monas Hieroglyphica ("a mônada hieroglífica"), uma interpretação cabalística exaustiva de um glifo
criado por ele mesmo, numa tentativa de expressar a unidade mística de
toda a criação. Este trabalho foi altamente valorizado por muitos dos
contemporâneos de Dee, mas a perda da tradição oral secreta de Dee
tornou o trabalho difícil de se interpretar nos dias atuais.
Ele também publicou um "prefácio matemático" para a tradução inglesa de Elementos de Euclides,
em 1570. Nele, Dee argumentava sobre a importância central da
matemática e salientou a maneira com que a matemática influenciava as
outras ciências e artes.
Este prefácio foi apresentado para uma audiência fora das
universidades, e provou ser o trabalho mais influente de Dee, sendo
reimpresso frequentemente.
Vida Posterior
No começo da década de 1580,
crescia a insatisfação de Dee com seu pouco progresso em aprender os
segredos da natureza e com sua própria falta da influência e do
reconhecimento. Começou a se voltar para o sobrenatural como meio de adquirir conhecimento. Especificamente, tentou contactar anjos através do uso de um "scryer" ou bola de cristal, que agisse como um intermediário entre Dee e os anjos.
As primeiras tentativas de Dee não foram satisfatórias, mas em 1582 encontrou-se com Edward Kelley,
que o impressionou extremamente com suas habilidades. Dee pôs Kelley a
seu serviço e começou a devotar todas as suas energias a suas
perseguições sobrenaturais. Estas "conferências espirituais" ou as
"ações" eram conduzidas sempre após períodos de purificação, de preces e
de jejum. Dee foi convencido dos benefícios que eles poderiam trazer à
humanidade. (o caráter de Kelley é mais difícil de avaliar: alguns
concluíram que agiu com completo cinismo, mas a desilusão ou a decepção
consigo mesmo não estão fora de questão). Dee dizia que os anjos lhe
ditaram muitos livros desta maneira, alguns em uma espécie de língua
angélica ou enochiana.
Em 1583, Dee conheceu o nobre polonês Albert Laski, que convidou-o para lhe acompanhar em seu retorno a Polônia.
Através de alguns sinais dos anjos, Dee foi persuadido a ir. Dee,
Kelley e suas famílias foram para o continente em setembro 1583, mas
descobriram que Laski estava falido e aquém dos favores da côrte de seu
próprio país. Dee e Kelley começaram uma vida nômade na Europa central,
mas continuaram suas conferências espirituais, que Dee registrou
meticulosamente. Tiveram audiências com o imperador Rodolfo II e com o rei Stefan I de Polônia e tentaram convencê-los da importância de suas comunicações angélicas. Foram ignorados por ambos os monarcas.
Durante uma conferência espiritual na Boêmia (que corresponde atualmente a parte da República Tcheca) em 1587,
Kelley disse a Dee que o anjo Uriel ordenou que os dois homens
compartilhassem suas esposas. Kelley, que nessa época estava se tornando
um alquimista
proeminente e era muito mais procurado que Dee, pode ter desejado usar
isto como uma maneira de acabar com as conferências espirituais. A ordem
provocou em Dee uma profunda angústia, mas ele não duvidou de sua
autenticidade e aparentemente deixou que ela fosse em frente, mas pouco
depois abandonou as conferências e não voltou a ver Kelley. Dee retornou
a Inglaterra em 1589.
Vida pessoal
Foi casado três vezes e teve oito filhos. Seu filho mais velho era
Arthur Dee, que foi também um alquimista e um autor hermético. John Aubrey
dá a seguinte descrição de Dee: "era alto e delgado. Vestia uma túnica
como a túnica de um artista, com as mangas suspensas, e uma fenda....
Suas veias eram muito visíveis… uma longa barba tão branca quanto o
leite. Um homem muito bonito."
Anos finais
Dee retornou a Mortlake após seis anos e encontrou sua biblioteca
arruinada e muitos de seus livros e instrumentos preciosos roubados.
Procurou o apoio de Elizabeth, que fez dele o diretor do Christ's College em Manchester em 1592.Entretanto,
era agora extensamente considerado como um mágico maligno e não tinha
como exercer muito controle sobre seus companheiros, que o desprezavam.
Saiu de Manchester em 1605. Nessa época Elizabeth já morrera, e James I,
antipático a qualquer coisa relacionada ao sobrenatural, não lhe
auxiliou de forma alguma. Dee passou seus últimos anos de vida na
pobreza em Mortlake, onde morreu no fim de 1608 ou início de 1609. Infelizmente, tanto sua lápide quanto qualquer documento que ateste seu óbito são desconhecidos.
