Documentários
PORTUGAL - ANOS 60 E AS MUDANÇAS SOCIAIS
Uma fantástica viagem ao nosso País durante os anos 60. Um período em que estava em vigencia o Estado Novo e que nos permitirá ter uma visão de como o País era governado e de como funcionavam as instituições e a sociedade da época. Uma lembrança do Portugal que um dia fomos e que se perdeu irremediavelmente. Um Portugal cabeça de um glorioso império conquistado pelos nossos antepassados com suor e sangue, detentor de uma imensa riqueza étnica e cultural, derivada das colónias de Angola, Moçambique, India, Macau, Timor e do Continente, para que os nossos filhos e netos conheçam o que um dia esta Nação foi, e julguem e entendam o actual estado do nosso País. Um interesante documentário chamado "Portugal 1960's" da "Trans World Air Lines" - TWA, a famosa companhia aérea Norte Americana, efectuado na época,sobre Portugal, que servia de publicidade para os destinos aéreos dessa empresa e que nos permite também termos uma ideia de como o nosso País era visto no estrangeiro.
Poderá ainda ver algumas imagens referentes ao nosso País nessa década e por fim, poderá consultar o interessante documento "Mudança Social em Portugal, 1960/2000" elaborado pelo sociólogo Dr. António Barreto para o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Texto: Português
Áudio: Inglês Fonte: TWA - Travel Film Archive - YouTube - Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
IMAGENS DE PORTUGAL NOS ANOS 60:
DOCUMENTÁRIO PORTUGAL 1960's :
INFORMAÇÃO ESCRITA MUDANÇA SOCIAL EM PORTUGAL, 1960/2000 : Um documento elaborado pelo Dr António Barreto e publicado pelo Instituto de Ciencias Sociais da Universidade de Lisboa.
O Império de Portugal A INDIA PORTUGUESA - DAMÃO Revelo um pouco desse Portugal Imperial que se foi perdendo pouco a pouco. Uma viagem até Damão, uma cidade Estado que foi Portuguesa, junto a Diu e Goa. Fica situada a norte de Goa e aqui fica um pouco da sua/nossa história. Também pode ver a palestra dada pelo prof. Abreu Freire, sobre Damão e que foi dada no 2º dia da celebração do "Dia de Damão". Um evento que é realizado todos os anos e que contém conferências e várias actividades, alusivas a Damão e ao legado Português lá deixado.
Texto: Português Áudio: Português Fontes: Monarquia TV - YouTube - Alma de Viajante
Damão, caravela de pedra
(Ana Isabel Mineiro)
O menos falado pedaço da “Índia portuguesa” é, sem dúvida, Damão.
Da sua antiga glória restam dois fortes, impressionantes no tamanho e
na preservação, e uma pequena comunidade que mantém algo da cultura portuguesa.
Chegada a Damão
Não me consola muito saber que os portugueses de quinhentos sofreram ainda mais que eu para chegar a Damão. As viagens para a Índia podiam demorar muitos meses, e Damão fica a Norte de Goa e de Mumbai (antiga Bombaim),
pelo que teria de se adicionar mais algum tempo de viagem para lá
chegar, fosse por mar ou por terra. Mas ainda hoje é complicado.
Fachada de um forte português em Damão, Índia
As adoráveis contradições indianas, que incluem passar de cidades
onde qualquer mendigo fala inglês, como Mumbai, para outras onde só
sabem a língua local - para além do hindi oficial, creio eu -, fazem com
que coisas aparentemente simples, como descobrir de onde partem os
transportes, seja um verdadeiro trauma.
E depois é preciso conseguir apanhar o autocarro certo. Já para
não falar da vocação suicida dos condutores, ou do estado dos veículos,
verdadeiras sucatas sobre rodas onde se pode escrever o nome no pó dos
assentos, e onde a única maneira de marcar lugar é fazer como os locais,
e atirar uma criança lá para dentro pela janela quando o autocarro
ainda está a entrar no terminal. E depois há a questão de valer a pena
ou não.
Não vim negociar em especiarias nem espalhar a fé
cristã, o meu interesse vagueia entre uma espécie de curiosidade
histórica, de ver em que se transformou este importante entreposto
comercial português do século XVI, e conhecer as particularidades dos pequenos territórios da União Indiana.
À primeira vista, Damão não é propriamente um
lugar bonito. Até chegarmos aos dois fortes: o pequeno, com o cemitério
cristão, uma igreja e um campo relvado de futebol para os miúdos; e o
grande, junto às muralhas do qual os pescadores trabalham, no meio dos
barcos embandeirados.
A herança portuguesa em Damão
Que estamos na Índia ninguém o pode ignorar. O
trânsito ruidoso, abundante e caótico, os cheiros apetitosos da comida e
de incenso, o chinfrim de buzinas misturado com música e a confusão de
gente nas ruas, não nos deixam imaginar qualquer outro lugar. Muitos
homens usam o trajo branco típico do estado do Guzerate, cujo chapelinho lembra os vendedores de gelados de antigamente.
