quinta-feira, 26 de outubro de 2017

QUERES CASAR COMIGO ? A REALIDADE DA MULHER EM ÁFRICA

Documentários
QUERES CASAR COMIGO ? A REALIDADE DA MULHER EM ÁFRICA
Em África, a mulher não é a costela de Adão. Como muito serão os seus ombros e a sua coluna vertebral. Para a grande maioria das mulheres africanas, ainda hoje, nas cidades e no campo, o seu maior sonho é conseguir um bom marido e ter muitos filhos. Vamos abordar diferentes casos, como concursos de beleza, os aparentes prós e contras da poligamia para as famílias e sociedade Africanas e os casamentos negociados.
Aqui tem reveladas as tradições matrimoniais mais emblemáticas que algumas tribos Africanas ainda praticam.


Áudio: Castelhano
Texto: Português
Fonte: New Atlantis Full Documentaries - YouTube - O Nosso Casamento

* José Rui Lira


Resultado de imagem para casamentos consertados em áfrica



Documentário:
QUERES CASAR COMIGO ?




Casamento africano e suas tradições


África, o continente com mais civilizações antigas, com as culturas mais diversas, repleta da enorme diversidade que a caracteriza..., tudo isto naturalmente se reflecte nas tradições que dizem respeito ao casamento. Embora muitas das tradições possam não ser aceites na nossa sociedade, existem algumas ou até mesmo o seu simbolismo que podem sempre ser incorporadas no vosso casamento.
  • A maioria das regiões africanas que celebram o casamento tem por base uma premissa: a família. Um casamento africano é isso mesmo: a celebração do conceito da família através da união de duas pessoas; a junção de duas famílias e por vezes até de duas tribos.
  • África - o continente da diversidade - apresenta muitas religiões e muitas crenças. Existem mais de 1.000 unidades culturais e cada tribo tem a sua própria tradição relativamente ao casamento. As maiores religiões de África são o Cristianismo e todas as suas diversidades, o Islamismo, Religiosa-Étnica, Não-Cristã, Hinduísmo e Baha’i. No norte de África o Islamismo está mais presente e mais para o sul surge o Cristianismo, o Hinduísmo e até algumas tradições Judaicas misturadas com outros costumes antigos
  • As festas coloridas, a música e as danças são elementos fundamentais de um casamento africano. Tudo depende da parte de África onde o casamento é celebrado, mas muitas cerimónias de casamento podem durar dias, sendo extremamente elaboradas. Por vezes, existem cerimónias conjuntas onde diversos casais são casados ao mesmo tempo. O casamento pode ser algo bastante elaborado, envolvendo uma festa na comunidade que pode durar dias, cheia de dança.
  • Tal como no restante mundo, o casamento em África é um acontecimento que envolve a família e a junção de duas pessoas. Existem muitas tradições relativas ao casamento em África e nenhuma é igual a outra. Contudo, existe algo em comum, a noiva tem sempre um papel especial sendo sempre tratada com o respeito devido pois ela significa uma nova possibilidade de continuar a família. Em alguns locais, a família do noivo chega a mudar-se para a vila da noiva e monta a sua casa lá.
  • Em muitos locais de África, as mulheres são ensinadas desde crianças a serem boas esposas, chegando a aprender linguagens secretas passadas pelas anciãs mais velhas para poderem apenas comunicar acerca dos problemas do casamento, sem que os maridos percebam o que elas dizem. Os noivos, em geral, são preparados desde cedo para serem parceiros ideais. Em algumas tribos os mais idosos reúnem-se com a noiva e dão-lhe sábios conselhos para um casamento feliz. Muitas raparigas vão para escolas onde mães mais velhas as ensinam como ser boas esposas.

Etiópia

Na Etiópia, a povoação Karo decora as suas noivas com tatuagens no abdómen com diferentes símbolos.

Na tribo Amhara, muitos casamentos são negociados pelas duas famílias, com uma cerimónia civil a selar o contrato. Por vezes um sacerdote está presente, outras vezes não. Existe um casamento temporário celebrado através de um contrato verbal antes de ser realizado o casamento em frente às testemunhas.  