Realizações
Pensamento
Dee era um cristão fervoroso, mas sua interpretação da religião foi influenciada profundamente pelas doutrinas hermética e platônica que eram dominantes na renascença.
Ele acreditava que o número era a base de todas as coisas e a chave
para o conhecimento e que a Criação foi um ato de "numeração" de Deus.
Do hermetismo, extraiu a opinião de que o homem tem o potencial para o
poder divino, e acreditava que este poder divino poderia ser exercido
através da matemática. Sua mágica
angélico-cabalística (que era pesadamente numerológica) e seu trabalho
na matemática prática (navegação, por exemplo) eram para ele
simplesmente os fins mundanos do mesmo espectro. Seu objetivo final era
ajudar a levar adiante uma religião unificada mundial com a recuperação
da ruptura das igrejas católica e protestantes e recapturar a teologia pura dos antigos.
Reputação e significância
Aproximadamente dez anos após a morte de Dee, o antiquário Robert
Cotton comprou a terra em torno da casa de Dee e começou a escavar em
busca de papéis e artefatos. Descobriu diversos manuscritos,
principalmente registros de comunicações angélicas de Dee. O filho de
Cotton deu estes manuscritos ao escolar Méric Casaubon, que os publicou
em 1659,
junto com uma longa introdução crítica de seu autor. Como a primeira
revelação pública das conferências espirituais de Dee, o livro foi
extremamente popular e vendeu rapidamente. Casaubon, que acreditava na
realidade dos espíritos, discutiu em sua introdução que Dee estava
agindo sem saber como ferramenta de espíritos malignos quando acreditou
que estava comunicando-se com anjos. Este livro é na maior parte
responsável pela imagem que prevaleceu de Dee para os dois séculos e
meio seguintes de um fanático desiludido.
Quase ao mesmo tempo a Relação Fiel e Verdadeira foi publicada e membros da Rosa-cruz
reivindicaram Dee como um de seus membros. Há dúvida, entretanto, de
que um movimento organizado Rosa-cruz tenha existido durante a época em
que Dee viveu, e não há nenhuma evidência de que Dee tenha pertencido a
qualquer fraternidade secreta. Entretanto, alguns ocultistas acreditam
que Dee tenha sido um membro da organização "The Seven Circle", um
agente infiltrado sob o código 007, um Mestre secreto, acompanhado de
seu pupilo, o famoso escritor Sir Francis Bacon[carece de fontes].
A reputação de Dee como um mágico e a história vívida de sua associação
com Edward Kelley fizeram dele uma figura aparentemente irresistível
aos fabulistas, aos escritores de histórias de terror e aos mágicos dos
dias atuais. O acréscimo de informações falsas ou simplesmente
exageradas sobre Dee obscurece frequentemente os fatos de sua vida, por
mais notáveis que tenham sido.
Uma reavaliação do caráter e da magnitude de Dee veio no século XX, pela maior parte em consequência do trabalho do historiador Frances Yates,
que trouxe um foco novo ao papel da mágica no renascimento e no
desenvolvimento da ciência moderna. Em consequência desta nova
avaliação, Dee agora é visto como um estudioso sério e apreciado como um
dos homens mais instruídos de seus dias, ainda que um tanto excêntrico.
Sua biblioteca pessoal em Mortlake era a maior no país, e foi
considerada uma das mais sofisticadas da Europa. Além de ser um
conselheiro astrológico, científico e geográfico para a rainha Elizabeth
e sua côrte, era um defensor da colonização de América do Norte e o visionário de um Império Britânico que se estenderia através do Atlântico norte.
Dee promoveu as ciências da navegação e da cartografia
que estudou com Gerardus Mercator, e possuía uma coleção importante de
mapas, globos e instrumentos astronômicos. Desenvolveu instrumentos
novos assim como técnicas navegacionais especiais para o uso em regiões
polares. Dee serviu como um conselheiro às viagens de descobertas
inglesas, e selecionou pilotos pessoalmente e treinou-os na navegação.
Acreditava que essa matemática (que considerava misticamente) era
central ao progresso da aprendizagem humana. A centralidade da
matemática na visão de Dee tornava-o mais moderno do que Francis Bacon,
embora alguns estudiosos acreditem que a matemática foi
propositadamente ignorada por Bacon por causa da atmosfera antiocultista
do reino de James I. No entanto deve-se entender que a compreensão de
Dee do papel da matemática é radicalmente diferente de nossa visão
contemporânea.
A realização prática mais duradoura de Dee deve ser sua divulgação da
matemática fora das universidades. Seu "prefácio matemático" a Euclides
foi significante em promover o estudo e a aplicação da matemática por
aqueles sem uma instrução de nível superior, e era muito popular e
influente entre os "mecânicos", a classe nova e crescente de artesãos e
técnicos. O prefácio de Dee incluía demonstrações de princípios
matemáticos que os leitores poderiam executar.