Pescador numa praia de Damão
O território de Damão é um enclave territorial com apenas
trezentos e oitenta quilómetros quadrados e a forma de uma pequena
escama, quase imperceptível no imenso mapa da Índia. Mas tem a sua
própria assembleia, desde 1987, e as suas leis muito próprias. Uma
delas, comum aos outros ex-territórios portugueses, é a permissividade
em relação ao álcool.
Quem chega por terra vindo de algures no Guzerate, estado onde o
hinduísmo tem muito peso e onde impera a lei seca, fica logo
surpreendido com a abundância de bares. E caso se fique durante um
fim-de-semana ou feriado, chega a ser difícil encontrar alojamento na
cidade, com centenas de indianos a chegarem de lugares onde as bebidas
alcoólicas são proibidas, para passarem uns dias em cheio.
O rio Daman Ganga divide a cidade em duas: a
Norte, Nani Daman, o Pequeno Damão, e do lado oposto, fica o Grande,
Moti Daman. Nascida na foz, com vista para o rio e o mar, a cidade tem
fartura de água e de pescadores, e o cheiro a peixe sobrepõe-se a todos
os outros. Os barcos engalanados com bandeirinhas coloridas, suspensas
de uma teia confusa de mastros finos, alinham-se ao longo da tira de
areia escura da praia.
Interior de igreja em Damão, Índia
Alguns pescadores remendam redes, enquanto outros espalham peixes
minúsculos numa rampa junto ao areal, para secarem. Algumas estatuetas
de deuses, pequenas e tão negras como a areia, jazem por ali, talvez
para dar sorte e protecção. Mas o que atrai a atenção de quem chega à
costa são os dois fortes portugueses, à sombra dos quais se desenrola a vida quotidiana desta cidade piscatória: frente a frente, de um lado e do outro do rio, o pequeno forte de Nani e o grande de Moti parecem dois gigantescos barcos de pedra, atracados à espera da maré.
A cidade estende-se do lado do forte mais pequeno, e muitos
prédios já o ultrapassam em altura. A cruz e a imagem de S. Jerónimo,
que lhe dá o nome, continuam por cima do arco da entrada; lá dentro
resta uma igreja - agora usada como escola - e um cemitério cristão.
A avaliar pelos polícias, em cujos crachás se lêem nomes como Silva e Pereira,
e também pelas meninas que passam de saia e blusa, em vez do sari ou da
túnica, mais comuns nas hindus, parte da população parece ter mantido o
cristianismo.
Alguns ainda dizem mesmo algumas palavras em português, mas não
encontrei ninguém que passasse para além dos cumprimentos e de algum
vocabulário solto; no entanto, de regresso a Portugal, soube que o português ainda se estuda e que a cidade de Damão celebrou um acordo de geminação com Coimbra.
Arco de entrada do forte em Grande Damão
A vista sobre Moti Daman e a imensa linha escura
do forte, com a sua parede escura coberta de musgo, é impressionante. No
arco da entrada, uma velha placa diz-nos que estamos na Rua Martim Afonso, e uma das primeiras casas está assinalada como sendo aquela onde viveu Bocage, tenente da Marinha antes de desertar.
A atmosfera torna-se mais arcaica à medida que percorremos a rua
central, bem sombreada, onde vamos encontrando edifícios antigos bem
portugueses, como o Palácio do Governador ou a igreja do Bom Jesus.
Do lado de fora, alguns pescadores limpam os seus barquinhos de aspecto
frágil, enquanto outros acartam enormes blocos de gelo pendurados em
paus, para conservar o pescado.
E tendo como cenário os imponentes fortes portugueses, as
actividades habituais do cais parecem fazer parte de um qualquer filme
antigo.
Pérolas e tâmaras
Desde 1531 que esta área do Golfo de Cambaia, na foz do rio Daman Ganga, funcionava como entreposto comercial. Os fortes portugueses
foram construídos em meados no século XVI, e a presença lusa já estava
literalmente de pedra e cal em 1559 - mas uma placa na entrada do forte
Grande lembra que, antes da conquista portuguesa, existia aqui uma
fortificação muçulmana.
Praia em Damão, Índia
As fortificações serviam, sobretudo, para defender as mercadorias
que por aqui passavam em trânsito, entre o Golfo Pérsico e a costa
africana, nomeadamente Mombaça e Mogadíscio. Os ataques tanto podiam vir
de terra como do mar, protagonizados pelo sultão de Cambaia, por
piratas ou mesmo por “concorrentes”, como os ingleses e os holandeses.
O principal comércio era constituído por cavalos persas, aljôfar
(pérolas pequenas e irregulares) e tâmaras; o tabaco do Brasil também
veio a tornar-se um dos mais importantes bens transaccionados.
