terça-feira, 8 de novembro de 2016

Tȟašúŋke Witkó - CRAZY HORSE: O GRANDE CHEFE SIOUX

História Nativa Norte Americana
Tȟašúŋke Witkó - CRAZY HORSE: O GRANDE CHEFE SIOUX
Provavelmente já ouviu falar do grande chefe Índio Crazy Horse - Cavalo Louco, ou pelo menos já deve ter visto algum dos filmes Westerns que retratam histórias suas, das suas guerras entre o seu povo e o 7º de Cavalaria do General Custer. O que talvez menos frequentemente se saiba é que este grande guerreiro Sioux, além da sua bravura na guerra, tem também uma história de amor bonita, embora um pouco trágica. Crazy Horse cedo se apaixonou por uma jovem do seu povo, o seu primeiro amor, que apesar de ser correspondido, teve as suas batalhas,pois a jovem foi entregue a outro guerreiro Sioux. Crazy Horse por diversas vezes não se importou em perder o seu elevado status nem em sacrificar a paz da sua tribo para tentar recuperar o seu amor.
Para além desta bela história, também pode ver esclarecida a questão da morte do grande chefe Sioux, pois sobre ela existe uma grande controvérsia até aos dias de hoje.
Assim, proponho-lhes uma viagem sobre a história nativa Norte Americana, neste blog, para lhe revelar Tȟašúŋke Witkó - o nome em língua Lakota de Crazy Horse, o Grande Chefe Sioux. Para isso apresento-lhes aqui um excelente documentário e interessante informação escrita.

* José Rui Lira

Áudio: Espanhol
Texto: Português
Fontes: Historia y Arqueologia - YouTube - Guerreiros Sioux







DOCUMENTÁRIO
QUEM MATOU CAVALO LOUCO ?





A História de Crazy Horse (Cavalo Louco)

 Entre muitos grandes guerreiros Sioux, se destaca Crazy Horse (Cavalo Louco). Vamos aprender um pouco mais sobre essa grande personalidade que nunca deve ser esquecida.

 Crazy Horse (ou Tashunkewitko no idioma original Lakota), nasceu no Rio republicano em 1845. Ele era um homem extraordinariamente belo, dizem que sua estatura era praticamente perfeita. Além disso, ele era modesto e cortês. Crazy Horse era um guerreiro nato. No entanto, ele era um guerreiro gentil, um verdadeiro valente, que representava o ideal mais elevado dos Sioux.


 Na infância de Crazy Horse, os Sioux raramente viam homens brancos. Ele foi cuidadosamente criado de acordo com os costumes tribais. Naquela época, cada conquista dos filhos, por menor que fosse, era digna de uma festa em sua honra. O primeiro passo sozinho, a primeira palavra, a passagem para a masculinidade ou feminilidade, nada passava desapercebido pelos pais carinhosos. Sob tais condições a vida de Crazy Horse começou. Os seus pais trataram de ensiná-lo desde cedo a ter características como generosidade, coragem e abnegação.
 Dizem que, em um inverno rigoroso, quando Crazy Horse ainda era só uma criança, havia pouquíssima comida. Isso porque os búfalos não foram encontrados. Crazy Horse então montou em seu cavalo de estimação e atravessou os campos afim de conseguir alimento. Descobriu-se que os seu seus pais não o haviam autorizado. Crazy Horse conseguiu a comida, mas a mesma acabou sendo repartida com as outras famílias da aldeia. No final, restou só o suficiente para duas refeições.

 Crazy Horse amava cavalos, e ganhou um do seu pai quando ainda era bem jovem. Ele era um excelente cavaleiro e acompanhou várias vezes o seu pai na caça de búfalos e tornou-se também um ótimo caçador.

 Crazy Horse tinha um irmão mais novo a quem ele amava muito. Dizem que, em certa ocasião, ele salvou o irmão de um urso, lutando com o animal até que ele recuasse.

 Aos 16 anos, ele se juntou a um poderoso grupo de guerra. Nas batalhas ele se mostrava um companheiro determinado que arriscou a própria vida para salvar a dos seus amigos.

 Devido ao seu excelente desempenho nas batalhas e suas muitas vitórias contra tribos inimigas, Crazy Horse foi considerado um herói indígena.

 Foi-se observado também que ele, mesmo tendo a chance, muitas vezes se absteve de matar e apenas golpeou o inimigo.

 Em certa batalha liderada por Crazy Horse, ele perdeu o irmão tão amado quando ele foi derrubado do cavalo e morto.

 Conta-se que em um inverno, Crazy Horse matou dez búfalos. Quando os caçadores voltaram, estes vieram cantando canções de agradecimento.

 Ele atingiu a maioridade quando já havia conflitos entre os Sioux e os homens brancos. Entretanto, ele nunca tinha lutado com os brancos até o momento, e certamente nenhum golpe ainda havia sido contado ou escalpelamento de um deles.

 Crazy Horse tinha 21 anos quanto todos os chefes Sioux se reuniram e decidiram defender uma forte resistência contra os invasores brancos. Crazy Horse não tomou parte na discussão do Conselho. Apesar de tão jovem, ele já era um líder entre eles.

 O ataque ao forte Phil Kearny foi o primeiro fruto da nova política, e aqui Crazy Horse foi escolhido para liderar o ataque aos lenhadores, destinados a chamar soldados para fora do forte enquanto um exército de seiscentos índios estavam a sua espera. O sucesso dessa estrategema foi reforçado por sua manipulação magistral dos homens. A partir desde momento um guerra iniciava. Touro Sentado (Chefe Sioux) olhou para Crazy Horse como um líder de guerra, e até os chefes Cheyenne, aliados dos Sioux, praticamente admitiram a sua liderança.

 Crazy Horse era um homem de ações e não de palavras. Ele foi um membro do Coração Forte e de muitas outras sociedades guerreiras.

 Foram inúmeras as vitórias de Crazy Horse no campo de batalha. Até mesmo os soldados brancos foram obrigados a reconhecerem por diversas vezes a excelente e notável habilidade desse guerreiro.

 Por volta de 1877, entretanto, Crazy Horse foi pego em uma armadilha dos soldados americanos. Eles o mantiveram preso, com as mãos atadas. Crazy Horse então disse para aqueles homens: "Deixe-me ir! Deixe-me morrer lutando!". Ele então tentou pegar a sua faca para se soltar, mas foi bruscamente impedido pelos soldados. Ele começou a lutar, e foi aí que um soldado o traspassou com a sua baioneta. A ferida foi mortal, e ele morreu no decorrer da noite.

 Crazy Horse morreu com apenas 33 anos de idade, no Forte Robinson, Nebraska, em 1877. O seu pai, cantando uma canção de morte, carregou o corpo, que segundo os Sioux não deveria mais ser poluído pelo toque de um homem branco.

 Assim morreu um dos mais hábeis e verdadeiros índios americanos. Sua vida era o ideal, seu registro limpo. Essa é com certeza uma personalidade que deve ser lembrada por infinitas gerações. Crazy Horse foi um exemplo para todos nós. São pessoas assim que dão um verdadeiro sentido a palavra GUERREIRO.



1 comentário:

  1. A história confirma que Crazy Horário, o grande chefe guerreiro Cheyenne, morreu na batalha de Littleton Big Jornal, no massacre à 7a. Cavalaria, tendo inclusive matado o general Custer

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