Dee era amigo de Tycho Brahe e estava familiarizado com o trabalho de Copérnico.
Muitos de seus cálculos astronômicos foram baseados em suposições de
Copérnico, mas nunca defendeu abertamente a teoria do heliocentrismo.
Dee aplicou a teoria de Copérnico ao problema da reforma do calendário.
Suas recomendações razoáveis não foram aceitas, entretanto, para razões
políticas.
Ele é associado frequentemente com o manuscrito de Voynich. Wilfrid
M. Voynich, que comprou o manuscrito em 1912, sugeriu que Dee pode ter
possuído o manuscrito e o teria vendido ao imperador Rodolfo II.
Mas os contatos de Dee com Rudolph eram bem menos extensos do que se
pensava anteriormente e os diários de Dee não mostram nenhuma evidência
da venda.
Artefatos
Artefatos de Dee
O Museu Britânico mantem diversos artigos que pertenceram a John Dee, a maioria associado com suas conferências espirituais:
Espelho (um objeto de um culto asteca na forma de um espelho de mão, trazido a Europa no fim da década de 1520), que chegou a ser propriedade de Horace Walpole.
Os pequenos selos de cera usados para apoiar os pés da "mesa de prática" de Dee (a mesa em que utilizava a bola de cristal).
O selo maior e mais decorado chamado "selo de Deus", usado para apoiar a "Shew-Stone"", a esfera de cristal usada por Dee.
Um amuleto de ouro gravado com uma representação de uma das visões de Kelley.
Um globo de cristal, com seis centímetros de diâmetro. Este artigo
permaneceu despercebido por muitos anos na coleção mineral do museu;
possivelmente pertenceu a Dee, mas sua procedência não é tão certa
quanto a dos outros.
Em dezembro 2004, uma shew-stone (uma pedra usada em previsões) que pertenceu anteriormente a Dee e uma explanação do meio do século XVII escrita por Nicholas Culpeper foram roubadas do museu de ciência em Londres, mas foram recuperados pouco depois.
Ocultismo
ALEISTER CROWLEY - O HOMEM MAIS MALVADO DO MUNDO
(Maiores de 18 anos - Contem cenas eventualmente chocantes)
Ocultista, escritor. alquimista, montanhista,poeta,estes são alguns dos adjectivos que qualificam este personagem. Esta é a verdadeira história de um Feiticeiro do séc.XX que mergulhou na magia negra e ocultismo,. A sua obra foi e é seguida por várias personalidades famosas, como Jimmy Page. A sua magia e obra, continuam a ser ensinadas e seguidas por algumas ordens secretas.
DOCUMENTÁRIOS: A CHEGADA: O HOMEM MAIS MALIGNO DO MUNDO O QUE HÁ POR TRÁS DO ARCO-IRIS Essa série mostra como acontecimentos aparentemente desconexos como O Mágico de Oz e os atentados de 11 de Setembro estão totalmente ligados por forças ocultistas. Este vídeo é um compêndio das 2 (duas) primeiras partes deste documentário. Nesta edição, mostramos a importância de ALEISTER CROWLEY no projeto do maligno.
DOCUMENTÁRIO / FILME BIOGRÁFICO: 666 - IN SEARCH OF THE GREAT BEAST
Filme documentário acerca da vida de Aleister Crowley.
Música: Rick Wakeman
Áudio: Inglês
Documentário: THE WICKEDEST MAN IN THE WORLD
Documentário biográfico, onde diversos investigadores e ocultistas explicam a vida e obra do grande mago, através da sua poesia, gravações e livros,
Áudio: Inglês (Activar legendas em Português ou na língua que preferir).
Fonte: YouTube
A ORDEM DO GOLDEN DAWN
A Ordem Hermética "Golden Dawn" (Amanhecer Dourado) era uma organização dedicada ao estudo e à prática do ocultismo, metafísica e atividades paranormais durante o final do século 19 e início do séc.20. Conhecida como uma ordem mágica, a Ordem Hermética da Golden Dawn esteve activa na Grã-Bretanha e concentrou suas práticas em teurgia e desenvolvimento espiritual. Muitos dos conceitos actuais de ritual e magia que estão no centro de tradições contemporâneas, como a Wicca e Thelema, foram inspirados pela Golden Dawn, que se tornou uma das maiores influências únicas no ocultismo ocidental do século 20.