Kenya

O povo Massai do Kenya faz acordos entre eles relativamente ao destino das suas crianças. Usualmente uma criança está destinada a casar com outra quando chegar à idade apropriada. No casamento, as mulheres são casadas com homens que não conhecem, usualmente muito mais velhos que elas. A noiva recolhe todos os seus bens, e é vestida com as mais finas jóias. Durante a cerimónia o pai da noiva cospe na sua cabeça e peito como sinal da sua bênção; depois a noiva parte com o seu marido para a sua nova casa sem olhar para trás, pois reza a lenda, que se assim não fizer ela transformar-se-á em pedra.
O povo Swahili do Kenya banha as noivas em óleos de sândalo e tatuam henna nos seus pés e mãos. Uma mulher mais velha dá instruções à noiva sobre como ser uma boa esposa, como agradar e fazer sentir bem o seu marido. Por vezes, esta mulher mais velha esconde-se por debaixo da cama dos recém-casados para o caso de serem necessárias instruções adicionais.
Noutra parte do Kenya a maior festa do casamento é a Kupamba, que surge na noite depois do casamento, sendo basicamente um exibir da noiva às mulheres. Nesta festa só estão mulheres, sendo uma festa onde elas podem remover os seus véus, e podem exibir umas às outras os seus magníficos vestidos e penteados, tornando a festa quase numa competição entre mulheres, pois um bom marido providencia boas roupas e boas jóias à sua mulher para que ela as possa exibir às outras.

Nigéria

Os Wodabee da Nigéria cortejam as primas para casar. Os rapazes usam amuletos poderosos para demonstrar o seu encanto às suas primas. Se existirem 2 primos que pretendam a mesma mulher a mulher escolhe um deles, sendo o outro primo convidado a ser amigo do casal e a frequentar a sua casa, e por vezes até a sua cama! 

Namibia

O povo Himba da Namíbia rapta a noiva antes da cerimónia do casamento e coloca-lhe uma espécie de coroa de noiva feita em pele. Depois da cerimónia ela é levada à casa da família onde esta a informa das suas novas responsabilidades de casada, e depois ela é besuntada de manteiga para lhe demonstrar que foi bem aceite na família.  

Sudão

No povo Neur do sul do Sudão, o noivo tem de pagar 20 a 40 cabeças de gado à família da sua noiva e o casamento só é considerado completo depois da mulher ter dado à luz 2 filhos. Se a mulher não conseguir dar à luz, ele pode pedir o retorno das cabeças de gado. No entanto, se o marido falecer, a família do noivo deverá providenciar um irmão do falecido à viúva e este deverá adoptar as crianças do seu irmão como suas.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O CAMINHO DE FERRO IMPOSSÍVEL - HISTÓRIA DA LINHA DO DOURO

Documentários - História de Portugal
O CAMINHO DE FERRO IMPOSSÍVEL - HISTÓRIA DA LINHA DO DOURO
O comboio, permitiu combater o isolamento do Douro superior e vencer mais rapidamente a praga da filoxera que então se propagava pelas vinhas do Douro. Um excelente documentário da RTP 2, filmado na beleza do douro património da humanidade e que nos conta a história da Linha do Douro e sua extensão em Espanha até Salamanca. Revelam-se aqui as terríveis dificuldades encontradas para levar a obra a termo e o retrato do Portugal do séc. XIX.
Na parte final, é apresentado um grupo de entusiastas desta linha, que lutam pela sua reabertura.

Áudio: Português
Fontes: Rtp 2 - YouTube

* José Rui Lira





Documentário
O CAMINHO DE FERRO IMPOSSÍVEL






Linha do Douro


Linha do Douro é uma linha de caminho-de-ferro em Portugal, de bitola ibérica, que liga Ermesinde ao Pocinho, numa extensão de cerca de 160 Km. Na sua extensão máxima, terminava na fronteira com Espanha junto a Barca de Alva, totalizando cerca de 200 km. Começou a ser construída em 1875[1], e foi concluída em 9 de Dezembro de 1887, com a inauguração do troço até Barca de Alva.[2] No mesmo dia, foi inaugurada a linha desde esta estação até à rede espanhola, em La Fuente de San Esteban.[3] A ligação internacional foi encerrada em 1 de Janeiro de 1985, e o troço entre Pocinho e Barca D’Alva fechou em 18 de Outubro de 1988.[1]

    História

    Antecedentes

    Rio Douro constituiu, ao longo da história, uma importante estrada natural, tendo sido, até ao Século XIX, a única via de comunicação na região; com efeito, os mais antigos registos da sua utilização datam da ocupação romana.[1] No entanto, este curso de água sempre foi difícil de navegar, até que surgiram os barcos rabelos, cuja maior preparação para vencer as dificuldades naturais do rio possibilitou o trânsito de mercadorias e passageiros, desenvolvendo, assim, esta região.[1] Um outro passo importante foi a demolição do Cachão da Valeira, entre 1780 e 1791, que permitiu a navegação do Douro até Barca d’Alva e a fronteira com Espanha.[1]

