segunda-feira, 4 de maio de 2015

JOÃO DA NOVA - O NAVEGADOR GALEGO AO SERVIÇO DE PORTUGAL

Personagens Históricos
JOÃO DA NOVA - O NAVEGADOR GALEGO AO SERVIÇO DE PORTUGAL
Revela-se aqui este grande navegador Galego e sua história, que se cruza com a nossa história dos descobrimentos.

Texto: Português
Fontes: História de Portugal - Wikipédia



João da Nova

João da Nova
 
João da Nova (Maceda, ca. 1460Cochim, 1509) foi um explorador galego, a serviço de Manuel I de Portugal. Deu o seu nome a uma pequena ilha no Canal de Moçambique, a ilha de João da Nova, hoje administrada pela França e dependente de Reunião. Foi alcaide de Lisboa, faleceu em 1509, em Cochim, valendo-lhe os méritos e a coragem, apesar da fogosidade excessiva, reconhecimento inquestionável.

Terceira armada portuguesa à Índia

Em 1501, o rei atribuiu-lhe o comando da terceira armada à Índia, composta por três naus e uma caravela. Financiada pelo banqueiro florentino Bartolomeu Marchionni - que vivia em Lisboa e já havia financiado a viagem de Pedro Álvares Cabral - a armada zarpou no dia 10 de março de 1501, um ano e um dia após a partida de Cabral, que nesse momento já havia iniciado a viagem de volta - mas isso D. Manuel ainda não sabia. João da Nova havia recebido instruções explícitas do Rei para fazer pouso no Brasil, seguindo o conselho de Gaspar de Lemos, cuja caravela havia retornado à Lisboa em junho de 1500, trazendo notícias do Brasil.1
Em abril de 1501, enquanto Cabral dobrava o Cabo da Boa Esperança, voltando do Oceano Índico, João da Nova avistava o cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco - provavelmente o quarto navegador europeu a chegar ao nordeste brasileiro em um período de pouco mais de um ano, depois de Vicente Pinzón, Diego de Lepe e Cabral. No entanto, nada se sabe sobre a sua permanência no Brasil, que deve ter sido muito breve - apenas o necessário para limpar os cascos e encontrar água fresca. Tanto que depois a escala brasileira não foi julgada "conveniente e necessária para a navegação da Índia"1 .
Um dos navios, de um mercador de Florença, seguia na sequência da sugestão feita pelo Rei a mercadores para comerciarem com aquelas terras. Esta frota, a caminho da Índia, descobriu, a 13 de Maio de 1501, na latitude de 8º S, uma ilha que denominou como Ilha da Conceição, atual Ilha de Ascensão2 .
Na costa da Índia, este fidalgo arrasou a frota do samorim de Calecute, que pretendia barrar a sua passagem, nessa batalha foi utilizada pela primeira vez a formatura naval em coluna de um modo sistemático e consciente, táctica que duraria até à Segunda Guerra Mundial e fundou uma nova feitoria portuguesa, em Cananor. Voltou ao Reino e, em 1505, empreendeu uma nova viagem à Índia, na companhia de Francisco de Almeida. Retornou no entanto a Portugal, uma vez que o Vice-Rei não lhe reconheceu o posto de Capitão-mor.

Outras viagens

Em 1506 capitaneou a nau Frol de la mar, integrante da esquadra de Tristão da Cunha, que rumava a Socotorá. Nesta viagem, Afonso de Albuquerque, que comandava seis naus da esquadra, teve de prender João da Nova, porque pretendia rumar à Índia, contrariamente aos desejos de Albuquerque, que queria ir à Arábia para recolher mantimentos que lhe permitissem conquistar Ormuz. Foi no entanto perdoado, devido à valentia demonstrada no ataque a Mascate (Omã).