Os três fundadores, William Robert Woodman, William Wynn Westcott, e Samuel Liddell MacGregor Mathers, eram maçons e membros da "Societas Rosicruciana em Anglia" (S.R.I.A.). Westcott parece ter sido a força motriz por trás da criação inicial da Golden Dawn.
O sistema Golden Dawn foi baseado na hierarquia e na iniciação como as Lojas Maçônicas; No entanto as mulheres foram admitidas em condições de igualdade com os homens. A "Golden Dawn" foi a primeira de três Ordens, embora as três são muitas vezes referidas colectivamente como "Golden Dawn". A primeira ordem ensinou filosofia esotérica com base na Cabala Hermética e desenvolvimento pessoal através do estudo e sensibilização dos quatro elementos clássicos, bem como os fundamentos da astrologia, adivinhação tarot, e geomancia. A Segunda ou Ordem "Inner", os Rosae Rubeae et Aureae Crucis (o Rosa Ruby e Cruz de ouro), ensinou magia propriamente dita, incluindo vidência, viagem astral, e alquimia. A Ordem Terceira foi a dos "Chefes Secretos", que se diziam ser altamente qualificados; Eram eles que supostamente dirigiam as actividades das duas ordens mais baixas através duma comunicação espiritual com os chefes da Segunda Ordem.
As influências sobre os conceitos e o trabalho da Golden Dawn incluem: misticismo cristão, Cabala, hermetismo, religião egípcia antiga, vidência, Maçonaria, alquimia, teosofia, astrologia, Eliphas Levi, Papus, John Dee & Edward Kelly, magia Enochiana, e renascentistas grimórios, bem como Anna Kingsford & Frederick Hockley.
Os documentos fundamentais da ordem original da Golden Dawn, conhecidos como os Manuscritos Cipher, são escritos em Inglês usando a cifra de Trithemius. Os manuscritos dão os contornos específicos dos Rituais de Grau da Ordem e prescrevem um currículo dos ensinos graduados que abrangem a Cabala Hermética, astrologia, tarot oculto, geomância, e alquimia.
De acordo com os registros da Ordem, os manuscritos passaram de Kenneth R. H. Mackenzie, um estudioso maçônico, para o Rev. A. F. A. Woodford, a quem o escritor ocultista britânico Francis King descreve como o quarto fundador (embora Woodford morreu pouco depois de que a Ordem foi fundada). Os documentos não entusiasmaram Woodford, e em fevereiro de 1886, ele passou-os para o maçom livre William Wynn Westcott, que os conseguiu decodificar em 1887. Westcott, satisfeito com sua descoberta, pediu aos colegas Maçons Samuel Liddell MacGregor Mathers para uma segunda opinião. Westcott pediu ajuda a Mathers para converter os manuscritos em um sistema coerente para o trabalho da loja maçónica. Mathers por sua vez, pediu ao companheiro maçom William Robert Woodman para ajudar os dois, e ele aceitou. Mathers e Westcott foram considerados os responsáveis por desenvolver os contornos rituais dos Manuscritos Cipher em um formato viável. Mathers, no entanto, é geralmente referido como o responsável com a concepção do currículo e rituais da Segunda Ordem, a que ele chamou os Rosae Rubae et Aureae Crucis.
Edward Alexander Crowley Nasceu na rua Clarendon Square, número 30,
em Royal Leamington Spa, Warwickshire, Inglaterra, entre as 11:00 da
noite e meia-noite do dia 12 de Outubro de 1875.8 Seu pai, Edward Crowley, era um engenheiro formado mas, de acordo com Aleister, nunca trabalhou como um.9 Ele entretanto era um rico dono de cervejaria, que permitiu a ele se aposentar antes que Aleister nascesse. Através do negócio de seu pai ele conheceu o ilustrador Aubrey Beardsley. Sua mãe, Emily Bertha Bishop, vinha de uma família com origens em Devon e Somerset.9 Ambos seus pais eram da Irmandade Reservada, uma facção mais conservativa de uma denominação Cristã conhecida como Irmãos de Plymouth,10 e seu pai costumava ser um missionário. Deste modo o jovem Crowley foi criado para ser um Irmão Plymouth, sujeito a leitura diária de um capítulo da Bíblia.11
Em 29 de Fevereiro de 1880,12
uma irmã, Grace Mary Elizabeth, nasceu mas sobreviveu apenas cinco
horas. Crowley foi levado para ver o corpo, em suas próprias palavras em
As Confissões de Aleister Crowley, o qual escreveu em terceira pessoa:
O incidente criou uma curiosa impressão nele. Ele não entendia o
porque de ser perturbado tão inutilmente. Ele não poderia fazer nada; a
criança estava morta; aquilo não era de sua conta. Essa atitude
continuou com o passar de sua vida. Ele nunca vistara outro funeral a
não ser o do próprio pai, que ele não se importou em fazer, pois sentiu
que ele na verdade era o centro de interesse.13
Em 5 de Março de 1887, quando Crowley tinha apenas onze anos, seu pai morreu de câncer de língua. Ele iria mais tarde descrever isso como um ponto decisivo em sua vida,14 e a partir desse momento ele mais tarde começa a se descrever em primeira pessoa em suas Confissões. Ainda sendo rico, ele posteriormente foi enviado a uma escola da Irmandade Plymouth, mas foi expulso por "tentar corromper outro garoto."14 Após isso ele atendeu a Escola Tonbridge e o Colégio Malvern, ambas a qual desprezava.14 Ele se tornou continuamente cético sobre o Cristianismo, e foi contra a moralidade Cristã da qual foi ensinado.