    Planeamento

    Em 1867, o Estado Português apresentou às Câmaras os projectos para as ligações ferroviárias, em bitola ibérica, unindo o Porto ao Pinhão, a Braga, e à fronteira com Espanha no Minho; apesar do empenho que as populações e o próprio governo tinham na construção destas linhas, devido à sua necessidade, só em 14 de Junho de 1872 foi decretado o início das obras na Linha do Minho e a realização de estudos para o traçado da Linha do Douro, que devia passar por Penafiel.[2]
    O principal propósito da Linha do Douro foi, além de providenciar transporte para as povoações ao longo da via, transportar adubos, sementes e outros produtos para o interior, e escoar a produção agrícola destas regiões; por outro lado, iria fornecer uma alternativa ao transporte fluvial, bastante limitado pela então reduzida capacidade de navegação no Rio Douro, e permitir um melhor acesso ao interior transmontano.[4] Devido à sua importância, a construção da Linha do Douro adquiriu uma maior prioridade em relação a outros projectos ferroviários em Portugal, nomeadamente a continuação do Caminho de Ferro do Sul até ao Algarve.[5]

    Horários dos comboios do Porto a Caíde em 1875.

    Troço entre Ermesinde e o Pinhão

    Os trabalhos da Linha do Minho iniciaram-se no dia 8 de Julho de 1872, tendo o primeiro troço, até Braga, sido aberto à exploração em 20 de Maio de 1875.[2] As obras na Linha do Douro principiaram em 8 de Julho de 1873, tendo o primeiro tramo, entre Ermesinde e Penafiel, entrado ao serviço no dia 30 de Julho de 1875[2] O troço seguinte, até Caíde, foi inaugurado em 20 de Dezembro do mesmo ano, e a linha chegou ao Juncal em 15 de Outubro de 1877.[6]
    A linha foi aberta à exploração até Régua em 15 de Julho de 1879, ao Ferrão em 4 de Abril de 1880[6], e ao Pinhão em 1 de Junho de 1880.[6]

    Troço entre o Pinhão e Barca D'Alva e ligação internacional

    Com a abertura do troço até ao Pinhão, concluiu-se o principal propósito da Linha do Douro, que era estabelecer uma ligação ferroviária até esta região; no entanto, já nesta altura se planeava a continuação da linha até à fronteira com Espanha em Barca d’Alva, pelo que, em 23 de Julho de 1883, foi decretada a construção deste troço.[2] A linha foi aberta, assim, até ao Tua em 1 de Setembro de 1883, e até ao Pocinho no dia 10 de Janeiro de 1887.[2] O troço entre esta estação e Barca d’Alva foi inaugurado em 9 de Dezembro de 1887,[7][8] e no mesmo dia é inaugurada a Linha Internacional de Barca d’Alva a La Fregeneda e a Salamanca, permitindo a ligação da Linha do Douro à rede ferroviária espanhola, tendo-se, desde logo, iniciado o serviço directo entre o Porto e Salamanca.[3] Esta foi a quinta ligação ferroviária internacional aberta, tendo sido construída pela Compañia de Ferro-Carril Salamanca à la Fronteira de Portugal, e financiada por um grupo de estabelecimentos bancários da Praça do Porto, denominado de Sindicato Portuense.[9][10]Também em 1887, foi inaugurado o primeiro lanço da Linha do Tua, de Foz Tua a Mirandela.[11]
    A conclusão da ligação internacional foi um dos motivos para o declínio do tráfego fluvial no Rio Douro.[1]

    Formação dos Caminhos de Ferro do Estado

    Uma lei, promulgada em 14 de Julho de 1899, criou os Caminhos de Ferro do Estado, uma organização governamental, mas com uma certa independência, que tinha como propósito gerir as linhas que eram propriedade do governo português[12]; a Linha do Douro foi integrada na Divisão do Douro e Minho desta operadora.[13]