Durante a colonização inglesa, Damão continuou a
fazer parte de Portugal quase de forma simbólica, com alguma presença
militar a marcar a posse de um território que já não tinha a função e
utilidade que teve nos séculos XVI e XVII.
Em 1961, catorze anos após a independência, a União Indiana invadiu os três territórios que constituíam a Índia Portuguesa (Goa, Damão e Diu), incorporando-os politicamente no território a que sempre pertenceram.
Guia de viagens a Damão
Este é um guia prático para viagens a Damão, na Índia, com
informações sobre a melhor época para visitar, como chegar, pontos
turísticos, os melhores hotéis e sugestões de actividades na região.
Quando ir
Durante o Outono ou o Inverno, para fugir à monção de Verão e ao calor extremo que a antecede.
Como chegar a Damão
Voar para Bombaim é a maneira mais
directa. Daí ou da cidade de Surat, mais próxima, é possível apanhar
autocarros para Nani Daman. Os comboios param em Vapi, a 13 quilómetros,
onde é possível apanhar um autocarro ou um táxi até Damão.
Onde ficar
A escolha de hotéis na cidade não é grande coisa. Pode tentar o Hotel Sovereign, na Sea Face Road, em Nani Daman, que também tem um bom restaurante.
A comida indiana é o que se sabe:
deliciosa, picante, variada, a melhor do mundo. Em Damão, como em todo o
país, não faltam restaurantes populares onde é possível provar os
pitéus locais, embora o conceito de higiene não coincida com o europeu.
Informações úteis
É necessário pedir um visto na
Embaixada da Índia, em Lisboa. Não é fácil usar o cartão VISA, o melhor é
levar Euros, sempre passíveis de troca. Um Euro vale pouco mais de 55 rupias indianas e o nível de vida é muitíssimo barato, a menos que procure cadeias internacionais de hotéis de luxo.
Seguro de viagem
O seguro de viagem da World Nomads
oferece uma das mais completa e confiáveis apólices de seguro do
mercado. São os seguros recomendados por entidades prestigiadas como a Lonely Planet, Footprint, Hostelworld e National Geographic.
* INTERVENÇÃO DO PROF. ABREU FREIRE- DIA DE DAMÃO :
Documentários ANGOLA PORTUGUESA - NO OUTRO LADO DO TEMPO
Através desta série de 3 documentários, pretendo revelar as memórias de um Império Português em paz de outrora, onde se vivia com paz e ordem. Uma viagem ao outro lado do tempo para recordar como Portugal investiu e desenvolveu um território agreste, através da realização de grandes obras como barragens, praças e belos jardins ou simplesmente para lembrar os costumes quotidianos, de quem habitou essa terra e que ficaram para sempre na sua memória. Uma viagem a um tempo em que Portugal tinha grandes projectos de esperança e oportunidade para os seus habitantes. Reveja ou permita que se lhe revele os lindos jardins, praças e construções de Nova Lisboa, hoje Huambo. Uma grande cidade do interior Angolano, plantada no meio da vegetação e que era a prova do esforço e trabalho de todos quanto amavam essa cidade. Veja a Feira Internacional de Nova Lisboa, que constituía uma importante manifestação e centro de negócios. De toda a parte vinham pessoas para exibir os seus magníficos animais, ou onde a Indústria tinha um papel relevante, exibindo os produtos e tecnologias da economia de Angola. Não faltava a moda que mostrava o que criavam os mais conceituados costureiros. Mas pode ainda ver os ritmos da noite e o desporto automóvel, que revelavam o nível cultural da população. Os caminhos de ferro, constituíam uma ligação importante entre as cidades Angolanas e mais um dos grandes projectos de Portugal em Angola. Por fim as saudosas emissões da Rádio Clube do Huambo, uma emissora equipada com a mais avançada tecnologia. Mas também pode recordar como era a bela e organizada Luanda Portuguesa, uma pérola de África, orgulho de cidade para os seus habitantes, seja qual fosse a cor da pele, raça ou etnia. Recorde ou veja revelado um sonho que um dia foi realidade e foi tão nosso - Uma Angola Portuguesa, uma das Províncias mais belas do nosso pacífico império, terra de oportunidades e de sonhos em desenvolvimento, que motivou tanta cobiça, interesse e medo estrangeiro. Uma África Portuguesa nunca poderia ser possível, pois seria um exemplo de sucesso nacional e um atestado de incompetência para as outras nações que falharam rotundamente as suas colonizações...!!! Bem-vindo a uma viagem ao outro lado do tempo, do sonho e da realidade...!!! * José Rui Lira Áudio: Português Fonte: YouTube
DOCUMENTÁRIO ANGOLA PORTUGUESA I: NOVA LISBOA E CARMONA
DOCUMENTÁRIO ANGOLA PORTUGUESA II:LUANDA
DOCUMENTÁRIO ANGOLA PORTUGUESA III:A CRIAÇÃO DE ESTRUTURAS