Universidade, 1895-1897
Em 1895 ele começou um curso de três anos no Trinity College, Cambridge, onde ele entrou para estudar Filosofia, mas com permissão de seu tutor pessoal, ele trocou o curso para Literatura inglesa, que até então não era parte do currículo oferecido.15 Foi aqui que ele criou uma visão mais severa sobre o Cristianismo, posteriormente dizendo:
A Igreja da Inglaterra […] parecia uma estreita tirania, tão
detestável quanto a dos Irmãos de Plymouth; menos lógica e mais
hipócrita… Quando eu descobri que a capela era obrigatória eu
imediatamente revidei. O reitor júnior me repreendeu por não estar
comparecendo a capela, o que eu certamente não estava, pois isso
envolvia acordar cedo. Eu me desculpei com o fundamento de que tinha
sido criado entre os Irmãos de Plymouth. O reitor pediu para que eu
viesse vê-lo ocasionalmente e falar sobre o assunto, e eu tive a
surpreendente ousadia de escrever a ele: 'A semente plantada pelo meu
pai, regada com as lágrimas de minha mãe, teriam crescido profundas de
mais para que pudessem ser arrancadas até mesmo por sua eloquência e
aprendizagem'.13
Também foi na universidade que ele fez a decisão de mudar o nome Edward Alexander para Aleister. Sobre isso ele declarou:
Por muitos anos eu me aborreci sendo chamado de Alick, em parte
devido ao som desagradável e a visão da palavra, e em parte pois esse
era o nome que minha mãe me chamava. Edward não parecia se ajustar a mim
e os diminutivos
Ted ou Ned eram ainda menos apropriados. Alexander era muito longo e
Sandy sugeria ser loira com sardas. Eu tinha lido em um livro ou outro
que o nome mais favorito a se tornar famoso era composto de um dátilo seguido por um espondeu, como no fim de um hexâmetro: por exemplo Jeremy Taylor. Aleister Crowley preenchia essas condições e Aleister é a forma gaélica
de Alexander. Adotar este nome satisfaria meu ideal romântico. A
ortografia atroz A-L-E-I-S-T-E-R foi sugerido como a forma correta pelo
Primo Gregor, que deveria saber melhor. De qualquer modo,
A-L-A-I-S-D-A-I-R cria um dátilo muito ruim. Por essas razões eu decidir
ficar com meu pseudônimo
presente — Eu não posso dizer que tenho certeza que facilitei o
processo de ficar famoso com isso. Eu deveria ter feito isso sem dúvida,
qualquer que tivesse sido o nome que eu escolhesse.16
Crowley passou bastante de seu tempo de universidade em seus passatempos, entre eles o alpinismo; ele iria em feriados para os Alpes
todo ano de 1894 até 1898, e vários outros alpinistas que o conheciam
nesse tempo o identificavam como "um alpinista prometedor, entretanto um
tanto quanto errático".17 Outro de seus passatempos era o de escrever poesia, algo que ele fazia desde os dez anos de idade, e em 1898 ele publicou privadamente cem cópias de um de seus poemas, Aceldama, mas não foi um sucesso em particular.18 Apesar disso, no mesmo ano ele publicou uma série de outros poemas, o mais notável deles sendo White Stains (literalmente Manchas Brancas), uma obra erótica que tinha que ser impressa no exterior, em caso de haver problemas com as autoridades britânicas.19 Um terceiro passatempo seu era o xadrez,
e ele entrou no clube de xadrez da universidade, onde, segundo ele mais
tarde descreve, derrotou o presidente do clube no seu primeiro ano e
praticava duas horas por dia para se tornar um campeão — "Minha ambição
mundana séria era a de se tornar o campeão mundial de xadrez."20 Ele também relata ter derrotado os famosos jogadores de xadrez Joseph Henry Blackburne e Henry Bird e estar em seu caminho para se tornar um mestre no xadrez, até que ele visitou um importante torneio em 1897 em Berlim
onde "Eu vi os mestres — um, velho, rabugento e cegueta; outro, de um
jeito respeitoso de dizer seria malfeito; o terceiro, uma mera paródia
da humanidade, e assim em diante para o resto. Essas eram as pessoas de
qual a posição eu estava buscando. "Ali, mas pela graça de Deus, se vai
Aleister Crowley", eu exclamava para mim com desgosto, e naquele momento
eu fiz um voto de nunca mais jogar outra partida séria de xadrez."21 Na universidade, ele também alegou manter um vida sexual vigorosa, da qual era grandemente conduzida com prostitutas e garotas que ele conhecia em bares e tabacarias.22 Em 1897, Crowley conheceu um homem chamado Herbert Charles Pollitt, e posteriormente tiveram um relacionamento,23 mas se separaram pois Pollitt não compartilhava dos interesses de Crowley no esoterismo.