    Fases da Construção

    Entre as EstaçõesExtensãoInauguraçãoEncerramento
    Ermesinde – Penafiel30,311 km30 de Julho de 1875
    Penafiel – Caíde7,328 km20 de Dezembro de 1875
    Caíde – Juncal18,818 km15 de Setembro de 1878
    Juncal – Régua38,371 km15 de Julho de 1879
    Peso da Régua – Ferrão15,813 km4 de Abril de 1880
    Ferrão – Pinhão7,611 km1 de Junho de 1880
    Pinhão – Tua12,993 km1 de Setembro de 1883
    Tua – Pocinho31,678 km10 de Janeiro de 1887
    Pocinho – Côa9,061 km5 de Maio de 188718 de Outubro de 1988
    Côa – Barca D’Alva - fronteira18,882 km9 de Dezembro de 188718 de Outubro de 1988

    Rede Complementar ao Norte do Mondego, decretada em 1900, que inclua vários projectos com ligação à Linha do Douro, alguns dos quais foram construídos.

    Século XX

    Década de 1900

    Em 7 de Fevereiro de 1902, foram aprovados dois projectos para a construção de pontes sobre o Rio Douro, sendo uma rodoviária, para acesso à Estação Ferroviária do Pinhão, e outra, de tipologia rodo-ferroviária, junto à localidade do Pocinho, para transportar a Linha do Sabor e a Estrada Real 9.[14] No início daquele ano, previu-se a introdução de carruagens de primeira classe nos serviços entre o Porto e Barca d’Alva.[15]
    Em 1909, entrou ao serviço o lanço entre Livração e Amarante da Linha do Tâmega.[3]
    O troço internacional entre Barca d’Alva e Salamanca revelou-se um fracasso financeiro, o que levou, nos inícios do Século XX, à falência do Sindicato Portuense e à sua integração na Companhia das Docas do Porto e dos Caminhos de Ferro Peninsulares[9]; a ligação internacional passou, então, a ser gerida pela Compañía de Ferrocarriles de Salamanca à Fronteira de Portugal, tendo sido, por diversas vezes, ainda no Século XIX, utilizada pelo Sud Expresso, porque este trajecto reduzia o tempo de percurso em cerca de 5 horas.[10]

    Década de 1920

    Em 1927, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses venceu o concurso de arrendamento das linhas dos Caminhos de Ferro do Estado, tendo começado a gerir as antigas ligações desta operadora, incluindo a Linha do Douro, em 11 de Maio desse ano.[13]

    Estação de Barca de Alva, em 1995.






    Décadas de 1980 e 1990

    Em 30 de Setembro de 1984 foi aprovado, pelo Governo Espanhol, o encerramento a todos os tipos de tráfego, de várias ligações ferroviárias, incluindo o troço entre La Fuente de San Esteban e La Fregeneda, que fazia parte da linha internacional até Barca d’Alva; como estava programado, este troço fechou a 1 de Janeiro do ano seguinte, junto com a linha até Barca d'Alva.[1][16] No dia 18 de Outubro de 1988, foi encerrado o troço entre as Estações de Pocinho e Barca d’Alva.[1] Este tramo foi quase totalmente abandonado, em contraste com a antiga linha em Espanha, que foi categorizada como monumento, e declarada como Bem de Interesse Cultural, sendo regularmente alvo de inspecções.[1]
    Em 1995, foi duplicada a via férrea entre Ermesinde e Valongo.[17]

    Século XXI

    Em Agosto de 2009, foi anunciado, pela então Secretária de Estado e dos Transportes, Ana Paulo Vitorino, a intenção de reabrir o tráfego internacional desta linha, estando, naquela altura, previstos para breve o inicio dos trabalhos para recuperação do troço entre o Pocinho e Barca d’Alva, com o objectivo de o reabrir ao tráfego.[18]

    Caracterização

    Traçado

    A linha, em grande parte do seu percurso, acompanha as margens do rio Douro, contendo a maior extensão de via férrea ladeada de água de Portugal, superando mesmo o grande troço ribeirinho da Linha da Beira Baixa, ao longo do Rio Tejo.[19]

    Obras de Arte

    Túneis


    Túnel na Linha do Douro.






