segunda-feira, 2 de junho de 2014

D. SANCHO I - O POVOADOR

Personagens Históricos
D. SANCHO I - O POVOADOR
Breve história deste Rei Português fundamental para a consolidação do nosso Reino

Texto: Português
Fonte: Portugal Glorioso - Wikipédia.



D. Sancho I - "O Povoador" 1185-1211
Segundo Rei de Portugal, era filho de D. Afonso Henriques e de D. Mafalda de Saboia, condessa de Saboia, Piemonte e Maurienne, também conhecida como Matilde.
Quando nasceu em Coimbra a 11 de Novembro de 1154, o seu Augusto Pai pôs-lhe o nome de Martinho mas, como o seu irmão Henrique que lhe precedia no trono faleceu com 10 anos, sucedeu-lhe este "Martinho" que contava apenas 3 anos de idade. Assim sendo, nosso FUNDADOR achou por bem trocar-lhe o nome para Sancho Afonso, por ser um nome mais...REAL.


Casou no ano 1174 com a princesa Dª. Dulce de Barcelona, infanta de Aragão (filha da rainha Petronila ou Petronilha de Aragão e Raimundo Berengário IV, Conde de Barcelona).

Procurou alargar o território português conquistando diversas cidades, sendo a mais importante Silves.
O seu principal objectivo, como governante, foi aumentar a população, oferecendo vantagens aos cruzados que passavam pelos nossos portos, para aqui se fixarem. Isso explica que seja conhecido com o cognome de Povoador.

Foi um grande administrador, tendo acumulado no seu reinado, um verdadeiro tesouro. Protegeu a fomentou a indústria, o povoamento das terras foi uma das suas maiores preocupações, criou concelhos e concedeu cartas de foral. Conquistou Silves, que era na altura uma cidade com 20000 a 30 000 habitantes e uma das mais ricas cidades do ocidente peninsular a também Albufeira.

Antes de ser rei seu pai já o tinha associado à administração do território e um dos factos mais relevantes foi no ano de 1178, em que D. Sancho com 24 anos mais uns quantos bravos, entre eles o famoso Templário Gualdim Pais que foi o cérebro daquela operação, seu meio-irmão Pedro Afonso que segurava o pendão de D.Afonso Henriques, faz uma importante expedição contra mouros, confrontando-os cerca de Sevilha e do rio Guadalquivir, ganhando-lhes a batalha.


No tempo de D. Sancho começaram grandes lutas políticas entre o Rei e os principais fidalgos contra alguns bispos portugueses, que se prolongaram durante quase cem anos. No fundo, estava em causa a cobrança dos impostos, consequentemente a preponderância da influência política e económica, que nesse tempo estava muito nas mãos do clero. Os Reis pretendiam subtrair-lha.
No campo da cultura, o próprio rei foi poeta e enviou muitos bolseiros portugueses a universidades estrangeiras.

D.Sancho foi pai de uma enorme prole de 19 filhos, 11 do casamento real e 8 bastardos.
Dos bastardos, 2 tiveram por mãe Dª. Maria Aires de Fornelos e 6 da Dª. Maria Pais Ribeira, a Ribeirinha nome com que ficou célebre.

Não restam dúvidas que lhe assenta muito bem o cognome de O POVOADOR, porquanto não só o apregoava, como também o exemplificava...
Os mais que se notabilizaram foram:
 - D. Teresa, nasceu em Coimbra por volta de 1175; rainha de Leão, em 1191, pelo casamento com D. Afonso IX, de quem se separou em 1196; entrou em religião por volta de 1228; morreu em Lorvão, com o título de infanta-rainha, a 18 de Junho de 1250; beatificada pela bula Sollicitudo Pastoralis Offici de 13 de Dezembro de 1705);
 - D. Pedro, nasceu em Coimbra a 23 de Fevereiro de 1187; residiu em Leão; foi conde de Urgel e rei das Baleares, tendo morrido em 2 de Junho de 1258)
 - D. Fernando, nasceu em 24 de Março de 1188; foi conde de Flandres pelo seu casamento com D. Joana, filha do conde Balduíno; esteve na batalha de Bouvines; morreu em Noyen a 4 de Março de 1233;
 - D. Mafalda, nasceu em ano incerto, por volta de 1190; foi rainha de Castela em 1214, sem consumar o matrimónio com D. Henrique, filho do rei D. Afonso VIII, que faleceu de acidente em 1217; freira em Arouca, morreu em Rio Tinto (Amarante) a 1 de Maio de 1256; beatificada por breve papal de 27 de Junho de 1793;
 - D. Berengária, nasceu em 1195; rainha da Dinamarca, em 1214, pelo seu casamento com Valdemar II (1202-1241), morreu em 1221.