Como o próprio Crowley descreveu, "Eu disse pra ele francamente que eu
tinha devotado minha vida a religião e que ele não se enquadrava no
esquema. Agora eu vejo como eu fui imbecil, como terrivelmente errado e
fraco é rejeitar qualquer parte da personalidade de uma pessoa."24
Foi em dezembro de 1896 que ele teve sua primeiro experiência
religiosa significante da qual mais tarde ele afirma, "essa filosofia
nasceu em mim."2526 A partir dessa experiência, Crowley começou a ler sobre ocultismo e misticismo, e no próximo ano, ele começou a ler livros de alquimistas e místicos, e livros em magia.8
Em outubro uma breve doença lhe trouxe questões sobre a mortalidade e
"a futilidade de toda atividade humana," ou pelo menos a futilidade da
carreira diplomática que Crowley tinha anteriormente considerado27 - ao invés ele decidiu devotar sua vida ao oculto. Em 1897 ele deixou Cambridge, sem conquistar diploma algum.
Em 1898, Crowley estava de estadia em Zermatt, Suíça, onde ele encontrou o químico Julian L. Baker, e os dois começaram a falar sobre seus interesses em comum sobre alquimia. No seu retorno a Inglaterra, Baker apresentou Crowley a George Cecil Jones, um membro da sociedade oculta conhecida como Ordem Hermética da Aurora Dourada.28 Crowley foi posteriormente iniciado na "Ordem Externa" da Aurora Dourada, no dia 18 de novembro de 1898, pelo líder do grupo, S. L. MacGregor Mathers.29 A cerimônia foi realizada no Salão de Mark Mason em Londres, onde Crowley aceitou seu lema e seu nome mágico de Frater Perdurabo,
significando "Eu devo resistir até o fim." Por volta desse mesmo tempo,
ele se moveu de uma acomodação elegante no Hotel Cecil para o seu
próprio apartamento de luxo em Chancery Lane. Ali, Crowley prepararia
duas acomodações diferentes; uma para a prática de Magia Branca e outra para a prática de Magia Negra.30 Pouco tempo depois ele convidou seu companheiro da Aurora Dourada, Allan Bennett,
para viver com ele, e Bennett se tornou seu tutor pessoal, ensinando a
ele mais sobre magia cerimonial e o uso de drogas para rituais.3132 Entretanto, em 1900, Bennett se mudou para Ceilão (Sri Lanka de hoje) para estudar Budismo,33 enquanto em 1899 Crowley adquiriu Mansão Boleskine, em Foyers na margem do Lago Ness na Escócia.
Ele desenvolveu um amor pela cultura escocesa, se descrevendo como
"Senhorio de Boleskine" e começou a vestir o tradicional vestido das
montanhas, até mesmo durante visitas de volta a Londres.34
Entretanto, uma dissidência havia sido desenvolvida ao redor da Aurora
Dourada, com MacGregor Mathers, o líder da organização, sendo deposto
por um grupo de membros que estavam infelizes com seu regime
autocrático. Crowley tinha inicialmente contatado esse grupo pedindo
para ser iniciado em ordens superiores da Aurora Dourada, mas eles
negaram a ele. Imperturbado, ele foi a MacGregor Mathers, que por uma
grande quantia iniciou ele na Segunda Ordem.35
Agora leal a Mathers, ele (com sua então amante e companheira iniciada,
Elaine Simpson) tentaram ajudar a interromper a rebelião, e sem sucesso
tentaram tomar o espaço de um local conhecido como a Abóbada de Rosenkreutz dos rebeldes.36 Crowley também desenvolveu mais contendas pessoais com alguns dos membros da Aurora Dourada; ele não gostava do poeta W.B. Yeats, que tinha sido um dos rebeldes, pois Yeats não era particularmente favorável a um de seus poemas, Jephthat.37 Ele também era antipático a Arthur Edward Waite, que despertava a ira de seus companheiros da Aurora Dourada com seu pedantismo.38
Crowley defendia o ponto de vista que Waite era um chato pretensioso
através de críticas aos escritos deles e editoriais das escritas de
outros autores. Em seu periódico O Equinócio, Crowley intitulou uma de suas críticas de, "Wisdom While You Waite" (interpretado como Sabedoria Enquanto Você Espera, sendo Wait em inglês esperar),
e sua nota sobre o falecimento de Waite tinha o título de, "Dead Waite"
(interpretado como "Peso Morto", aproximando a pronúncia de "weight",
que significa peso).