João da Nova

João da Nova (também grafado Joan de Nóvoa, Joao de Novoa, Joan da Novoa, Joam de Nôvoa, Joan de Nova, Xoán de Novoa, João da Nova Castella, João de Nova Castelia, Xóao de Novoa, Juan de Nova, ou João Galego) foi um nobre, marinheiro e explorador galego que viveu em Portugal e serviu a coroa portuguesa.
João da Nova nasceu por volta de 1460 no castelo de Maceda, na região da Ribeira Sacra, no interior sul da Galiza. Por ocasião das revoltas irmandinhas o castelo familiar foi parcialmente destruído. A família fugiu para Benavente, alguns para Ponte Vedra, e o jovem João foi enviado para Portugal. Participou em campanhas militares no Norte de África ao serviço do rei D. João II. Foi nomeado alcaide de Lisboa pelo rei D. Manuel I em 1496.
João da Nova realizou três viagens à Índia. Na primeira vez partiu em março de 1501 como capitão-mor da terceira armada à Índia, constituída por três naus e uma caravela. Na viagem descobriu a ilha de Nossa Senhora da Conceição. Esta ilha foi redescoberta por Afonso de Albuquerque no dia de Ascensão de 1505, dando-lhe o nome que ainda hoje tem: ilha de Ascensão (em inglês Ascension Island), que foi tomada pela marinha inglesa em 1815. A ilha faz parte das possessões britânicas no Atlântico Sul.
Na mesma viagem João da Nova descobriu as ilhas da Trindade e de Martim Vaz, que são território brasileiro a cerca de 615 milhas (1.140 km) a leste da cidade de Vitória, estado do Espírito Santo.
Há indícios que João da Nova terá sido o primeiro galego ou português a visitar a ilha da Taprobana (depois chamada Ceilão e Sri Lanka).
Na Índia João da Nova fundou uma nova feitoria portuguesa em Cananor (em malaiala കണ്ണൂര്, Kannur) e obteve grandes sucessos nas batalhas navais em que participou na costa do Malabar.
Na torna-viagem, João da Nova descobriu um par de ilhas 338 milhas náuticas (626 km) a sul de Mahé (Seychelles), no Oceano Índico, que ficaram conhecidas como Agalega, ou A Galega (em francês Agaléga). O território pertence atualmente à República da Maurícia.
No Oceano Atlântico Sul, João da Nova descobriu também a ilha de Santa Helena (em inglês Saint Helena), em 1502. Esta ilha foi ocupada pelos ingleses no século XVII e hoje em dia faz parte do território britânico denominado Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha (em inglês Saint Helena, Ascension and Tristan da Cunha).
Frol de la Mar (gravura no "Roteiro de Malaca", século XVI)
Em março de 1505 partiu de Lisboa para uma nova viagem à Índia, no comando de um dos 22 navios da armada do vice-rei D. Francisco de Almeida. No regresso, João da Nova capitaneou o famoso galeão Frol de la Mar (também conhecido como Flor de la Mar), o maior e mais poderoso navio do seu tempo, nau capitânia da armada portuguesa. Na passagem pelo Cabo da Boa Esperança sofreu um rombo e regressou a Moçambique para ser reparado. João da Nova arribou então a uma pequena ilha no Canal de Moçambique, mais perto de Madagáscar. Essa ilha de João da Nova (em francês Île Juan de Nova) é agora uma possessão francesa desde o final do século XIX e faz parte do grupo das Ilhas Dispersas do Oceano Índico (em francês Îles Éparses de l'océan Indien), um distrito Terras Austrais e Antárticas Francesas (em francês Terres australes et antarctiques françaises). A ilha de João da Nova é reivindicada por Madagáscar.
Em 1506 os navios de Tristão da Cunha e Afonso de Albuquerque, que rumavam a Socotorá, Ormuz e Índia, encontram João da Nova na ilha do canal de Moçambique. O seu amigo e compadre Tristão da Cunha ajuda-o e, assim, comandando o galeão Frol de la Mar, o navegador galego prossegue viagem, juntando-se à esquadra de Afonso de Albuquerque, que conquista Socotorá (em árabe سقطرة; Suqutrah), junto ao Corno de África, Ormuz (em 1507), à entrada do Golfo Pérsico, e outras cidades na costa africana e na Península Arábica.
Em 1509 participou na decisiva Batalha de Diu, na linha da frente no comando do galeão Frol de la Mar, usado como navio-almirante do vice-rei D. Francisco de Almeida. 
Em conflito com Afonso de Albuquerque, João da Nova faleceu em Cochim (em malabar കൊച്ചി, Kochi), no sul da Índia, em 10 de julho de 1509.




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