Sancho I de Portugal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sancho I
Armoiries Portugal 1180.svg
Rei de Portugal
Governo
Reinado6 de dezembro de 1185 —
26 de março de 1211
Coroação9 de Dezembro de 1185,Coimbra
ConsorteDulce de Aragão
AntecessorAfonso I
HerdeiroRaimundo (filho)
Afonso II (filho)
SucessorAfonso II
DinastiaBorgonha
TítulosO Povoador
Vida
Nascimento11 de novembro de 1154
Coimbra
Morte26 de março de 1211 (56 anos)
Coimbra
SepultamentoMosteiro de Santa Cruz, Coimbra
FilhosBeata TeresaBeata Sancha,RaimundoConstançaAfonso IIPedroFernando, Henrique,BrancaBerengáriaBeata Mafalda, Martim, Urraca
PaiAfonso I
MãeMafalda de Saboia
Sancho I de Portugal (Coimbra11 de novembro de 1154 — Coimbra, 26 de março de 1211)1 foi rei de Portugal de 1185 a 1211. Era cognominado o Povoador pelo estímulo com que apadrinhou o povoamento dos territórios do país — destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-MontesGouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187) ou Belmonte (1199),2 povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e da Borgonha.

Biografia


Maravedi (morabitino) em ouro com a efígie de Sancho I
Quarto filho do monarca Afonso Henriques, foi baptizado com o nome de Martinho, por haver nascido no dia do santo com o mesmo nome, e não estaria preparado para reinar; no entanto, a morte do seu irmão mais velho, D. Henrique, quando contava apenas três anos de idade, levou à alteração da sua onomástica para um nome mais hispânico, ficando desde então Sancho Afonso.
Em 15 de agosto 1170, Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai3 logo após o acidente de D. Afonso Henriques emBadajoz e tornou-se seu braço direito, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista administrativo. Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo Reino de Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja Católica demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro daPenínsula Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infantaDulce, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.4
No ano de 1178, D. Sancho faz uma importante expedição contra mouros, confrontando-os cerca de Sevilha e do rioGuadalquivir, e ganha-lhes a batalha. Com essa acção, expulsa assim a possibilidade deles entrarem em território português.
Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo sido coroado na de Coimbra, manteve essa cidade como o centro do seu reino. D. Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os Mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na primavera de 1189, para conquistar Silves (Portugal),5 um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur cercou a cidade de Silves (Portugal) com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante dez dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.

Estátua de D. Sancho I frente ao Castelo de Torres Novas - trabalho de João Cutileiro
Sancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foralprincipalmente na Beira e em Trás-os-MontesGouveia (1186), Covilhã(1186), Viseu (1187), Bragança (1187), Guarda (1199), etc, criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na escola de Bolonha. Em 1192 concedeu aomosteiro de Santa Cruz 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.
Otorgou o seu primeiro testamento em 1188/89 no qual doou a sua esposa os rendimentos de Alenquer, terras do VougaSanta Maria da Feira e do Porto.6 Seu último testamento foi feito em outubro de 1209 quase dois anos antes de sua morte.7 O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai.

Descendência[editar | editar código-fonte]

De sua mulher a infanta Dulce de Aragão, filha da rainha Petronilha de Aragão e Raimundo Berengário IVconde de Barcelona, com quem casou em 1174:8
Realeza Portuguesa
Casa de Borgonha
Descendência
PortugueseFlag1185.svg
Filhos naturais:
Havidos com a nobre Maria Aires de Fornelos, primeira mulher de Gil Vasques de Soverosa, com geração, e filha de Aires Nunes de Fornelos e de Maior Pires.19
Havidos de Maria Pais Ribeira, dita a Ribeirinha, filha de Paio Moniz de Ribeira e de Urraca Nunes de Bragança, filha de Vasco Pires de Bragança.
Havido de Maria Moniz de Ribeira, filha de Monio Osórez de Cabrera conde de Cabrera e Ribera no Reino de Leão, e de Maria Nunes de Grijó, filha de Nuno Soares de Grijó e de Elvira Gomes:,24

Sancho I de Portugal
Nascimento: 11 de novembro de 1154Coimbra Morte: 26 de março de 1211, Coimbra
Precedido por
Afonso I
PortugueseFlag1185.svg
Rei de Portugal

1185 - 1211
Sucedido por
Afonso II
Precedido por
Conquistado aosmuçulmanos
PortugueseFlag1185.svg
Rei de Portugal, de Silves e do Algarve

1189 - 1191
Sucedido por
Nova conquista muçulmana
Próximo titular: Afonso III de Portugal
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