Viagens ao redor do mundo
Enquanto isso, em 1900, Crowley tinha viajado ao México através dos Estados Unidos por uma veneta, onde ele pegou uma mulher local como sua amante, e junto com seu amigo Oscar Eckenstein foram escalar diversas montanhas, incluindo Ixtaccihuatl, Popocatepetl e até Colima, da qual a ultima tiveram que abandonar devido a uma erupção vulcânica.39
Durante esse período Eckenstein revelou suas próprias tendências
místicas. Crowley tinha continuado por si próprio experimentos mágicos
após deixar Mathers, e seus registros indicam que durante esse tempo ele
descobriu o significado da palavra Abrahadabra. Eckenstein disse a ele que precisava melhorar o controle de sua própria mente, e recomendou a prática de raja yoga.40 Depois de deixar o México, um país do qual ele se tornara um grande apreciador, Crowley visitou São Francisco, Havaí, Japão, Hong Kong e Ceilão, onde ele se encontrou com Allan Bennett e se devotou ainda mais a ioga, na qual ele afirma ter alcançado o estado mental de dhyana. Foi durante esta visita que Bennett decidiu se tornar um monge budista da tradição Theravada, viajando até à Birmânia, enquanto Crowley tinha ido à Índia estudar várias práticas do hinduísmo.41
Em 1902, Eckenstein se juntou a ele na Índia com alguns outros
alpinistas: Guy Knowles, H. Pfannl, V. Wesseley, e Dr Jules
Jacot-Guillarmod. Juntos, a expedição Eckenstein-Crowley tentaram
escalar o monte K2, que até então nenhum outro europeu tinha tentado escalar. Nessa jornada, Crowley se infectou com influenza, malária e cegueira de neve,
enquanto os outros membros também estavam com doenças similares. Eles
finalmente alcançaram os 20.000 pés de altura antes de decidirem
retornar.42 Ao retornar à Europa, ele visitou MacGregor Mathers em Paris,
e apesar de terem sido amigos uma vez, os dois se separaram logo;
Crowley afirmou que Mathers estava roubando dele enquanto ele esteve
fora (ele posteriormente roubou os itens de volta), e como o biógrafo de
Crowley John Symonds notou, ambos se consideravam os esoteristas
superiores e se recusavam a se submeter ao outro.43 Em 1903 Crowley se casou com Rose Edith Kelly, que era irmã de um amigo de Crowley, o pintor Gerard Kelly, em um casamento
de conveniência. Entretanto, um pouco depois do casamento, Crowley se
apaixonou de verdade por ela e começou a namorá-la. Gerard Kelly era de
fato um grande amigo de W. Somerset Maugham, que mais tarde usaria Crowley como modelo para sua novela O Mágico, publicada em 1908.44
O Livro T, ou Livro de Thoth
Denominado Book of Thoth Tarot''', consiste em 78
ilustrações que antecipam a cultura psicodélica dos anos 60; esse
ilustrações foram pintados pela artista inglesa Frieda Harris entre os
anos de 1938 e 1943, sob a direção de Aleister Crowley. Las
aquarelas foram compradas pelo Instituto Warburg em Londres, onde são
mantidos hoje. O baralho foi impresso pela primeira vez em Dallas, em
1969, por Grady McMurtry, mas com apenas uma cor: vermelho. Por esta
razão foi chamado Sangreal One-Color Tarot. Só em 1977 o Thoth Tarot foi impresso com as cores originais maravilhosas,por US Games Systems e Samuel Weiser.45
O Livro da Lei
O ano de 1904 foi capital para Crowley, o mistério que iria
persegui-lo por toda a vida estava por se revelar, como dádiva e
maldição. Ele já era um Magista competente, iniciado na Aurora Dourada,
uma das mais importantes Ordens mágicas de todos os tempos.