    No seu percurso a linha tem 22 túneis:
    • Caíde
    • Gaviarra
    • Campanainha
    • Juncal
    • Riboura
    • Loureiro
    • Má Passada
    • Peso da Régua
    • Bagaúste
    • Três Curvas
    • Pedra Caldeira
    • Rapa
    • Valeira
    • Vargelas
    • Arnozelo I
    • Arnozelo II
    • Arnozelo III
    • Fontainhas
    • Meão
    • Saião
    • Veiga
    • Castelo Melhor
    • Almendra

    Pontes








    Ao longo da linha existem 35 pontes:
    • Sete Arcos (Alfena)
    • Ferreira (Valongo)
    • Fervença
    • Sousa
    • Vila Meã (Amarante)
    • Póvoa
    • Tâmega
    • Juncal
    • Cocheca
    • Quebradas
    • Pala (viaduto)
    • Ovil (viaduto)
    • Portuzuelo
    • Laranjal
    • Zêzere
    • Teixeira
    • Sermenha
    • Corgo
    • Pinhão (Alijó)
    • Roncão
    • Loureiro
    • Tua
    • Riba Longa
    • Ferradosa
    • Vargelas
    • Arnozelo
    • Teja (viaduto)
    • Murça
    • Gonçalo Joanes
    • Vale do Nedo
    • Pocinho
    • Canivais
    • Côa
    • Aguiar
    • Gricha

    Exploração comercial

    Hoje em dia apenas está ativo ao tráfego ferroviário (mercadorias e passageiros) no troço Ermesinde-Pocinho da linha.
    Os troços entre Porto e Ermesinde, na Linha do Minho, e entre Ermesinde e Caíde, na Linha do Douro, foram totalmente renovados, tendo sido duplicados e eletrificados.

    Comboio de mercadorias junto a Valongo, em 2013.

    Serviços de mercadorias

    A linha é explorada, no troço em funcionamento, por várias empresas de mercadorias.

    Serviços de passageiros e material circulante

    Na transição do Século XIX para o XX, a divisão de Minho e Douro dos Caminhos de Ferro do Estado operava, entre PenafielPorto e Braga, vários serviços de passageiros, sendo normalmente utilizadas carruagens com dois pisos.[20] Em 1983, realizavam-se comboios semidirectos, sendo um dos destinos a Estação de Barca d’Alva.[21]
    CP Porto
    CP Porto explora, com recurso a comboios da Série 3400, o serviço entre Porto - S. Bento e Caíde. Estes efectuam esta ligação em aproximadamente 50 minutos.[22]
    Também pertence à CP Porto a exploração da linha entre Caíde e o Marco de Canaveses, mas como a modernização da linha ainda não avançou além Caíde, este percurso é assegurado por automotoras a gasóleo, Série CP 592.[22]

    Automotora 0600 no Pinhão, em 2007.
    CP Regional
    Existem ainda ligações frequentes entre Porto - S. Bento ou Porto (Porto-Campanhã) - Régua (Interregional), com recurso a automotoras da Série CP 592 a gasóleo, percurso que se faz em aproximadamente 1 hora e 45 minutos. Ou ligações Caíde (onde faz ligação com os CP Porto) - Régua (Regionais), com recurso igualmente a automotoras da Série CP 592, com duração total (Porto-Régua) de aproximadamente 2 horas e 25 minutos.[22]
    Relativamente à exploração (Porto - S. Bento - Pocinho), o percurso é assegurado diariamente por 5 automotoras, igualmente da Série CP 592, em aproximadamente 3h15[22].
    De referir, que esporadicamente a CP, efectua o serviço (Porto - S. Bento - Pocinho), recorrendo a comboios clássicos, constituindos por carruagens Sorefame (2ª série), puxados por uma locomotiva, geralmente da Série 1400.
    Também assegurado por automotoras a gasóleo, Série CP 592, existe o serviço de comboios regionais entre a Régua e o Pocinho.
    Em 2005, o número de passageiros que viajavam no percurso entre Pinhão e Pocinho era muito inferior ao verificado no resto da Linha do Douro, totalizando cerca de 35 mil passageiros por ano; esta situação devia-se, principalmente, à falta de atracções turísticas, e de capacidade hoteleira, que se faziam sentir após aquele ponto.
    Outra série de material circulante utilizada na Linha do Douro foi a 0600, correspondente a uma família de automotoras a gasóleo, que permitiram uma maior velocidade nos serviços da linha.

    Cruzeiros

    Em 2005, realizavam-se, regularmente, vários cruzeiros fluviais entre a cidade do Porto e a Estação de Régua, uma vez que existiam boas condições para o transbordo entre o Cais da Régua e esta interface.[1] Embora os cruzeiros fossem organizados até Barca d'Alva, a inexistência da ligação ferroviária naquela localidade forçava os barcos a regressar ao Pocinho, onde tomavam o comboio de regresso ao Porto; naquela altura, previa-se que a reabertura da ligação até Barca d'Alva seria utilizada por mais de 20 mil passageiros por ano, em combinação com os serviços de cruzeiros.