Nesta época, Crowley estava viajando o mundo. Em março e abril ele
estava no Cairo, Egito, em companhia de sua esposa, Rose Kelly. O casal
se entregava às alegrias da viagem de núpcias, mas nem por isso Crowley
deixava de ser um Mago. Ele faz uma invocação de elementais do ar para
sua jovem esposa, e qual não foi a sua surpresa, ao invés dos silfos a
mulher começa a balbuciar: Hórus falava através dela. O deus prescreve
então uma série de detalhes para um ritual de invocação, o resultado
deste Ritual se da nos dias 8, 9 e 10 de abril, nos quais Crowley recebe
o Livro da Lei, um poderoso Grimório de instruções mágicas, a Lei da
era de Aquário. Crowley se choca com o conteúdo do Livro, mas a força
das revelações lá contidas, influenciando eventos históricos de
magnitude gigantesca (Primeira e Segunda guerras mundiais, por exemplo),
deixou fora de dúvida a veracidade, beleza e poder do Livro da Lei.
Ditado por uma entidade de nome Aiwaz (que mais tarde Crowley
associou a seu Eu superior). Nele, a Lei da nova era é sintetizada na
frase Faze o que tu queres há de ser o todo da Lei, e tem como
contraponto e complemento Amor é a lei, amor sob Vontade. Facilmente
poderíamos imaginar um paraíso da libertinagem, mas a vasta obra de
Crowley nos mostra que liberdade sim, mas com conhecimento, em suas
próprias palavras:
O tolo bebe, e se embebeda: o covarde não bebe. O homem sábio, bravo e livre, bebe, e dá glórias ao Mais Alto Deus.
Morte
Seus últimos anos, a partir de 1945, vividos em Hastings, onde uma
série de novos discípulos continuam recebendo instruções. E assim
Kenneth Grant, John Symonds, Grady McMurty, conhecem-no. Desta época,
vem sua última obra, consistindo numa coletânea de cartas dirigidas a
uma jovem discípula, que foram publicadas bem mais tarde, após a sua
morte, como Magick Without Tears.46
No primeiro dia de dezembro de 1947, aos 72 anos, Aleister Crowley,
serenamente segundo alguns, exultante segundo outros, e ainda perplexo,
segundo um biógrafo, falece, vítima de bronquite crônica e complicações
cardíacas.4748
Quatro dias depois, no crematório de Brighton, é realizada a cerimônia que ficou conhecida como "O Último Ritual",47 com a leitura de trechos da Missa Gnóstica, e de seu famoso Hino, a Pã.
Influência no rock
Socialmente, Crowley se tornou conhecido devido as referências feitas a ele no rock n' roll dos anos de 1960 e 1970, pelas bandas Led Zeppelin, Rolling Stones, Iron Maiden, The Beatles e Black Sabbath, e pelos cantores Bruce Dickinson, Ozzy Osbourne, David Bowie, Weverthon Patric, Raul Seixas e John Frusciante.
Os primeiros a citar Crowley em sua obra foram os Beatles. Por serem
britânicos, os quatro membros da banda acreditaram que Crowley era uma
personalidade influente o bastante para ser colocado na capa do disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Isso possibilitou que os próximos artistas tivessem conhecimento da obra de Crowley, que fazia uma boa combinação com a rebeldia e o anarquismo promovidos pelo rock n' roll.
O cantor e compositor brasileiro Raul Seixas foi um grande divulgador
e seguidor da obra de Aleister Crowley. Suas principais canções sobre
Crowley e a Thelema são "Sociedade Alternativa", "Novo Aeon", "Loteria
de Babilônia" e "A Lei".
Uma das principais e provavelmente a mais explicita referência
musical é a canção "Mr. Crowley" do cantor britânico Ozzy Osbourne. "Mr.
Crowley" foi lançada no álbum Blizzard of Ozz, de 1980.
TV
Seu nome é citado na série Supernatural exibido pela Warner Channel.
Na cronologia atual da série, o atual Rei do Inferno, Crowley. Além de
um demônio torturador chamado Aleister. Ambos os nomes fazendo menção ao
escritor.
Ele inicialmente é um dos antagonistas do anime e mangá D.Gray Man,
mas logo se torna um membro da Ordem Negra, instituição responsável
pelo combate ao Conde do Milênio - Principal antagonista das séries. Seu
personagem é um vampiro.
No anime e mangá Toaru Majutsu no Index,
Aleister Crowley é um mago que renegou a religião e recorre a ciência
para seus fins, sendo o cérebro por trás da Cidade-Escola e o 'criador'
do Imagine Breaker, a habilidade do braço direito de Kamijou Touma.
Também é citado no 3º episódio da série da britânica Luther, da BBC.